Depois de tanto tormento e amargura paz e tranquilidade eram as únicas coisas ele queria, pelo menos era o que ele imaginava. Mas sua vida mudou quando novas pessoas apareceram e a paz e tranquilidade foram completadas com amor e carinho.
Mas algu...
- Pronto. - uma voz suave atendeu ao segundo toque.
- Oi Karen. - pude ouvir seu grito de alegria e ela chamando por Thomas.
- Como vai querido. Está no viva-voz. - sabia que ela faria isso.
- Com está Thirío? Tudo bem? - pude ouvir Thomas.
- Estou bem. Estou ligando para passar o novo número do celular...
O que era para ser uma conversa rápida se prolongou quando meus irmãos humanos chegaram e como já imaginava todos sabiam sobre meu anjo e estavam curiosos sobre ela. Tive de explicar o que estava acontecendo e percebi que gostei de conversar com eles e contar sobre minha vida.
Antes eu era muito solitário e não gostava de falar sobre mim. Nenhum Espécie gosta de falar sobre si mesmo mas notei que minhas alegrias deixavam eles felizes e mesmo com as piadinhas que Stefan fazia eu me divertia com eles. Karen disse que todos viriam para a casa de Judie no final de semana e prometi ir vê-los.
Nem bem havia terminado a ligação o celular tocou novamente. Pela hora Bia deveria ter se deitado.
- Oi pequena tudo bem? Onde está a mamãe? - tomara que elas estejam bem.
- Tá tudo bem... Tá tudo mundo domindo... - ela contava animada mas percebi que falava baixinho provavelmente com medo de acordar alguém.
- A mamãe não está mais triste? - Ernest começou a pressionar e isso não era bom.
- Ela num tá mai tisti não, se a mamãe fica tiste ota vez eu te conto... cê não vai dumi não? - não consegui segurar o riso.
- Eu vou e você também precisa dormir. Boa noite. - ainda sorria imaginando ela deitada eufórica com a novidade de ter um celular só seu.
- Tá bom, banote! - e desligou
(...)
Quando cheguei Bia e Amora me esperavam com Patrick ao seu lado. Elas não conseguiam ficar paradas e era divertido vê-las se agarrando em sua brincadeira. Enquanto cumprimentava Patrick ouvi sua risada e ao olhar fiquei surpreso.
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Amora tinha um borboleta na ponta do nariz e elas estavam fascinadas com isso.
- Taza! - Bia gritou quando me viu e correu para meus braços fazendo Patrick gargalhar.
- Tarzan? Sério. - Patrick ria do meu novo nome.
- Quer parar! - ainda não gostava de certos costumes humanos como por exemplo rir da desgraça alheia – Eu tentei concertar isso mas ela não aceita mudar.
- E o que pretendem fazer hoje? - ele pergunta me estendendo a bolsa com o lanche.
- Vamo no lago bincar com o Piti e o Gus. O lobinho vai tá lá tamém né?. - Bia conta animada e eu apenas concordei.