1 meses depois
Jason dirigia assim como todos os dias onde a mãe de sua filha estava internada. Aquilo infelizmente virou sua rotina, antes de ir ao trabalho ele ia visitar Celine, a espera de notícias boas, mas sempre recebia as mesmas de sempre. Mesmo assim não desanimava. Uma das coisas que Jason sabia bem ser é persistente. Isso as vezes podia ser bom ou ruim.
Ele chega no hospital e as funcionárias já estavam olhando sem pudor nenhum para ele que não prestava atenção a nenhuma dela, somente a atendente com quem se identificava para ter acesso ao quarto de Celine. Mesmo sendo conhecido de todos, era regra. Elas já até tinham gravado de cor as horas que o senhor Cage aparecia por lá. Também, com mais de um ano indo a aquele hospital era de se esperar isso.
Jason seguia até o quarto da mãe de sua filha, e via a mesma cena que o frustrava. Ele não sabia porque sempre que entrava no hospital, seu coração palpitava mais forte que o normal. Talvez a ansiedade de saber se houve alguma melhora da parte dela. E infelizmente era a mesma cena que ele via a mais de um ano. Ele adentra o quarto e se senta segurando a mão fria dela.
- Não acha que já está na hora de acordar? - Jason susurra bem próximo ao ouvido dela, mesmo sabendo que ela não escutaria, talvez ela escutasse. Isso era total dúvida para ele. - Todos aqui já estão desistindo de você. Mas eu não vou, não vou fazer isso. Ainda deve muita coisa a nós, não pode deixar por incompleto. Você ainda tem muito o que fazer por aqui, muito o que explicar, muito o que viver. Não desista porfavor, todos nós precisamos de você aqui, principalmente nossa filha, ela não merece crescer vendo a mãe deitada em uma cama de hospital. Você tem que reagir pelo bem de todos, Celine. Reaja por sua filha, seu irmão, por mim, por todos que gostam de você.
Jason sai do hospital mais decepcionado que o normal, e não sabia o porquê. Tinha um pressentimento, só não sabia se era bom ou ruim. Ele caminha até onde seu carro está estacionado e o que chama sua atenção é um mendigo que está sentado apoiado numa fachada de loja que estava fechada. O senhor estava segurando uma plaquinha dizendo ajudem um cego. Mas o que mais o intrigou foi que o homem trajava um terno branco, muito caro por sinal. Ele conhecia muito bem aquela marca, era bem cara. Jason achou aquilo muito contraditório. Ele se aproxima do tal mendigo que percebe a aproximação. O homem mira os olhos azuis, mas não naturais, sem foco. Claro que não estava olhando para Jason, ele apenas sentia a presença de Jason. Os olhos azuis do homem eram de um tom meio branco, Isso devia ser consequência de alguma doença, afinal era nítido que ele era cego. O homem era negro e possuía uma cor mais escura ao redor dos olhos. O que destacava mais os olhos. Jason deposita algum dinheiro que tinha no bolso. No caso, míseros 400 dólares. Ele não achava essa quantia significativa, mas com certeza para o homem cego era.
- Muito obrigado, meu jovem. Tenha a certeza que irá ser recompensado muito bem pelo o seu ato de bondade. E isso está mais próximo do que imagina. - Jason logo pensou em Celine. Daria tudo que tinha para ver a ela bem. - cuidado com o que deseja, pode não ser a melhor escolha, sempre haverá consequências.
- Mas eu não... - Jason arregalou os olhos verdes. Não acreditava que o mendigo bem vestido tinha lido sua mente.
- É só um conselho, meu jovem. Nada é dado sem um sacrifício. - Jason olhava para o senhor ainda espantado. Ele sacudiu a cabeça e pôs-se a andar. Aquele senhor era um tanto quanto estranho. Parecia saber exatamente o que Jason sentia.
Jason virou para trás para ver uma última vez aquele senhor e ele tinha sumido. Ele direcionou o olhar por todo o local, mas não o encontrou. Aquilo pareceu bem bizarro para Jason. Só sabia que ele era real, pois o dinheiro que ele deu ao velho não estava no bolso. Mas para surpresa dele havia um bilhete com o nome de uma praça famosa de nova Iorque. E atrás tinha escrito:

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Inquebrável
Roman d'amourCom a mãe de sua filha em coma, Jason tem que encarar o desafio recente de ser pai. Sendo que há mais de um ano atrás não sabia da existência da filha. Ele espera há mais de um ano respostas que somente Celine, a mãe de sua filha, pode explicar. Não...