XXV

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De volta a cama, Holmes deixou um frasco, que havia pegado em seu armário, sobre o criado mudo, ao lado da cama.
O pouco conhecimento de Watson naquele tipo de relação, obtido com Greg e com a internet, o fez imaginar se tratar de um lubrificante.
O garoto não teve muito tempo para pensar nos detalhes do que se seguiria, pois sentiu os longos dígitos de Sherlock capturando a proteção de suas mãos. A partir de então, o controle já não era mais seu.

O moreno deslizou uma das mãos pelas pernas de John, seguindo desde seus joelhos até a parte interna de suas coxas. De forma instintiva, sentindo o corpo arder em desejo, o loiro afastou levemente as pernas, abrindo espaço para as intenções de Sherlock.

Sob a cueca vermelha, o membro de John tornava-se mais necessitado a cada toque dos dedos do outro naquela região. E, provocativamente, Holmes passou a masturbá-lo por cima da peça íntima, alegrando-se pelos gemidos abafados emitidos.
Ao perceber que sua carícia logo seria caracterizada como uma tortura, o cacheado resolveu descer a cueca de uma vez, retirando-a completamente.

Um leve sentimento de vergonha passou por Watson, ao se ver tão exposto. Entretanto, recebeu o olhar do outro e tudo voltou ao normal.
Ele já confiava em Sherlock e se sentia à vontade ao seu lado! Por mais que não quisesse ser pretensioso e nem fosse mestre em deduções, naquele olhar fixo avistou o carinho do cacheado por ele. Se, obviamente, era recíproco para que serviria aquela vergonha?

Para Sherlock, ter John daquela maneira era totalmente surreal.
A cada conversa que tinha com o garoto se sentia mais apaixonado, descobrindo inúmeras características encantadoras em sua personalidade. No momento em questão, as mesmas sensações o invadiam a cada descoberta do corpo do loiro. John era perfeito em todos os detalhes!

Seus olhos, depois de longos segundos, desprenderam-se dos de Watson e passaram a fitar o pênis a sua frente. O loiro mordeu os lábios ansioso pelo que viria e intensificou ao sentir os dedos de Sherlock tateando sua glande, sensível pelos movimentos anteriores.

Holmes, que estava de joelhos sobre a cama, ajeitou-se e inclinou o rosto de forma com que conseguisse tocar o início da extensão com seus lábios. O toque macio fez John arquear suas costas e levar as duas mãos até os cachos morenos.
Nunca, naquele último mês, ele poderia se imaginar naquela situação, recebendo tanto prazer pelo moreno. Precisou se controlar para não ter um orgasmo no mesmo instante!

A boca de Sherlock, aos poucos tratou de acomodar toda a extensão do garoto. Sugava e umedecia-o inteiramente e, àquela altura, já havia identificado os nuances dos ruídos emitidos pelo loiro. Sabia exatamente os pontos aos quais deveria se atentar mais.

John tivera experiências sexuais apenas outras três vezes. Uma vez com uma garota com quem estudou no primeiro ano e as outras duas com Mary. Em uma delas, houve sexo oral, mas nada que pudesse ser comparado àquilo.

- Sherl... – a voz rouca e cortada chamou.
Holmes sabia o que o garoto queria dizer e não tinha forças para terminar de falar.
Abriu o pacote de camisinha, que havia pegado das mãos de John, e a ajustou assim que afastou seus lábios.

Watson não foi capaz de controlar um suspiro de decepção, pois estava muito perto de seu ápice para ser interrompido assim.
Todavia, a causa era boa. Ele sabia que o melhor ainda estava por vir.

Sherlock voltou a se ajoelhar na cama, levantando em seguida para poder tirar sua última peça de roupa. Os olhos de John foram atraídos de imediato para o membro do moreno, tão rígido quanto o seu e tentadoramente maravilhoso.
Holmes conteve um sorriso de canto, ao perceber o olhar do outro sobre si. Como sempre, o brilho de fascínio nos olhos do loiro sempre o alterava.

Retornou a cama, agora, deitando-se sobre o garoto.
Uma leve fricção entre seus corpos e, especificamente, entre seus membros causou arrepios e desejo por mais. Holmes guiou as mãos até os braços de John, alisando-os por inteiro. O loiro, por sua vez, fincou os dedos na cintura do cacheado e determinou um movimento lento entre seus corpos, atritando as regiões que causavam prazer.

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