Capítulo sem título 3

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- Pode entrar! - respondi quando bateram a minha porta e enxuguei minhas lágrimas

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- Pode entrar! - respondi quando bateram a minha porta e enxuguei minhas lágrimas.

- Bom dia mamãe. - Fernanda minha filha mais velha e companheira se aproximou me abraçando – Por favor não fica assim, ele não gostaria de te ver sofrendo.

Uma crise de choro me tomou e ali agarrada a minha filha derramei três anos de saudade, três anos de solidão, três anos tentando ser forte por elas... Elas que me fazem seguir em frente.

Fernanda não disse uma palavra e ficamos abraçadas com ela me confortando. Por alguns minutos só podia ouvir meus soluços que aos poucos foram se acalmando.

- Eu sei querida, mas é que sinto tanto a falta dele. - e abraçadas choramos.

Hoje faziam três anos que meu marido faleceu vítima de um assalto na academia em que trabalhava e nós sentíamos muito sua falta.

Conheci Justin quando comecei frequentar a academia onde era instrutor de Krav Maga e vendo sua aula me interessei fazendo minha matrícula. Ele era um excelente professor, um ex-campeão de luta que adorava ensinar.

Justin sempre foi muito amigo e atencioso com todos os alunos, então quando me convidou para tomar um suco na lanchonete da academia não estranhei, pois sempre estava lá conversando com todos. Mas dessa vez foi diferente.

Sempre direto logo que chegamos explicou que estava interessado em mim e gostaria de marcar um encontro. Fiquei assustada a princípio e expliquei que não podia sair pois tinha uma filha e quando pensei que ia desistir abriu um grande sorriso e pediu para levá-la junto.

Foi um dia especial tanto para mim como para minha filha. Sempre fomos sozinha e sua presença se tornou constante em nossas vidas a partir daquele dia. Fernanda que na época tinha 8 anos ficou assustada a princípio, mas com calma Justin foi conquistando seu pequeno e carente coraçãozinho.

Engravidei muito cedo com 15 anos e meus pais não aceitaram muito bem a notícia, mas quando viram minha pequena pela primeira vez se apaixonaram e tudo mudou. O pai de Fernanda, Simon, era meu melhor amigo e um dia estávamos em casa depois de termos feito um trabalho e começamos a beber, como resultado Fernanda nasceu oito meses e meio depois.

Meus pais só descobriram quando contamos a eles dois meses depois quando descobrimos a gravides. Os pais de Simon ficaram furiosos e renegaram o neto afinal não gostavam de mim, eles se mudaram levando meu melhor amigo e nunca mais tive notícias dele.

Fernanda aos poucos foi se abrindo para Justin que era seu companheiro de brincadeiras e a amava. Seis meses depois do primeiro encontro nos casamos em uma pequena igreja com a presença de nossos amigos e meus pais, pois os dele já haviam falecido e ele era filho único.

Vivemos uma vida cheia de alegria, amor e carinho. Fernanda teve todos os sonhos realizados pelo agora papai. Ela passou a chamá-lo de pai após o casamento e estava muito feliz.

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