Capítulo 21

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William narrando.

O Velório foi no dia seguinte, pedi para que ele usasse o terno que eu lhe ofereci no Natal, ao menos iria ver como ele ficava com ele.

Quando chegámos à Igreja decorreu a missa e eu pedi para fazer um discurso.

Subi ao altar e ao fim de alguns segundos a acalmar o meu choro decidi começar a falar.

Estavam ali muitas pessoas da nossa escola, era horrível ver todos os nossos amigos e lembrar-me de todos os bons momentos que passámos com o Mike.

- Eu tenho algumas palavras que queria dizer. - falei ao microfone.

Olhei para a mãe do Mike e ela acenou com a cabeça como se quisesse que eu fizesse aquilo.

- Estamos aqui hoje reunidos devido à morte da pessoa mais fantástica que eu já conheci, Mike Stevens foi o amor da minha vida, ele sempre foi bom para todos ao seu redor, é cruel saber que um jovem assim teve um final tão intenso, ele devia ter vivido por muito mais tempo, a sua vida foi curta mas cheia de amor, o dos seus amigos, o da família e por fim o meu, ele era a pessoa que eu mais amava e partiu cedo demais, eu decidi retirar uma frase de um filme que ambos gostávamos muito. "Existem infinitos números entre 0 e 1, existe 0,1. Existe 0,1. Ou seja, alguns infinitos são maiores que outros, e eu só desejava mais uma pequena infinidade de dias para o Mike" para lhe dizer o quanto o amo, e a falta que ele me vai fazer durante toda a minha vida. - não me consegui controlar e comecei a chorar depois de olhar para o seu caixão. Respirei fundo algumas vezes e prossegui com o meu discurso. - Eu espero que Deus o tenha porque se ele não merecer o paraíso mais ninguém merece. Descansa em paz meu amor.

Sentei-me ao lado do meu primo Alejandro  e ele tentou confortar-me mas falhou.

O único abraço que eu queria sentir era o do Mike, só de pensar que nunca mais vou poder ver aquele sorriso nem aqueles olhos lindos me deixa de rastos.

Logo o caixão foi levado para o cemitério e foi coberto de Terra.

Eu queria que me enterrassem junto com ele. Eu não conseguia ver uma vida sem ele ao meu lado. Eu teria de ser muito forte para aguentar aquela dor até morrer.

Depois do enterro fui para casa, entrei no meu quarto e tudo me lembrava dele. Passámos ali momentos tão bons. Desde as vezes em que nos amámos na minha cama até às vezes em que adormecemos a ver filmes tristes.

Várias semanas se passaram desde o enterro do Mike, como é que eu estou? Bem, tentando aprender a conviver com a dor, não vai ser fácil, mas eu tenho de ser forte.

Infelizmente com o tempo as férias de natal acabaram e tive de voltar para a escola.

Ao fim de mais de duas semanas entediantes de escola.

Acordei cedo, tomei um duche, escovei os dentes e fui para o closet.

Vesti uma camisa social azul escura às pintinhas brancas, vesti umas calças azuis claras super coladas, coloquei a camisa para dentro das calças, dei duas dobras nas mangas, coloquei o relógio que ele me tinha oferecido, calcei as botas que ele também me deu, dobrei a bainha das calças e vesti um casaco de inverno da cor da camisa.

Vesti uma camisa social azul escura às pintinhas brancas, vesti umas calças azuis claras super coladas, coloquei a camisa para dentro das calças, dei duas dobras nas mangas, coloquei o relógio que ele me tinha oferecido, calcei as botas que ele ta...

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