Latte

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Jimin havia finalmente voltado de Busan. Enquanto estava no comboio, pensava nas saudades que voltaria a ter da sua familia. Apesar de ser feliz naquela pequena aldeia, Jimin sentia falta de estar com os seus familiares em Busan. No entanto, esses pensamentos melancólicos passaram, ao chegar na sua cafetaria e ver seu cliente habitual já encostado à porta do estabelecimento.

—Nossa! –A risada de Jimin era tão forte que o fez parar de andar. – Tu não dorme não? –Este pergunta entre risos, olhando o mais velho com uma certa surpresa.

—Bom dia pra ti também. –Jeongguk dá uma pequena revirada de olhos.

—Desculpe. –Jimin abre a cafetaria e adentra a mesma, ainda rindo. –Apenas não esperava que tivesse tantas saudades minhas.

—Está se projetando a si mesmo nos outros? – O moreno se senta no seu tão anciado lugar. Céus, ele realmente tinha saudades.

Jimin não estava se projentando no maior. Mas que ele tinha sentido saudades, tinha. O tempo que esteve em Busan havia sido importante, mas ele não trocaria estar de volta à sua pequena cafetaria por nada.

—Como foi o seu Natal? –Jeongguk lambe os lábios molhados com café, que havia sido servido sem este ao menos precisar de pedir.

—Foi bom, tinha muitas saudades da minha família.

—Não os vê com frequência?

—Bom, eu tenho de trabalhar... E a minha família não tem condições de me visitar. São pobres e têm que contar todos os tostões para ajudar na doença do meu pai. –Jimin falava sentidamente. –Às vezes me sinto mal por não estar com eles, sabe? Mas eu também não quero ser mais um prejuízo na vida deles, prefiro me sustentar a mim mesmo.

O pequeno estava mostrando um lado mais maduro a Jeongguk. Este apenas o via como um garoto ingénuo, talvez um pouco idiota. Não idiota de inteligência, mas idiota emocionalmente. Jimin era um tolo sentimentalista. Muito sonhador, muito inocente. Jeongguk pensava que o lado positivo e espontâneo do mais novo refletia sua infantilidade, porém, naquele momento, ele concluiu que talvez estivesse errado. Talvez Jimin fosse apenas boa pessoa, e Jeongguk não estava habituado a conhecer pessoas assim.

—Posso te ajudar.

—Agora é você que está sentindo pena de mim? –Jimin solta uma pequena gargalhada.

Era verdade, Jeongguk estava sentido pena daquele jovem empregado. Tão jovem e com tanta responsabilidade. Na sua idade, Jeongguk ainda estava em Busan, curtindo a vida de estudante. Porém, ele sabia que não podia realmente ajudar, porque mesmo tendo o dinheiro, ele não tinha nenhum tipo de ligação com Jimin. 

—Esqueça isso. E você? O que fez na minha ausência?

—O que faço sempre que saio dessa cafetaria, também trabalho, sabia? –Jeongguk sorria por detrás da chávena de café que levava à boca.

—Só trabalhou todos esses dias?! Nem ao menos recebeu um presente de Natal?! –O menor arregalava seus olhos como uma pequena criança.

Jeongguk sorria olhando a expressão surpresa do menor. Às vezes, ele conseguia ser realmente muito fofo.

—Boa sorte.

—Como?

—Eu sei que vai querer me oferecer algo, então estou desejando boa sorte para descobrir do que eu gosto.–O moreno pousa a cabeça na sua mão, olhando atrevidamente para Jimin.

Jimin queria desmentir aquele homem convencido, mas ele não podia. Porque ele realmente queria oferecer algo, ele sentia que devia. Era injusto seu Natal ser tão preenchido, e o de Jeongguk tão vazio. E ele queria poder ajudar a preencher, nem que fosse um pouco.

—Amanhã está livre?

—Ahm... Eu penso que sim, por quê? –Jeongguk ergue uma sobrancelha, intrigado.

—Quero que venha na minha casa.

Oi oi gente! ❤ Esse cap ficou mais curtinho, mas espero que gostem ainda assim~ não esqueçam de favoritar e comentar caso estejam gostando, viu?

Beijos ❤

Coffee Addicted; [Jjk + Pjm]Onde histórias criam vida. Descubra agora