Escolha difícil

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Cheguei em casa e a Becca estava jogada no sofá, lendo uma revista. Joguei-me no outro sofá e ficamos conversando, ela quis saber tudo sobre o encontro com a sogra. Eu dei o máximo de detalhes possíveis e depois ficamos conversando besteira até dar a hora de nos arrumarmos.

Tomei banho, pus uma saia branca rodada, com uns babados pretos, uma blusa de seda vermelha e calcei uma sapatilha. Fiz uma trança lateral no cabelo e uma maquiagem leve, depois que terminei fui esperar a Becca na sala. Antes que ela ficasse pronta, o Caíque chegou e nós ficamos conversando.


- Então, eu passei no teste?

- Que teste? - Ele me olhou confuso.

- O teste da sua mãe.

- Pouca gente passa no teste da minha mãe.

- Então isso quer dizer que eu não passei? - Arqueei a sobrancelha.

- Babi, se você tivesse caído nas graças da minha mãe, você seria o tipo de garota com a qual eu não passaria de um "Oi".

- Quer dizer que eu só posso ser a queridinha de um dos integrantes da família Nogueira?

- Mais ou menos isso.

- Quem eu devo escolher? A dama da alta sociedade que me analisa da cabeça aos pés ou o surfista convencido que me arrepia das cabeças aos pés. Escolha difícil. – Ele soltou uma risada.

- Ah é? Deixa eu te ajudar, então. - Ele me puxou pela nuca e me beijou.

- Eu diria para vocês arrumarem o quarto, mas vocês provavelmente fariam isso mesmo, então só vamos. - A Becca falou já se dirigindo a porta enquanto nós riamos dela.


Não demoramos mais que vinte minutos para chegar ao restaurante. A Sof e o Rodrigo já estavam lá, então ficamos conversando enquanto esperávamos o Thiago chegar para fazer o pedido. O jantar foi ótimo, tanto que nos distraímos na conversa e quando saímos de lá, já passava da meia noite. A Becca acabou indo para a casa do Thiago, então eu voltei sozinha com o Caíque no carro dele.

Estávamos na porta do meu apartamento há uns cinco minutos nos beijando, quando eu o puxei pela gola da camisa.


- Seria melhor continuarmos isso lá dentro.

- Isso é uma proposta indecente, Babi? Pois saiba que eu não sou esse libertino que você pensa.


Eu adorava quando ele vinha com essas piadas do nada.


- Ah é? Então, boa noite, Caíque. - Larguei-o e virei para abrir a porta do apartamento.


Um. Dois. Três. Antes que eu chegasse ao quatro, ele me puxou pela cintura e começou a beijar meu pescoço enquanto falava.


- Mas eu posso abrir uma exceção, no seu caso.


Puxei-o para dentro e tranquei a porta, antes de jogar meus sapatos na porta e enrolar minhas pernas ao redor da cintura dele enquanto ele me levava até o quarto e continuava distribuindo beijos pelo meu pescoço.

Ele me jogou na cama e veio mordiscando minhas pernas. Quando ele me beijou de novo, aproveitei para tirar a blusa dele e ele fez o mesmo comigo. Inverti nossas posições e fui largando beijos e chupões pelo abdômen dele até chegar perto do cóis da calça dele. Fui desafivelando o cinto que ele usava vagarosamente, arrancando um protesto dele para que eu tirasse logo. Ainda torturei-o um pouquinho, mas ao final tirei o cinto e a calça jogando em qualquer lugar do quarto.

Ele continuou me beijando enquanto soltava meu cabelo para poder puxá-lo levemente enquanto suas mãos passeavam pelo meu corpo. Ele puxou minha saia, jogando-a em qualquer lugar, suas mãos brincavam com meus seios por cima do sutiã, mas ele cansou do joguinho e se livrou quase simultaneamente do meu sutiã e da minha calcinha. Nossos beijos continuavam quentes e eu fui descendo pelo corpo dele de novo, e a ereção dele estava mais que evidente.

Fui puxando, devagarinho, a cueca dele enquanto ele gemia meu nome e pedia que eu acabasse com aquela tortura. Ele me puxou, colando nossas bocas e mudando de posição, me deixando por baixo. Ele foi dando leves mordidas por todo o meu corpo ate chegar lá embaixo, onde ele se concentrou por alguns minutos me deixando a beira de um orgasmo. Antes que eu pudesse reclamar que ele não havia terminado, ele me beijou de novo e eu não tive do que reclamar.

Ele tateou na cômoda em busca de camisinha e, em poucos segundos, pôs o preservativo e me penetrou. A sensação de encaixe perfeito que tínhamos um com o outro era indescritível, chegamos ao ápice com poucos segundos de diferença. Ele caiu ofegante do meu lado e, depois de me recuperar, virei para encará-lo e ele fez o mesmo.


- Caraca, Bárbara, eu sou muito louco por ti. - Não pude conter o sorriso que se formou no meu rosto.

- Dizer isso logo depois do sexo não soa convincente.

- Não, pô. Eu sou louco por ti de qualquer jeito, o sexo gostoso é só um bônus. - Ele me deu um selinho e ficou fazendo carinho no meu cabelo.

- E que bônus, hein. Eu sempre acho que uma hora eu vou enjoar disso, mas só melhora.

- É o que dizem, a prática leva a perfeição. - Ele piscou.

- Já disse que sou perfeccionista, não é?

- Isso quer dizer que ainda temos que treinar muito?

- Muito. - Sorri de canto.


Ainda conversamos sobre algumas bobagens antes de o sono começar a bater, mas antes que eu dormisse ele soltou a bomba.


- Babi...

- Eu.

- Esqueci-me de dizer que a gente tem um jantar amanhã, ou no caso, hoje.

- Outro?

- É, na casa dos meus pais.

- O quê? - Olhei-o com os olhos arregalados.

- Pois é.

- Quando isso aconteceu?

- Quando a minha mãe veio me visitar. Sabe como eu consigo ser bem persuasivo? Pois é, digamos que não foi só a cor do cabelo que eu herdei dela.

- Bom, não dá mais tempo para fingir uma doença, dá?

- Até dá, mas ela é capaz de trazer médicos da França só para te curar e você poder ir a esse jantar.

- Nesse caso, o jeito é arrancar logo o band-aid da ferida. - Falei bocejando e sentindo meus olhos querendo fechar.

- Exato. Mas vamos nos preocupar com isso amanhã. Boa noite, linda. - Ele me deu um beijo na testa e eu apaguei de sono segundos depois.


Acordei no dia seguinte e o Caíque não estava mais na cama, na bancada da cozinha tinha um bilhete dizendo que ele tinha ido à padaria. Aproveitei para fazer café enquanto esperava por ele. Depois de comermos juntos, ele ainda ficou um tempinho lá, mas ainda tinha um trabalho para fazer, então ele voltou para casa.

Pus em dia umas matérias atrasadas e comecei um trabalho que era só para o mês seguinte. A Becca chegou antes do almoço e ficamos conversando enquanto cozinhávamos. Terminar de me arrumar e tive que ficar esperando a Becca se arrumar, porém nada novo, não é mesmo?!

Chegamos no campus e a Sof e o Caio estavam lá e nós ficamos conversando até a aula começar. Acabei não prestando muita atenção na aula porque estava preocupada com o jantar com os pais do Caíque. Na noite anterior eu não tinha me preocupado tanto por causa do sono, mas depois eu comecei a pensar em quantas maneiras diferentes aquilo poderia dar errado e fiquei me corroendo por dentro.

Oceanos nada pacíficosOnde histórias criam vida. Descubra agora