Capítulo 11 - Um susto atrás do outro

52 9 0
                                    


Quando a gente tem mais mãos do que filhos as coisas já são meio complicadas mas, dá para encarar.

Quando a gente tem a mesma quantidade de mãos e de filhos as coisas começam a se complicar.

Estava em casa, o marido trabalhando, um sol lindo lá fora, eu no quarto com os pequenos pensei:- Ah, vou para a piscina aproveitar o dia!

Lá vou eu feliz e contente com o Rui no braço, e o Sérgio com 3 anos e meio.

Entramos na piscina e me sentei nos primeiros degraus com o Rui no colo e o Sérgio sentou do meu lado, ele podia sentar ou ficar de pé e estava tudo bem, mas sabe como é criança, né?

Sempre querendo explorar mais e mais, ele resolveu caminhar pelo degrau e eu disse:

- Sérgio, fica do lado do papá, tu pode escorre....

Nem deu tempo de terminar a frase ele escorregou e foi afundando, eu com o Rui no colo tive que reagir rápido e pensar rápido, o que eu podia fazer?

Resolvi tentar alcançar ele de qualquer jeito, peguei ele pelo pé, levantei do jeito que deu equilibrando o Rui num braço e o Sérgio no outro.

Tudo isto deve ter acontecido em no máximo 1 minuto, mas para mim foi como horas.

Saímos da piscina os três assustados e eu pensando: Que merda de pai que é você? Quer matar seus filhos afogados? Onde já se viu ir para a piscina sozinho com os dois?

O acontecimento abalou a nossa semana, fiquei com aquilo remoendo na minha cabeça, imaginando o que podia ter acontecido e o pior, me culpando por ter demorado para reagir porque estava com o Rui no braço, como se eu tivesse escolhido entre um e outro.

Tudo bem, depois de 1 semana de martírio e um trauma de piscinas, passou e ficou tudo bem.

Eis que na semana seguinte, um novo susto.

Estava a vestir o Rui no meu quarto enquanto o Simão tomava banho, e o Sérgio já vestido entre o meu quarto e o deles a brincar.

De repente, ouvimos um estrondo e o Sérgio começa a chorar. Fui a correr, e ele estava caído no chão, com as mãos em cima de um mega quadro que tirou do quarto dele e estava a levar para o meu quarto. Como era muito pesado, deixou-o cair, o vidro partiu e as mãos dele caíram em cima dos cacos.

Cheguei ao pé dele e o meu coração gelou. Fiquei em pânico e não descansei até ver que ele não tinha nem nenhuma ferida nem nada de sangue. Tirámos a roupa toda para ver se não tinha nenhum vidro agarrado e tentámos consolá-lo, ao mesmo tempo que explicávamos o perigo que tinha sido pegar no quadro sozinho.

Ele ficou muito assustado e não nos largava, mas ao mesmo tempo, estava cheio de medo de levar um raspanete.

No entanto, naquele momento, nós só queríamos saber se ele estava bem e que nada de grave tinha acontecido.

Uma manhã que estava a correr tão bem, sem birras, todos bem comportados, tudo calmo, e de repente tudo virou um alvoroço!

Graças a Deus, foi só um momento de pânico que não passou de um susto e um quadro partido!

Mais uma vez, explicámos que eles não podem mexer nas coisas que não são deles e que são dos "grandes", porque podem ser perigosas e eles podem-se magoar.

Hoje vou agradecido para a cama, por nada mais grave ter acontecido e porque o Sérgio não se magoou a sério.

Não podemos tirar os olhos dos nossos filhos um segundo, basta mesmo isso para acontecer alguma coisa!

Nestes momentos só me apetece pedir...Socorrooooo!!!

Amor sem limiteOnde histórias criam vida. Descubra agora