Coffee Addicted; [Jjk + Pjm]

Chantilly

Jimin limpava o balcão lançando sorrisos tímidos a Jeongguk. Este não dizia nada, apenas sorria de volta. Havia uma nítida atmosfera romântica naquela cafetaria, e ambos sabiam porquê.

—Jeongguk-ah!!! –Alguém entra na cafetaria de forma estridente. E Jeongguk só conhecia uma pessoa que o chamasse daquele jeito.

—Tae-tae! –Jeongguk se levanta e dá um abraço apertado ao seu velho amigo, batendo em suas costas. –Como sabia que eu estava aqui?

—Na verdade eu estava procurando um sítio pra tomar café. Ia te enviar mensagem perguntando sua morada depois. –Taehyung se senta em uma das mesas.

—Não quer deixar suas malas em minha casa primeiro?

—Tem café?

—Eu sempre tenho café.

Jeongguk percebeu o olhar curioso do pequeno sobre Taehyung.

—Ah Jimin, te apresento o Taehyung, ele é um grande e velho amigo meu. 

Este sai de trás do balcão, limpando as mãos em um pano, pronto para estender sua mão e cumprimentar o estranho.

—Muito prazer Taehyung! Me chamo Jimin. Espero te ver visitando minha cafetaria mais vezes! –Jimin sorri com os olhos, com sua animação habitual.

—Com um empregado assim, eu venho aqui todos os dias.

—Obrigada! –Jimin gargalha inocentemente.

Porém, Jeongguk era tudo menos inocente e, percebendo a afirmação do moreno, lança um olhar repreendedor.

—O que foi? –Taehyung pergunta descaradamente.

[...]

—Podia ter falado logo que tinha um caso com o empregado. –O jovem de cabelos castanhos se joga no sofá do mais velho, deixando as malas e todos os seus pertences espalhados na porta de entrada.

—Eu não tenho um caso com ele. –Jeongguk responde com uma revirada de olhos.

—Ué, mas vocês se beijaram. –O menor tentava decifrar como acender o televisor.

—Foi só uma vez. 

—Mas foi você que beijou ele. –Taehyung o olhava com um sorriso malicioso.

—E daí...?

—Eu não te vejo gostar de ninguém há séculos. Aliás, eu acho que nunca te vi gostar de ninguém de verdade. E ter sido você a tomar iniciativa... É um milagre daqueles. –Ele finalmente consegue acender o plasma. –Nossa, que TV de rico, tem salgadinho?

—Talvez seja um milagre mesmo. –Jeongguk se levanta, regressando com um saco de batata frita e café.

—Ahhh obrigada, te amo. –Taehyung solta um gemido satisfatório ao receber a oferta do amigo. 

—Tu vulgariza demasiado essa palavra.

—E tu usa de menos. Ou será que já usou com o empregado? –O moreno joga uma batata no rosto do Jeongguk.

—Eu não vou falar algo que não sinto. –Este pega a batata e a joga de volta.

—Cada ano que passa te entendo menos Jeongguk. 

Jeongguk não respondeu. Ele podia fazer as palavras do seu amigo as suas, pois a cada ano que passava ele também se entendia menos. Ele gostava do pequeno, sim. Mas ele não se sentia como as personagens das suas ficções descrevem se sentir. Jeongguk havia perdido a noção do real e do fictício. E havia perdido a noção do amor também. Afinal, ele nunca teve uma representação verdadeira do amor. A sua família nunca lhe ensinou isso como deveria e, bom, Jeongguk nunca foi uma pessoa que gostasse de conhecer outras pessoas. Ele convivia no limite das suas necessidades básicas de ser humano. Para não enlouquecer, e, por vezes, para se satisfazer. Mas duas pessoas que se conhecem debaixo dos lençóis não criam laços. Jeongguk sabia disso. Mas ele não sabia que esses laços estavam sendo criados com Jimin. Pelo menos não ainda.

—Senão o ama, porque o beijou em vez de o comer logo? Tá esperando a oportunidade é? Posso te ajudar. –Taehyung falava mastigando e rindo maliciosamente.

—Eu não o quero comer, ele não é um objeto. E chega dessa conversa, Tae. Arruma suas coisas no quarto, não gosto de desordem.

—Fala o homem com a mente mais desordenada que conheço.

Oiii gente ❤ scrr eu tou escrevendo muitos capítulos recentemente, alguém me pára aaaaa
Mas enfim, espero que tenham gostado. Aos poucos Jeongguk vai sendo decifrado, ele é confuso mas é um amorzinho, prometo.

Beijos ❤