Depois de tanto tormento e amargura paz e tranquilidade eram as únicas coisas ele queria, pelo menos era o que ele imaginava. Mas sua vida mudou quando novas pessoas apareceram e a paz e tranquilidade foram completadas com amor e carinho.
Mas algu...
- São três fêmeas sozinhas morando em um lugar distante da cidade e para ajudar estão muito próximas a Reserva com vários machos que detestam humanos a solta. – Tiger esperou que assimilasse a informação – Sem falar que muita gente sabe que aquelas terras fazem divisa com a nossa. Imagina o que os grupos Anti-Espécie vão fazer quando souberem que temos três vizinhas?
(...)
- Não entendi. Por que temos de tomar conta delas? E seus machos? - estava curioso.
- Esse é outra parte do problema. - Cedar disse preocupado – Elas não tem machos.
(...)
Pulei rápido entre os galhos das árvores e cai na frente deles no justo momento que o filhote tinha caído no chão, o cheiro de sangue me fez ver vermelho.
Rugi alto demais até para mim, fazendo os residentes estarem e me olharem assustados.
- Só estávamos brincando com o filhote. - um deles se defendeu - Não íamos machucar.
(...)
- Beatriz Dalbergia. Tenho quatro anos, vou fazer cinco daqui um tempo. - mostrou os dedinhos com o número mais feliz e confiante - Mamãe disse pala não blincar longe de casa. Aí eu estava vendo uma boleta corurida e me pedi. Você mola aqui? Aí aqueles dois homi me seguilam e eu tumecei a coler. Não sei onde estou. Sabe onde etou? Aqui é bunito, mais mamãe vai bligar tumigo se eu não voltar logu. Tenho uma imã mais vela, mas ela foi pala cidade fazer complas. Mamãe vai faze um bolo de chocolate. Você gosta? Pode me chama de Bia.
(...)
- Bia. Bia. - ouvi a voz mais linda que já existiu.
(...)
O anjo tinha o cabelo escuro comprido e sua pele era tão clara que eu fiquei encantando com sua beleza. Era tão linda... não existia nada para comparar.
Cada sorriso que ela dava era motivo para que eu sorrisse também. O anjo acariciava o rosto da filhote e eu ficava imaginando aquelas mãos em meu rosto.
CAPÍTULO 6
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E no dia seguinte eu estava sobre a mesma árvore esperando o anjo aparecer.
Por mais que me negasse a vir, o desejo de vê-la foi mais forte. Estava ancioso e gostaria de estar mais perto, mas poderia ser descoberto.
Estava tão distraído pensando nela que só percebi a jovem fêmea sair segurando um pequeno balde quando já estava longe da casa. Realmente estava muito distraído e isso não era bom.
Fiquei olhando o que ela ia fazer e me surpreendi quando começou a falar com algumas plantas. Era estranho ver alguém falando com plantas, mas humanos faziam coisas estranhas às vezes. Conforme falava sorria e de repente pude sentir uma dor vindo dela e seu sorriso se tranformou em lágrimas.