Capítulo 8 - Sem Revisão

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- Bia o que acha de fazermos alguns cookies? - a jovem fêmea pergunta a Bia. Elas estão sentadas na sombra enquanto a jovem lê e a pequenina brinca com algumas bonecas.

- Oba! - ela sorri contente – Vamo, faizi tempo que Amola não come meu cokie. Vamo. - e saiu empurrando a outra para casa.

Durante o caminho elas riam e o cão pulava e latia nas duas. Quando chegaram perto da casa a fêmea jogou a pequena nos ombros deu lhe bateu. Achei que ela iria chorar, mas apenas aumentou mais seu riso.

Fiquei no mesmo local onde vinha me escondendo durante os últimos dias. Fazia minhas visitas às matilhas e corria para meu esconderijo onde ficava as observando por horas. Patrick parecia me sentir pois sempre olhava em minha direção e fazia um discreto aceno com a cabeça.

Sara também havia percebido minha presença e não fazia nenhum comentário. Parecia que ambos ficavam mais tranquilos quando estava por perto. No começo Amora ficou irritada com minha presença, mas aos poucos Patrick e Bia iam a acalmando e agora ela parecia nem ligar.

- Vem Amola vamo comê. - a filhote voltava para seu lugar na sombra com um prato cheio de biscoitos aparentemente – Depois vamo atais da boleta, ela tava lá na for zermeia.

Amora soltou um leve rosnado e a filhote mandou-a ficar quieta e comer. Elas comeram e saíram correndo deixando biscoitos no prato. Ela sempre fazia isso era como se soubesse que eu estava por perto e realmente sabia pois Amora sempre me entregava.

Ela nunca me chamava, mas sabia que estava observando. Achava estranho uma filhote respeitar a distância entre nós porque nenhum espécie respeitava.

Com cuidado saí do esconderijo e fui até o prato provando o biscoito e percebi Patrick vindo em minha direção.

- Oi Thirío. - ele me comprimentou sentando ao meu lado – Ela sempre deixa uns para você. - comentou sorrindo.

- Sim. Por mais que eu tente fazer uma surpresa Amora sempre me entrega. - rimos olhando para as caçadoras de borboletas que corriam atrás de uma vítima. - Acho estranho essa mania que ela tem de deixar as coisas para mim.

- Ela fica feliz quando você vem. - ele está pensativo me olhando – Outro dia que você não veio ela ficou tristinha sentada aqui e ficou te esperando até tarde.

Fiquei surpreso em saber que ela me esperou. Nunca ninguém esperou por mim e fiquei triste em saber que a desapontei.

- Ela está tentando dizer que quer ser sua amiga mas está te dando espaço para escolher. - eu sorri com o que disse – E ela vai continuar até você aceitar. - rimos.

Ficamos em silêncio por um tempo sempre com o olhar atento na pequena filhote que corria rindo no jardim. Elas adoravam perseguir as borboletas e se divertiam.

(...)

Estava na beira do lago olhando os animais todo dia vinha verificar se estavam bem. Alguns deles chegaram muito doentes e maltratados, mas agora estavam melhorando. A mãe lobo e seu filhote já haviam recebido alta e estavam bem de saúde.

Olhando o filhote me lembrei da pequenina que adorava brincar com ele. Eu podia ir buscá-la... Me levantei e fui em direção a sua casa. Concertei a passagem na cerca e agora não havia mais perigo para Bia. Fiz um pequeno portão em uma parte escondida pela vegetação e só eu tinha a chave do cadeado. Ela sempre me encontrava perto da cerca. Fui animado encontrá-la. A uma hora dessas já deveria estar acordada e brincando com Amora.

Estranhei quando não a encontrei no local de costume. Será que havia acontecido alguma coisa? Pulei na árvore e fui em direção a sua casa preocupado. Quando cheguei encontrei-a sentada com Amora na sombra da grande árvore.

ThiríoOnde histórias criam vida. Descubra agora