Cap. 2

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Um mês depois

Leyse brincava no jardim onde foi construído um pequeno parque exclusivamente para ela brincar. Os avós a observavam de longe, sentados na cadeira, admirados com tamanha semelhança que a garota tinha com o filho. "E a cor da neta só a deixava mais linda e única". Pensou eles.

A ideia do parque surgiu a pedido da Leyse para o pai, bom, não ditamente um parque. Leyse só queria que ele a levasse para o parque e brincar, e como Jason não queria expô-la muito, e também por não ter muito tempo, mandou construir um parque para ela onde se tinha tudo o que uma criança possa querer. Ela não queria muita coisa, só queria ter um dia normal de criança, poder brincar com outras crianças e principalmente com o pai, mas aquele parque supriu qualquer desejo seu. Não importava quantas vezes brincava ali, sempre queria mais. Nunca perdia a graça. Dava para ver o quanto o pai se esforçava para deixar a filha feliz já que ele nunca foi de brincar, nem mesmo na infância. Era uma criança muito peculiar, e Jason via um pouco dele na filha. As vezes pensava que estava conversando com um adulto de tão inteligente que a filha era. E também via um pouco da mãe nela, era uma garota

Leyse brincava distraidamente na enorme cama elástica, indo a elevadas alturas. Era seu brinquedo favorito. Ela pula tão alto e pode ver tudo de cima. Ela pulava e direcionava seu olhar por toda propriedade, até que avistou um garoto de longe apenas a observando brincar. Era nítido que o garoto queria brincar também. Ela de repente para de brincar e vai em direção aos avós com uma ideia em mente.

- Vovó, vovô. - eles sempre se emocionam quando a neta os chama. Eles amavam aquela pequena imensamente. Viam nitidamente que ela era um cópia  do filho de um jeito bem diferente. - Posso pedir uma coisa a vocês?

- Claro, o que quiser, querida. - o avô a responde prontamente, faziam qualquer coisa para agradar a única neta que tinham.

- É que não acho muito legal só eu brincar nisso tudo aqui. - ela aponta para o parque todo. - Queria ter alguém que brincasse junto comigo. Eu poderia convidar o filho do senhor Carlos?

- Pode, meu amor. - a avó fala orgulhosa das atitudes da neta. Era com certeza uma criança de coração enorme e além de ser muito experta. Os avós já tinham visto o garoto ali parado só os observando, mas não sabiam se a neta queria que mais alguém estivesse ali. E agora vendo a nobre a atitude da neta, se apaixonaram ainda mais por ela. Com certeza vai ser alguém muito importante no futuro.

Leyse prosseguia em direção ao garoto negro de cabelos encaracolados que fingia estar prestando atenção em outra coisa. O garoto se retraído ainda mais quando Leyse ficou a centimetros dele.

- Oi, Sou a Leyse. Vi que você está aí sozinho e eu também estou, não gosto de brincar sozinha naquilo tudo. Não quer brincar comigo? - ela pergunta com um belo sorriso que mostrava uma janelinha entre os dentes, mas que não mudava nada. "O sorriso mais lindo da face da terra". Pensou Lucas.

- Me chamo Lucas, e eu não posso. - seu olhos brilhavam em contrariedade, ele queria brincar com ela, mas o pai disse que ele era proibido de chegar naquele parque e de chegar perto da filha do patrão. O pai dele sabia que o senhor Cage era superprotetor com ela. Se algo acontecesse com a garota com certeza iria culpar o filho dele. Consequentemente trazendo sua demissão. O garoto também sabia disso, não era tosco, mas seu desejo de criança falava alto, e também ficava fascinado com aquela garota. Era tão bonita.

- E porquê não? - ela pergunta intrigada e indignada. Sabia que isso tinha haver indiretamente com o pai. Não que estivesse indo contra o pai, mas não teria problema nenhum dele brincar com ela. "Afinal são crianças e haveria problema nenhum com isso". Pensou ela.

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