Capítulo 2

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Aaron K. Miller

Saio a passos rápidos do prédio.

Não pode ser que tenho acabado de encontrar minha companheira. Não! Isso foi muito rápido. Meu pai encontrou minha mãe com 250 anos e no momento eu ainda possuo  apenas 115 anos. Não estou em busca de uma, e essa tem nem como evitar. Quando meus olhos bateram naquela loira linda dos olhos azuis inocentes acho que mesmo se ela não fosse minha companheira eu não iria resistir ao seu encanto. O seu corpo magro, mas curvilíneo e na hora senti vontade de retirar todo aquele pano e ver o que ele esconde. E o seu aroma de pêssego? Nem se fala então.

Saio da empresa e vou até minha casa buscar alguns documentos que deixei em cima da mesa do escritório.

Abro a porta da sala e encontro minha mãe na sala lendo uma revista.

— Olá, querido, voltou cedo. - ela se levanta e vem até mim me dar um beijo na bochecha.

— Olá, mamãe. - retribuo o seu beijo. - Eu apenas vim buscar algumas plantas importantes que deixei sobre a mesa do escritório.

A deixo na sala e ando em direção ao escritório. Abro a porta e encontro as plantas  onde deixei noite passada. Retorno a sala e a encontro olhando com um brilho nos olhos  para uma revista.

— O que houve, mamãe ? - me aproximo e vejo minha mãe observando uma página da revista onde o desgraçado do Christian Blake posa sorrindo para a capa da Forbes. - Ainda com essa sua admiração por esse homem, mamãe? Esse desgraçado matou o meu pai. Ele merece morrer. - digo com raiva.

Uma coisa é que: eu odeio essa família Blake. E isso que eles estão a poucos quilômetros daqui. Mas por enquanto prefiro não mexer com eles, na hora certa irei vingar a morte de meu pai. Irei acabar com a família Blake. Ele assassinou o meu pai assim como minha mãe me informou. Ele iniciou uma guerra contra nossa alcateia. Ele e aquela sua bruxa mataram a maioria dos lobos da Alcateia Lua Sangrenta e isso não irá ficar assim. Eu não estive nesta batalha e fiquei sabendo bem pouco, pois estava em Harvard fazendo uma pós-graduação e lá a guerra não aconteceu e como estava em uma semana importante não pude comparecer e meu pai disse que também não foi necessário. Depois recebi a ligação de mamãe ao me dizer que meu pai foi decapitado por Christian Blake. Naquele momento eu senti uma raiva sem tamanho por ele, eu nunca entendia a rivalidade entre eles, mas aquilo foi o cúmulo. Então eu conclui a pós e retornei para assumir o posto de alfa da alcateia e aos poucos ergui o Império Miller.

Ouço a campainha tocar, uma das funcionárias da casa abre a porta e então Graziella entra com  um micro vestido.

— O que faz aqui a esta hora, Graziella? Eu já te disse que não quero mais nada com você? - ela entra e senta no sofá como se eu não tivesse dito nada.

— Ah, meu amor, não faz isso, tu sabe que eu não queria ter traído você com ele, mas a carne é fraca. - ela dá de ombros.

— Sei, você quer é o meu dinheiro. - cruzo os braços e a encaro sério.

— Não fale assim com ela, Aaron, não foi essa educação que eu lhe dei. - mamãe ralha comigo.

— Ah, fala sério mamãe. Depois de tudo o que está mulher fez tu quer que eu a  trato com educação e respeito? Onde estava o respeito dela ao me trair ? - digo ainda calmo apontando o dedo para Graziella.

— Argh! Eu só lhe digo uma coisa! Tu vai voltar para mim ou eu não me chamo Graziella Goodwin. - após se levantar ela me dá as costas, anda rebolando, sai pela porta e a fecha com força.

— Argh! E a senhora quer que eu a trate com respeito, mamãe? - pergunto com uma sobrancelha arqueada para mamãe.

— Ela disse isso porque ela te ama, meu filho. Ela se arrepende do que fez. - não sei como minha mãe pode defender está mulher.

Meu Amado Inimigo Supremo [ COMPLETO ]Onde histórias criam vida. Descubra agora