Cap. 5

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1 mês depois

Leyse entra no quarto de hospital onde Celine esta internada com o pai e trazendo consigo um pequeno livro para ler uma história a mãe que ainda permanecia inerte em seu sono. Jason trazia um pequeno bolo para comemorar os 33 anos da mãe de sua filha, ele era apenas 2 anos mais velha que ela. Decidiu deixar o trabalho de lado por hoje. Jason sabia que não fazia sentido nenhum fazer aquilo, mas a filha foi tão insistente que não teve como dizer não a aquele pequeno anjo que iluminava seu dia. Leyse se aproxima da mãe e segura sua mão fria e deposita um beijo bem demorado na face da mãe.

- Bom dia mamãe, eu sei que pode me ouvir. Feliz aniversário de 33 anos. Pensou que nós nos esqueceriamos da senhora? - a filha de Jason falava com a mãe como se ela realmente pudesse escultá-la, talvez realmente pudesse. Jason coloca o pequeno bolo de chocolate em uma mesa próxima e fica ao lado da filha. Ele se ajoelha tentando ficar a altura dela, mas até assim ainda era um pouco mais alto que ela. Jason olhava para filha comovido com o jeito que ela tratava a mãe. - Papai, será que ela vai acordar mesmo?

- Sim, não tenha dúvidas disso. Saiba que ela está muito feliz por você ter lembrado do aniversário dela. - Jason afaga os cabelos crespos, castanhos e revoltosos da filha.

- Eu trouxe esse livro para ler para ela, será que ela vai gostar? - a filha fala insegura para o pai. Era tão linda e fofa que Jason ficava cada vez mais apaixonado pela filha. Não era um homem de demonstrar seus sentimentos, mas com a filha era diferente. Se sentia pequeno diante daquela garotinha.

- Tenho certeza que sim. - ele olha para mãe de sua filha, ela permanece inerte. Porém pelo que conhecia de Celine, sabia que qualquer coisa vindo da filha era algo precioso, assim como para ele.

- Senhor Cage, posso conversar com o senhor? - o médico encarregado de cuidar exclusivamente da mãe da filha dele o chama.

- Claro. - ele fala a contra gosto, mas pode ser algo importante. Ele segue o médico, deixando a filha sozinha com a mãe.

- Mamãe, você ainda gosta do papai? - mesmo sabendo que a mãe não iria respondê-la, ela teimava em conversar com a mesma. - eu gosto muito dele, queria que vocês dois ficassem juntos...

- Ô, meu amor. Você sabe que ela não vai te responder. - um homem negro bem parecido com Celine e muito bonito, se aproxima de Leyse e a pega no colo. - Como você está, hã? Ele está te tratando bem?

- Sim, titio. Que saudades do senhor. - ela abraça o tio Sérgio, irmão de Celine. Ele é o único parente próximo de Celine e assim como Jason, só foi descobrir que o pai de Leyse era Jason quando a irmã sofreu esse trágico acidente.

- Eu também, meu amor. - ele abraça a sobrinha bem apertado e a enche de beijos a fazendo rir. Ele cuidava da sobrinha quando Celine ia trabalhar. Era louco pela sobrinha. Cuidava dela pela manhã, e trabalhava como guarda noturno a noite, e Celine era professora pela manhã, ambos eram vizinhos. Não queriam se separar, eram muito unidos. Principalmente desde da morte da mãe deles. Quando soube do acidente ficou arrasado, mas cuidou da sobrinha até o tal pai dela aparecer. E não precisou nem pedir um exame de DNA para comprovar isso, já que a sobrinha era a versão negra e feminina de Jason. Teve que ceder a sobrinha a Jason, que prometeu cuidar e proteger Leyse com a própria vida. E se arrepende de ter feito isso, já que a sobrinha era a única ligação que ele tinha da irmã. Ele ia de vez em quando visitá-la, mas nada se compara a ter aquela pequena aos seus cuidados.

- Veio visitar a mamãe? - assim como Leyse, ele também veio dar os parabéns a irmã. E foi uma feliz coincidência encontrar a sobrinha aqui.

- Sim, e que bom que está aqui, assim posso matar a saudade que sinto de vocês duas. - fala abraçando a sobrinha mais forte que reclama do aperto.

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