Capítulo 14

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Justin narrando

Depois de conversar com o Will pude dormir descansado, ainda um pouco nervoso mas mesmo assim descansado.

A meio da noite o meu celular começou a vibrar, não sei porquê mas tive um mau pressentimento mesmo antes de atender por ser uma chamada do William.

Atendi e pude ouvir um barulho que parecia de choro.

- Alô?!

- Justin, eu preciso de ti.

- O que foi meu amor? - perguntei assustado.

- A minha avó teve um ataque cardíaco. - falou e começou a chorar.

- Calma, onde é que tu estás?

- Eu e o meu pai vamos agora para o hospital, a minha mãe e o meu avô já estão lá à nossa espera.

- Eu vou já ter com vocês. Até já meu amor.

- Até já. - falou e desligou o celular.

Vesti umas calças moletom cinza, calcei os meus vans old school pretos e brancos e vesti uma sweater preta.

- Pai, vou ter de sair. - falei entrando no deu quarto.

- Vais onde?

- A avó do William está no hospital, até logo. - falei e saí de casa a correr.

Liguei o meu carro e dirigi o mais rápido possível até ao hospital. Quando lá cheguei tranquei as portas do carro e fui para a recepção.

- Boa noite, sabe se alguma senhora cujo o último nome é Stone entrou aqui devido a um ataque cardíaco?

- O senhor é familiar?

- Não sou o namorado do neto.

- Desculpe mas não lhe posso dar essa informação.

Estava prestes a perder a paciência quando vejo o William completamente abalado a entrar pela porta principal juntamente com o seu pai.

- Obrigado por nada. - falei e corri até ao Will.

Assim que o abracei ele desabou no choro.

- Boa noite Justin. - disse o senhor Stone.

- Boa noite senhor Stone. - falei apertando a sua mão sem largar o abraço do Will.

- Eu vou para o terceiro piso, quando quiserem vão lá ter.

Assenti com a cabeça e ele foi embora.

- Obrigado por vires. - falou muito choroso com a cabeça afundada no meu peito.

- Eu vim o mais rápido que pude, não te vou deixar passar por nada sozinho, eu prometo. - falei e beijei os seus lábios de forma carinhosa e confortante.

- Eu tenho medo.

- De quê?

- Que ele não sobreviva.

- Vai correr tudo bem, ela é forte e vai aguentar, vais ver.

- E se isso não acontecer? - perguntou olhando triste nos meus olhos.

Por momentos eu não sabia o que lhe dizer, há sempre a possibilidade de ela não aguentar.

- Mesmo que isso não aconteça, o que eu duvido, ela vai estar sempre a olhar por ti.

- Eu não a quero perder.

- Tu nunca a vais perder. Vamos lá a cima? - perguntei e ele afirmou com a cabeça.

Subimos as escadas e encontrámos a sua família destroçada na sala de espera.

- Alguma novidade? - perguntou o William assim que nos sentámos e a sua mãe apenas negou com a cabeça.

Ficámos à espera por alguma notícia por mais de meia hora e nada, apenas o Alejandro que apareceu aqui preocupado. O William estava encostado no meu corpo e os meus braços envolviam o seu corpo. Ele estava completamente gelado, talvez por causa dos nervos mas fiz o melhor que pude para o aquecer e para o acalmar.

Mais cinco minutos se passaram e entrou um médico dentro da sala de espera.

- Familiares da paciente Martha Hernandez.

E imediatamente todos se levantaram menos eu e o William que já dormia praticamente ao meu colo.

- Diga-me que tem boas notícias. - disse a mãe do William.

- Felizmente sim, a paciente foi operada mesmo na hora certa, mais cinco minutos e já não a conseguiriamos salvar mas ela é uma guerreira. Vai ter de ficar uns dias para observação.

Todos pareceram ficar aliviados com a notícia.

- Podem ir para as vossas casas dormir descansados, a paciente está a descansar e não pode receber visitas. Descansem, amanhã já a podem vir visitar.

- Obrigado doutor. - disse o pai do William. - Vamos para casa. - falou colocando o braço em torno dos ombros da mulher.

Eu peguei o William ao colo com cuidado para não o acordar e levei-o até ao carro do senhor Stone. Sentei-o no carro e coloquei o seu cinto de segurança.
Depositei um beijo na sua bochecha e fechei a porta.

- Obrigado por apoiares o meu filho Justin.

- Eu não lhe podia falhar duas vezes. - falei mais para mim próprio do que para o pai dele.

- É, eu já soube dessa história. - falou sério.

- E não vai fazer nada? - perguntei surpreso.

- Não. - falou olhando para o céu. - Errar é humano, mas se voltares a fazer algo parecido eu vou ter de intervir, o meu filho é a pessoa que eu mais amo no mundo e quando o magoam a ele me magoam também.

- Não se vai voltar a repetir, nem era para ter acontecido, o seu filho chegou mesmo quando eu ia cancelar a aposta, eu acabei por me apaixonar por ele mesmo sem querer. Ele é muito especial para mim e eu não o quero perder por nada deste mundo.

- Tu pareces ser um bom rapaz, não te deixes levar pelas más marés. - falou dando um tapa no meu ombro e entrando no carro. - Até amanhã. - falou abrindo o vidro.

- Até amanhã. - falei e ele arrancou com o carro.

Entrei no meu carro e fui para casa, o meu pai já estava a dormir e por isso deitei-me sem lhe dar satisfações.

Foi bom saber que a avó dele está bem, por momentos pensei que ela poderia mesmo morrer o que felizmente não aconteceu.

Capítulo muito pequeno não é? Prometo que compenso no próximo, o que falta neste vai estar a mais no próximo capítulo, não se esqueçam de votar e comentar, já agora, gostaram da música, dêm a vossa opinião, amo-vos muito, beijo e abraço 🤗 😘

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