Capítulo Trinta e Seis

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Ele veio até nossa mesa e deu boa noite a todos, e veio até mim para me cumprimentar, levantei e dei dois beijinhos em seu rosto.

–Papai, o senhor lembra do John?

–John West? Filho de James Robert West?

–Esse mesmo senhor, prazer revê-lo. – John deu a mão para que meu pai apertasse.

–Quanto tempo filho, como está seu pai?

–Faleceu faz cinco anos, senhor.

–Que tristeza, meus sentimentos – meu pai continuou a falar.

–Já passou, enfim obrigado – John deu de ombros e olhou para os demais da mesa. – Kamila, que bom revê-la – se aproximou dela e lhe deu um abraço.

–Querido, que saudades, quanto tempo não lhe vejo, saudades da sua mãe – Kamila falou, a mãe do John era conhecida dela.

–Minha mãe continua no mesmo lugar, trabalhando com as costuras dela.

–Que bom John, isso ocupa a mente. – Kamila disse.

–John, quero lhe apresentar meus filhos, Helena, Heloise e o Davi.

–Prazer meninas – deu a mão para as duas e elas sorriram encantadas com a beleza dele – Prazer rapazinho. – apertou a mãozinha do Davi.

–Chegando agora? Sente-se conosco. – meu pai perguntou.

–Sim senhor, vim comer alguma coisa para conseguir ir ao trabalho, obrigado – se sentou conosco.

–Pai, o John que é o dono da oficina que o Mustang está.

–Que bom, seguiu o ramo do seu pai.

–Sim, de certa forma sim, sou engenheiro mecânico e tenho quatro oficinas pelo país, que compra e restaura carros antigo e revende.

Continuamos conversando e as meninas cada vez mais encantadas com ele, realmente é um homem muito bonito e todas independentes da idade ficam babando pela beleza dele, mas no final quem mais ficou apaixonado foi o Davi, pois o John ficou brincando com ele até irmos embora.

–Prazer revê-lo John, estamos morando perto da Ollie, vá nos visitar. – meu pai convidou.

–Irei sim, senhor. Obrigado.

–Vá sim John, adoraria recebê-lo na nossa casa – Kamila falou e pegou na mão do meu pai e o John sorriu feliz ao vê-la tão feliz.

–Irei sim Kamila, pode deixar, irei adorar comer sua torta de maçã.

Logo depois que ele cumprimentou meu pai e a Kamila, eles se foram e eu ainda teria que ir até o galpão, não era muito longe do restaurante para encontrar o arquiteto que eu tinha entrado em contato mais cedo.

–John, você gostaria de ir a um lugar conosco? – perguntei.

–Sim, John vem conosco – Helena chamou.

–Isso. – Heloise falou e piscou o olho para a irmã e depois para mim, o que essas meninas estão aprontando?

–Nossa depois disso tudo acho que terei que ir, fiquei curioso.

–Tio, brinca comigo?

–Brinco moleque, cadê o Homem Aranha?

–Aqui, eu sou o Batman. – entregou o primeiro boneco e puxou o outro para si.

–Ele adora o boneco do Batman – falei e sorri e o John sorriu comigo lembrando da nossa formatura.

–Deu para notar! – disse sarcasticamente.

Fomos para o carro e o John foi de moto, falei o endereço certinho e ele nos encontraria lá, só que ele esperou e foi nos seguindo. Em menos de dez minutos chegamos ao local, por causa dele eu criei coragem para ir atrás do galpão, então eu teria que agradecê-lo mostrando para ele, as meninas logo deram um jeito de sumir e o Davi ficou brincando com o boneco dele próximo a nós.

–Seus filhos são lindos Olívia. – ele disse na primeira oportunidade a sós.

–Obrigada. Você tem filhos?

–Infelizmente não. – ele falou e eu estranhei, ué a Amanda não estava grávida? O Daniel não viu a Amanda grávida? Será que era mentira? Que raiva! Não quis me adentrar no assunto. – Me conta e esse lugar?

–Bom, lembra do meu sonho? – abri os braços e girei o corpo de forma dramática – É esse meu sonho John.

–Você vai construir sua escola de dança?

–Sim. E será chamado Escola de Dança Giselle.

–Legal, primeiro balé que dançou.

–Não só por isso, mas é a peça que me liga a minha mãe.

–Show! Parabéns Ollie. – ele me abraçou e me jogou no ar e eu desci na ponta do pé – é forma de dizer, já que o sapato não deixaria, mas era tão alto que é como se fosse – e fiz um passo chamado arabesque que ficamos com o pé direito no chão e levantamos a esquerda para trás acima da cintura e os braços esticados um para cima e o outro para o lado, para manter o equilíbrio.

–Nossa mamãe que linda! – Davi falou.

Eu e o John rimos pois sabíamos o que eu poderia fazer com uma sapatilha de ballet e não um scarpin.

–Meu amor, a mamãe antes de ter vocês, era bailarina, lembra que já falei isso para você? – falei me abaixando para ficar mais próxima do tamanho dele.

–Ela era uma excelente bailarina, Davi.

–Você já viu ela dançando?

–Já sim, há muitos anos.

–Legal! – saiu correndo atrás das irmãs.

–Fico feliz Olívia, você merece essa realização.

–Obrigada John. – ele me abraçou novamente ficamos parados tensos sentindo o cheiro um do outro e minha pele toda se arrepiou até que ouvi Helena chamando, então nos soltamos.

–O arquiteto chegou. – falei com vergonha.

–Então vou deixá-la resolver suas coisas, obrigado por me mostrar.

–De nada, na verdade sou eu que devo agradecer.

–Agradeça sempre me mostrando esse lindo sorriso. Poderia ir amanhã na oficina? Tenho que te mostrar uns adesivos que separei para o carro. Ficará muito bonito!

–Vou sim, amanhã assim que deixá-los na escola passo por lá.

–Vou indo, até amanhã! – beijou minha bochecha e se foi, me deixando perdida em pensamentos.

–Boa tarde Dona Olívia, me chamo Jordan.

–Prazer Jordan. – cumprimentei.

Chamei o motorista do escritório do Daniel para buscar as crianças, pois seria cansativo para eles ficarem me esperando e ainda tinham que estudar para a aula amanhã eu sabia que passaria o restante do dia resolvendo as coisas com o arquiteto.

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bjs

Decisões (In)corretas: segundas chances são possíveis.Onde histórias criam vida. Descubra agora