Estava em meu quarto checando algumas pendências que precisava resolver sobre a inauguração da confeitaria. Fernanda tomou a frente do projeto e eu deixei ela realizar seu sonho. Apenas os fornecedores ficou sob minha responsabilidade.
Essa nova vida parecia até um sonho. Toda noite ligava para Carmem ou ela me ligava e passávamos um bom tempo conversando, todo dia tínhamos novidades. Contei sobre o amigo imaginário de Bia e ela me disse que um sobrinho tinha um também. Ela explicou que às vezes eles surgem de alguma insegurança da criança ou apenas solidão mesmo. Seu sobrinho manteve o amigo imaginário por alguns anos e de repende não falou mais nele.
- Ahhhhhhh Mamããããeeeee! - pude ouvir Bia gritar e sai correndo ouvindo seu choro.
Bia estava deitada no chão, perto da grande árvore que costumava ficar, segurando o braço junto ao peito e chorava muito. Patrick e Sara também vieram assim que ouviram seu grito. Inexplicavelmente uma calma e tranquilidade se apossou do meu coração, do meu ser. Cheguei até ela e com carinho a tomei em meus braços.
- Princesa o que aconteceu? Onde doi. - ela não respondia apenas chorava.
- Ela deve ter caído da árvore, olhe. - Patrick chamou minha atenção para um de seus sapatos que estava grudado em uma forquilha da árvore.
- Deve ter caido em cima do braço. Vai ficar tudo bem amorzinho. - Sara tentava lhe acalmar mas não estava adiantando muito.
Patrick me entrega o sapato que coloco em seu pé. Fernanda vem correndo com a chave do carro e saímos em direção ao hospital. Bia sempre em meu colo pertinho do meu coração estranhamente calmo recebendo carinho e beijos.
O hospital é pequeno como a cidade mas todos nos atenderam muito bem e com carinho totalmente diferende de onde morávamos onde boa parte dos pacientes eram atendidos com grosserias.
O médico foi muito carinhoso com Bia e isso deu a ela confiança. O choro parou e ela começou a contar sobre suas aventuras com lobos e ursos.
Quando a enfermeira levou Bia para fazer o Raio-X notei dois homens vestidos de preto com máscaras também pretas parados perto de uma porta. Quando ela abriu uma mulher loira vestida de branco saiu sendo seguida pelos homens. Ela parecia minúscula perto deles pois eram muito altos. O médico notou meu olhar espantado e sorriu.
- Aquela é a Dra Trisha North, uma excelente médica. Ela é médica na Reserva e é acasalada com um deles por isso os homens, são seus seguranças. - o médico explicou.
- Ela vem sempre aqui? - fiquei curiosa e continuava olhando por onde saíram.
- Pelo menos uma vez por semana, mas nunca sabemos o dia e a hora certa. - fiquei espantada e indignada com a falta de responsabilidade dessa médica – Não marcamos nada para evitar ataques. Alguns Anti-Espécies já a atacaram uma vez quando estava atendendo. O marido probiu ela de voltar mas como pode ver... Ela voltou. - ele explicou quando viu minha indignação por ela não ter horários.
Não demorou para que a enfermeira trouxesse Bia de volta junto com o resultado do exame. Fiquei aliviada quando sobre que não chegou a quebrar apenas trincou o braço e ela teria de usar gesso por alguns dias. O médico usou um gesso rosa o que a deixou muito feliz. Bia pediu que o médico e a enfermeira assinassem seu gesso e disse que todos na escola iriam assinar. Ela ficou feliz em saber que não iria a escola por alguns dias mas quando ficou sabendo que não poderia correr e brincar com Amora só faltou chorar de tristeza.
- Sabia que meu niversálio tá xegano? - Bia contou enquanto o médico preenchia a receita.
- Que bom. E quantos anos essa gatinha vai fazer? - ele perguntou me entregando a receita.
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Thirío
FanficDepois de tanto tormento e amargura paz e tranquilidade eram as únicas coisas ele queria, pelo menos era o que ele imaginava. Mas sua vida mudou quando novas pessoas apareceram e a paz e tranquilidade foram completadas com amor e carinho. Mas algu...