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Ele passava lentamente a mão nas minhas coxas que estavam erguidas e curvadas próximas ao seu quadril e dando pequenos apertos, provocante beijava meu pescoço devagar, com a outra mão puxava o cabelo da minha nuca, todas as palavras que eu queria falar foram derrubadas por uma onda de tesão já não controlando o meu corpo. Moon mordia meus lábios fortemente e eu corei quando senti algo volumoso entre minhas pernas. Comecei beija-lo carinhosamente dando pequenos selinhos para lhe abraçar e desviar um pouco desse fogo que nos invadia, eu não estava preparada para me entregar por inteira a ele mesmo com toda vontade que sintia. Me soltei um pouco de onde o prendia contra a parede e dei um sorriso que no mínimo parecia uma idiota tímida sem saber o que falar.
- Eu não queria me envolver com você. - Moon disse em um tom tão frio que me assustou, tentei não dizer nada, não consigo acreditar que ele conseguiria me fazer bem e mal mais uma vez.
- Hum. - Foi tudo o que conseguir dizer, as lagrimas já ameaçavam me trair e eu odiava o fato de não conseguir ser forte sempre.
- Não tem como. - Ele completou, dei alguns passos para trás e sentei na poltrona, eu queria não ouvir o que ele tinha a dizer, iria doer escutar as palavras pelo rumo que ele está seguindo. Soltei um "continua" baixinho para ele prosseguir. - Não tem como esconder que você mexe comigo, mas não podemos ficar juntos, não agora. - Ele falava rápido como se estivesse fugindo de suas próprias palavras, eu não sabia se me sentia feliz ou não com tudo isso. Mas deixei escapar um sorriso, e isso fez o clima tenso ser quebrado, e em segundos, Moon estava deitado no tapete e eu já estava saindo da poltrona me deitando para ficar ao seu lado. Ele entrelaçou seus dedos nos meus e fitou os olhos nos meus. Eu agradecia em silêncio pela sorte de o ter ali comigo, mesmo aprendendo que no amor não há final feliz.

Um olhar preso no outro, até que um forte tombo na porta nos fez assustar. Assim que encontrei a porta com meus olhos, já era tarde demais. A vadia já havia arrombado a fechadura e a porta já estava aberta. Não soltei as mãos de Moonder e levantamos assustados, ele ficou me abraçando por trás como se eu fosse o seu escudo. A Kile não iria piorar meu dia.
— Solta ele ou eu bato em você, cachorra.
— Cala a boca ou eu tiro você do meu apartamento com as próprias mãos. - Ela me olhou e começou andar em direção a mim. Moonder saiu de trás de mim e apertou os braços da Kile.
— Acabou os seus showzinhos.
— O showzinho maior está dentro da minha barriga, porra.
— Eu detesto saber que você ainda espera algo de mim. - Ele falou puxando ela para fora do apartamento.
— Eu destesto saber que você está entregando nossas vidas por causa dessa garotinha sem sal virgem que você pretende tirar a virgindade e cair fora.
— Você não sabe de nada, porra. - Foi a última coisa que ele falou até bater a porta. As palavras de Kile ficaram torturando minha cabeça e eu já não consegui ver Moon com os mesmos olhos, ele chegou perto de mim, e eu por impulso desviei. Ele arqueou a maldita sobrancelha.
— Você já está dando ouvidos as merdas de Kile, meu anjo?
— Eu já não me conhecia e vocês me pioraram. - Falei com tanta agressividade e me senti forte mesmo sabendo que eles estavam me destruindo.
— Não fala de mim, eu não quero seu mal, você sabe disso. - Não consegui olhar em seus olhos e não tive alguma reação para o que foi dito, ele respirou fundo, me encarou por alguns minutos, até que saiu sem dizer mais nada. Ele saiu mais uma vez, indo embora sem nenhuma explicação, me deixando em pedaços e sem rumo. Por impulso segui atrás, mas quando fechei a porta o elevador já estava se fechando também, me doeu pensar em descer pelas escadas, mas não havia outra opção, desci tão as pressas mais de 60 degraus que quando cheguei no final havia milhões de questionamentos sobre o sacrifício que fiz e muitas dores na panturrilha. Estava tão aflita que com a respiração ofegante e meu coração acelerado, não consegui o encontrar com olhares e então sai de lá portão a fora, e seguir sentido a praia. Eu não conseguia parar pra pensar nas minhas atitudes, eu só queria encontra-lo e não o deixar ir embora mais uma vez, eu agia por impulso. Não sabia que horas seria, mas devia ser uma 12:20 da tarde, o sol aparecera e ardia muito na minha pele, mas eu estava contra a dor e já não incomodava tanto.

O trânsito estava engarrafado, passei entre os carros até chegar na areia da praia, meus pensamentos foram muitos além quando vi tudo isso ali, fui andando com passos pequenos, e meu coração já começava a doer. Andei por uns 5 minutos até que sentei aproveitando a sombra de uma barraca e fiquei olhando para as ondas e pensando em como minha vida seria sem ter o conhecido. Uma mão se pousou em cima do meu ombro e um enorme cheiro de álcool invadiu minhas narinas. No susto virei para ver e antes que eu pudesse reagir, encontrei os olhos de alguém que jamais queria ver.
Pierry.
— Esqueceu de mim, mocinha? Tem medo do tio aqui? - Ele falou seguindo por gargalhadas sinistras e isso vez meu coração disparar e minha feição paralisar. — Recebeu as cartas, linda? - Ele estava tão estranho que me fazia sentir medo de cada palavra que o mesmo dizia, seus olhos estavam muitos avermelhados, roupa suja como se estivesse com ela no corpo a dias.
— Ahn.. - Eu não sabia como responder mas eu sabia que queria distância, e o toque no meu ombro me fez eu empurrar bruscamente sua mão para ele não tocar em mim. Ele me olhou furioso quando apertou meu braços contra meus seios. Apertou tão forte que me machucaria mais uma vez, o olhei em seus olhos e o brilho que eu via quando o conheci havia se transformado em chamas. Tentei revidar com o outro braço, quando ele o segurou  e pressionando os dois, disse:
— Você não é mais de ninguém, você é minha, Sun.

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