Oliver Walker
Estaciono o carro em frente a floresta de qualquer jeito com uma freada brusca. Não me sinto muito bem depois da informação que recebi do Breno. Não é possível que seja Ariella. Saio do carro, as pressas, avistando os polícias e a perícia próximo ao acontecimento. Felipe e eu nos entreolhamos antes de seguir na direção do rio. Tem uma fita amarela em volta da área impossibilitando qualquer curioso de se aproximar. Ando olhando em volta repleto de árvores. Se o crime aconteceu aqui, ninguém a salvaria. Distante de tudo. A escuridão toma conta de toda a floresta e quase é impossível visualizar o céu. Paro perto da fita amarela apreensivo. Breno nota minha presença e caminha na direção rapidamente. Felipe para ao meu lado preocupado olhando para o rio. Sigo o seu olhar vendo o corpo deitado no chão de barriga para baixo. Sinto um desespero por ver os cabelos pretos e longos na água. Será que...
- Oliver! - Breno me chama, estendendo a sua mão na minha direção. Seus olhos observam Felipe desconfiado.
- O corpo é de...- tento dizer.
- Conseguimos identificar uma tatuagem de borboleta na barriga da moça, Ariella tem?- Breno perguntou.
- Não, não tem. Não tem nenhuma tatuagem.- respondi, sentindo um imenso alívio. Lembro da conversa que tivemos e ela mesmo confessou não ter feito nenhuma ainda. Meu coração enche de alívio por não ser ela naquele rio.
- Não te dei certeza se era ela ou não, porque tínhamos que tentar identifica-la, mas o corpo esta inchado. Parece que ficou bastante tempo dentro da água. - ele explica, voltando a olhar o rio.
- O que será que deve ter acontecido?- pergunto, perplexo.
- Deve ser outro caso de desaparecimento. - Breno responde, com um semblante triste.
- Meus pêsames a família que receberá essa notícia. - murmuro.
- Sim... Será feito uma autópsia para descobrir a causa da morte e tentar identificar o paradeiro dela. - disse Breno. Volto a olhar o corpo despido da mulher que provavelmente pode ter sido estrupada, já que está sem a sua roupa.
- Que inferno. - Murmurei, revoltado por saber que existe tanta pessoal cruel. Como é capaz de fazer isso? Não sente amor pelo próximo e mata sem piedade assim.
- Coitada. - Felipe fala observando o corpo. Os cabelos longos a faz parecer Ariella, mas a cor da sua pele é diferente.
- O que esse cara faz aqui Oliver?- Breno cochicha ao meu lado cismado. Olho em sua direção.
- Vai me ajudar a procurar por...
- Te ajudar? Esqueceu o que ele fez? Ficou louco?- Breno arregala os olhos.
- Ele é filho do Osmar e vai me ajudar a encontra-la. - eu disse, com um semblante sério vendo a surpresa em seu rosto.
- Filho? E você fala naturalmente? - Breno fica abismado.
- Consegui digerir a história.- resmungo. Volto a observar o Felipe que continua parado observando o corpo. Imagino como deve esta se sentindo por ter descoberto alguns minutos atrás que a pessoa que você amava ou gostava, na verdade não estava com outro, mas sim morta de forma brutal a pedido do seu próprio pai. Não consigo imaginar a sua dor. Deve ser muito difícil. Desvio o olhar, e encaro o chão pensativo. Só de imaginar que ele teve um um caso com Ariella me incomoda. Puta que pariu! Não posso imaginar Felipe a tocando. Expulso esses pensamentos de imediato para não me consumir. Sei que Ariella pode errar em outras coisas, mas a única certeza que tenho é que ela jamais me trairia com outro homem. Isso não é da sua personalidade. Sei que não a pedi em namoro, mas não beijaria outro estando comigo.
- O que faremos agora? - Felipe pergunta, olhando para mim. Abro a boca para respondê-lo quando Breno se pronuncia.
- Vocês não farão nada. A polícia vai cuidar de tudo. - Breno responde no meu lugar.
- Um minuto... Preciso fazer uma ligação. - eu disse, tirando meu celular do bolso ao lembrar de um detalhe. Preciso avisar ao Nicolas o que aconteceu com Ariella. Sei o quanto ele a ama e tem uma preocupação imensa. Essa informação o deixará sem chão. Disco o seu número, e encosto o celular no ouvido. Olho para Felipe que também tira o seu celular do bolso ao receber uma ligação. O vejo ficar ao meu lado para atender quando percebo seus olhos se arregalarem.
- Munique? - Felipe fala surpreso, atraindo a minha atenção. Tiro o meu celular do ouvido e o encaro perplexo.
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Ariella (A proposta) - 2° LIVRO
RomansaO LIVRO SERÁ REVISADO! Autora: Emily Silva Seja Consciente, PLÁGIO É CRIME. Obra registrada na Biblioteca Nacional. SEGUNDO LIVRO DE ARIELLA. # É necessário ler o primeiro livro "Entre Destinos", Ariella enfrenta uma reviravolta após decidir morar...