William narrando.
Cerca de uma semana depois a minha vida continuava a mesma, nada melhor e nada... bem, talvez algumas coisas piores, a minha mãe fez um drama e agora sou obrigado a conviver com o Alejandro dentro de casa e no caminho para a escola, pois é, ela disse que se eu pedisse ao Mike para me vir buscar mais alguma vez que iria ficar de castigo. Em toda a minha vida nunca fiquei de castigo, nem uma única vez, e basta este nojento chegar para que isso aconteça. Enfim, vou agir como se nada tivesse acontecido.
Levantei-me e fiz toda a minha rotina matinal.
Fui ao closet, peguei uma roupa qualquer e desci as escadas para ir tomar o café da manhã, sentei-me e comecei a servir-me sem falar nada.
- Então, dormiram bem? - perguntou a minha mãe a mim e ao meu primo.
- Sim, que nem um anjo. - falou o meu primo.
Só se for um anjo dos infernos. - pensei.
- E tu William? - perguntou.
Apenas dei de ombros e comecei a comer.
Ela inspirou fundo e logo expirou, acabei a minha refeição e logo voltei ao meu quarto.
Preparei a minha mochila e lavei os dentes.
Voltei a descer e fui até à garagem mas o carro do meu pai não estava lá, fui para a frente da casa mas também não estava lá.
- Barnaby, onde é que está o meu pai?
- O senhor Dave teve de sair mais cedo.
- E o Alejandro?
- Apanhou carona com o menino Justin.
- E quem é que me leva para a escola?
- Eu posso levá-lo se assim desejar.
- Tudo bem, a última coisa que eu quero é andar de carro com a minha mãe a esta hora. Sei o quão stressada ela fica quando há trânsito.
- Com licença, vou buscar o carro.
- Eu espero aqui!
Ele foi para a garagem e logo saiu com o carro dos empregados.
Entrei pela porta de trás e sentei-me atrás do condutor.
Comecei a pensar no quanto a minha vida estava miserável desde que aquele idiota chegou, a atenção dos meus pais está toda em cima dele, é como se eu não tivesse qualquer importância, até parece que não sou mais o filho deles. E ainda me querem castigar por não conviver com o menino prodígio, que se foda essa merda.
Quando dei por mim olhava pela janela enquanto lágrimas desciam o meu rosto.
- O que se passa menino William? - perguntou o Barnaby.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Nerd e o Popular
RomanceEu era... Bem, na verdade eu não era nada, não era ninguém, até que aquela criatura dos infernos apareceu na minha vida com aquele sorriso de molhar calcinhas, tudo não passou de uma mentira, eu vivi uma mentira e deixei-me levar pelos sentimentos q...