Quando a gente tem mais mãos do que filhos as coisas já são meio complicadas mas, dá para encarar.
Quando a gente tem a mesma quantidade de mãos e de filhos as coisas começam a se complicar.
Estava em casa, o marido trabalhando, um sol lindo lá fora, eu no quarto com os pequenos pensei:- Ah, vou para a piscina aproveitar o dia!
Lá vou eu feliz e contente com o Rui no braço, e o Sérgio com 3 anos e meio.
Entramos na piscina e me sentei nos primeiros degraus com o Rui no colo e o Sérgio sentou do meu lado, ele podia sentar ou ficar de pé e estava tudo bem, mas sabe como é criança, né?
Sempre querendo explorar mais e mais, ele resolveu caminhar pelo degrau e eu disse:
- Sérgio, fica do lado do papá, tu pode escorre....
Nem deu tempo de terminar a frase ele escorregou e foi afundando, eu com o Rui no colo tive que reagir rápido e pensar rápido, o que eu podia fazer?
Resolvi tentar alcançar ele de qualquer jeito, peguei ele pelo pé, levantei do jeito que deu equilibrando o Rui num braço e o Sérgio no outro.
Tudo isto deve ter acontecido em no máximo 1 minuto, mas para mim foi como horas.
Saímos da piscina os três assustados e eu pensando: Que merda de pai que é você? Quer matar seus filhos afogados? Onde já se viu ir para a piscina sozinho com os dois?
O acontecimento abalou a nossa semana, fiquei com aquilo remoendo na minha cabeça, imaginando o que podia ter acontecido e o pior, me culpando por ter demorado para reagir porque estava com o Rui no braço, como se eu tivesse escolhido entre um e outro.
Tudo bem, depois de 1 semana de martírio e um trauma de piscinas, passou e ficou tudo bem.
Eis que na semana seguinte, um novo susto.
Estava a vestir o Rui no meu quarto enquanto o Simão tomava banho, e o Sérgio já vestido entre o meu quarto e o deles a brincar.
De repente, ouvimos um estrondo e o Sérgio começa a chorar. Fui a correr, e ele estava caído no chão, com as mãos em cima de um mega quadro que tirou do quarto dele e estava a levar para o meu quarto. Como era muito pesado, deixou-o cair, o vidro partiu e as mãos dele caíram em cima dos cacos.
Cheguei ao pé dele e o meu coração gelou. Fiquei em pânico e não descansei até ver que ele não tinha nem nenhuma ferida nem nada de sangue. Tirámos a roupa toda para ver se não tinha nenhum vidro agarrado e tentámos consolá-lo, ao mesmo tempo que explicávamos o perigo que tinha sido pegar no quadro sozinho.
Ele ficou muito assustado e não nos largava, mas ao mesmo tempo, estava cheio de medo de levar um raspanete.
No entanto, naquele momento, nós só queríamos saber se ele estava bem e que nada de grave tinha acontecido.
Uma manhã que estava a correr tão bem, sem birras, todos bem comportados, tudo calmo, e de repente tudo virou um alvoroço!
Graças a Deus, foi só um momento de pânico que não passou de um susto e um quadro partido!
Mais uma vez, explicámos que eles não podem mexer nas coisas que não são deles e que são dos "grandes", porque podem ser perigosas e eles podem-se magoar.
Hoje vou agradecido para a cama, por nada mais grave ter acontecido e porque o Sérgio não se magoou a sério.
Não podemos tirar os olhos dos nossos filhos um segundo, basta mesmo isso para acontecer alguma coisa!
Nestes momentos só me apetece pedir...Socorrooooo!!!
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Amor sem limite
RandomMinha história podia ser como tantas outras, mas começou de uma forma muito diferente. Me casei com um homem, que já fora mulher, e mudou para me fazer feliz e ser feliz. Com ele tive 2 filhos gémeos, 100% nossos. Mas filhos, não é só coisas boas...