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Está sendo difícil me acostumar em segurar suas mãos, ele disse que eu era importante para ele, eu nunca tinha ouvido isso de outra pessoa a nao ser o Leury, me senti especial pela segunda vez na minha vida. Ele já estava dormindo e continuava segurando minha mão, eu estava vendo-o dormir. Parece que os papéis estavam sendo invertidos. Dessa vez eu estava com ele, eu o observava.











Acordei com um pouco de dor nas costas, não sei que horas cai no sono e dormi ali sentada em uma cadeira. Ainda estava tudo embaçado nos meus olhos, sabe quando você acorda confusa com pressa e tudo parece estar rodando?
— Não acredito que você ficou aqui, bom dia. - Moon disse beijando minha mão, assim que bocejou.
— Eu também não. - Disse envergonhada. - Preciso ir. - Já estava me levantando quando me deparei que estava longe de casa e com certeza o Leury já teria ido embora. Minha única solução são os ônibus, eu detesto eles. Nunca sei onde devo ficar, por burrice. Nem me despedi dele quando sai de lá, apenas fui atrás do Lê que não estava em lugar nenhum.

Me sentei na cadeira um pouco impaciente mas juro que deixava escapar alguns sorrisos. Depois de mais ou menos meia hora, Leury chegou e já me olhou sorrindo, e nós não nos falamos nada, apenas ficamos sorrindo. Sei que quando estivermos sozinhos vamos soltar aquele “AAAAAAAA” que todos que possuem uma amizade de verdade sabe do que eu estou falando.

Seguimos sorrindo por dentro do hospital, quando fui passando pela porta dei de cara com a irmã do Moon que virou o rosto fingindo não me ver de início, e depois veio em minha direção e disse:
— Não pretendo que fique rodeando o meu irmão. - engoli em seco e nao a respondi, apenas ignorei e isso de uma certa forma me incomodava, odeio ser odiada por quem nem se dá a oportunidade de me conhecer.

Chegamos no carro, e assim que eu fechei a porta, gritamos juntos. Sim, uma cena mega comum quando se trata de mim e o Leury e de outra pessoa oculta.

— Me conta tudo. - Foi a primeira coisa que ele me falou quando entramos no seu apartamento. Antes que eu pudesse lhe responder, analisei ao meu redor porque mesmo que eu more do lado faz mais de um mês que não venho aqui. E as coisas continuam do mesmo jeito. Organizadas do jeito Leury.
— Não teve nada mais do que trocas de olhares, mãos dadas e sorrisos. - Disse já deixando meu rosto corar.
— Ohhh que bonitinhos - Leury foi muito fofo falando isso, e me fez sorrir. Andei um pouco até que cheguei na cozinha e o cheio de frango assado tomava conta de todo lugar. Se o cheiro estava ótimo, o gosto estaria incrível até porque o Leury é ótimo em tudo que faz, não falo isso apenas por o mesmo ser meu melhor amigo, falo isso porque estou lidando com fatos.

— Já podemos almoçar, idiota. - Leury disse quando foi entrando na cozinha e deu um tapa no meu bumbum.
— Para, merda. - Caímos na gargalhada, Leury ama encher meu saco e eu amo ter conhecido ele.

Peguei minhas louças, coloquei meu almoço e em alguns minutos  terminei de comer e logo após fui lavar toda minha sujeira. Como sou nem um pouco desastrada, deixei um copo de vidro cair, e como quebrou, sei querer pisei e dei um corte no meu dedão. Corri para o banheiro e lavei, descia tanto sangue mas não doía tanto. Sai do banheiro fui para o quarto do Leury, peguei seu pote de medicamentos e eu mesma fiz um pequeno curativo. Leury não havia percebido, só depois que me chamou de lerda, para variar.





Já era um pouco tarde quando fomos para a sala, onde deitamos no tapete e começamos assistir “A culpa é das estrelas”. Leury havia feito pipoca, e nós sujamos o tapete inteiro, porque ele não se decidia entre comer ou me jogar elas.

Finalmente uma tarde em paz, agradeci baixinho pra Deus, estava sentindo falta disso. Pedi para Deus que cuidasse do Moon já que eu não sabia quanto tempo ele ficaria internado, e quando poderia visita-lo de novo sem que viessem com marra para cima de mim, digo pela a irmã dele.

Cochilei no colo do Leury, e só me espantei com o som da campainha.
Havia perdido a metade do filme.
— Droga. - Eu e Lê falamos juntos, não queríamos levantar e muito menos atender alguém agora.

Levantei com muita preguiça e fui até a porta, quando abri-la me deparei com as duas pessoas que eu não queria nunca mais olhar na minha frente. A irmã do Moonder acompanhada com a Kile. Revirei os olhos e fiz cara de nojo retribuindo o mesmo que recebi.

— Podemos entrar? - Kile disse baixinho.
— O apartamento não é meu, vieram encher o saco? - Fui bem debochada mesmo, não queria ouvir nada do que elas tinham a me dizer.
— Só queremos conversar com você, 10 minutos basta. - A irmã dele disse.

Fiz sinal para que elas pudessem entrar, antes que o Leury me perguntasse se havia algum problema, só disse para ele nao se importar, elas chegaram e sentaram nos dois banquinhos que fica próximo a varanda. Logo me sentei e encarei elas.

— Eu vim pedi para que se afaste do meu irmão e do namorado dela. - Ela disse apontando para a Kile.
— Ele pode até ser seu irmão, mas ele nao é namorado dela, e eu não vou me afastar se o mesmo não pedir isso. - Não sei da onde tive coragem de dizer isso, eu só estava cansada de pessoas querendo resolver minha vida por mim.
— Ele é meu namorado, ja nos resolvemos. Se você não for uma puta, é melhor se afastar de quem é comprometido. - Eu bufei.
— Logo você, grávida de outro.
A irmã do Moon arregalou os olhos, e exigiu explicação.
— Eu ainda iria contar, cunhadinha, eu posso provar que é sim do Moon pelo exame de DNA. - Ela disfarçou o maximo que pode e eu percebi o quanto é uma falsa. Preferi não prolongar esse assunto de gravidez porque não consigo imaginar o Moon sendo pai logo com ela. Comecei a ficar impaciente.
— Vieram só perder o tempo de vocês?
— Não, viemos para exigir que se afastar do Moond por bem ou por mal. - Kile como sempre metendo a encrenqueira.
— Isso é uma ameça? Não tenho medo, eu sou uma delas.
— Garota, não me faça ficar com raiva de você. Vou transformar sua vida em um inferno.

Antes que eu pudesse responder, Leury escutou e se aproximou, quando disse:
— Você está dentro do meu apartamento, é bem melhor abaixar essa bola pra cima da Sunny, já basta o prejuízo do teto que você está arranhando com seus chifres, sua corna. - Não consegui conter a gargalhada e isso fez Kile bufar.

Ela levantou, a irmã do Moon foi logo atrás. Kile nem respondeu o Leury e já seguia para a porta. Acompanhei elas e quando chegamos na porta, ela ainda ousou em parar e virar.
— Sai de perto do que é meu puta do caralho. - Eu até queria responder, mas minha reação foi tomada pelo impulso, e eu cuspi na sua cara.

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