Rebeca narrando:
Saí do prédio e fui pra casa, ainda estou muito preocupada como vou hospedar os meus pais em casa.
Assim que chego em casa vejo meus pais e a Raquel sentados no sofá e ouço a voz da Fernanda na cozinha.
- Mãe? Pai? O que vocês estão fazendo aqui? - eu digo- Filha, chegamos mais cedo como uma surpresa! Que tal? - minha mãe fala e se levanta para me dar um abraço
- Mãe, a senhora já sabe onde vocês vão se hospedar? - eu falo
- Sim! Na sua casa, ou seja aqui mesmo! - meu pai fala
- Pai, mãe eu sinto muito mas aqui não dá! A mãe da Fê, vai ficar aqui no fim de semana, ela vem pra cá hoje à noite e aqui só tem três quartos! - eu falo da maneira mais calma possível
- Rebeca, seremos seis numa casa de três quartos. Você e a Raquel dorme em um quarto, eu e seu pai dormimos em outro e a Fernanda e a mãe em outro! - minha mãe fala
- Mãe olha, a senhora e o papai tem como ficar em outro lugar! - eu falo e percebo que minha mãe vai se alterar. Então, como estou percebendo que a terceira guerra vai acontecer, falo:
- Raquel, pegue suas coisas e vá para o seu quarto. Por favor filha! - ela me obedece e sai andando em direção ao seu quarto no fim do corredor.
Minha mãe retoma seu olhar pra mim e fala irritada:
- Rebeca é por isso que eu não queria que você viesse pra cá! Por isso eu não te ajudei com as despesas e não te mando dinheiro pra nada! Você merece passar a necessidade que passa! Você é ingrata! Tinha uma vida boa no Paraná e quis vir pra cá! Pra que Rebeca? Pra mostrar que está no Rio de Janeiro? A Cidade Maravilhosa? - assim que minha mãe fala isso, uma lágrima cai pelo simples motivo de não ter o apoio dos meus pais. Ver a minha mãe falando daquele jeito, provocou uma tristeza muito grande.- Mãe a senhora devia notar o motivo de eu vir pra cá! A senhora sabe muito bem o motivo de eu vir pra cá com a Raquel! A senhora sabe como foi a morte do Calebe não é? Ele morreu atropelado, mas foi um homem bêbado que o matou e depois quando nos registramos um boletim de ocorrência ele ameaçou nos matar! Não sei quem é esse homem, mas sei que depois que fugi pra cá, as ameaças cessaram! Então, eu não vim pra cá pra esnobar não, eu vim pra cá para cuidar da minha filha e protegê-la! E é isso que eu estou fazendo durante 8 anos! - eu falo e sento na poltrona para chorar tudo o que eu posso.
- Rebeca, não posso mudar o passado, mas eu não aprovo a sua vinda pra cá! E quer saber de uma coisa, não sinto mais alegria em ver minha própria filha! Não volto mais aqui! Estou cansada de ver você querendo dizer que tudo que faz é pela Raquel! Mesmo se for, estou farta do discurso repetido! - minha mãe fala e pega sua bolsa e sai pisando forte e sai do apartamento. Meu pai olha pra mim e vejo que está com um semblante triste, ele anda em direção a porta e eu seguro seu braço:
- Vocês podem voltar para ver a Raquel? Só por ela!- Filha, quem disse que não vem mais aqui é sua mãe! Eu não vou deixá-las! Você e a Raquel podem contar comigo! Sempre! - ele fala e sai andando. Escuto vagamente ele dando uma bronca em minha mãe. Minha mãe sempre foi uma pessoa carinhosa, mas depois que eu casei ela mudou e principalmente quando eu vim pro Rio ela mudou totalmente. Claro que mudou só comigo, manteve uma ótima avó com a Quel, mas ela está crescendo e vai notar a verdade entre nós. Falando nela, minha filha chega caminhando calmamente e se senta ao meu lado. Ela me dá um abraço e depois fala:
- Mãe, o que aconteceu? Escutei a briga lá do meu quarto! Mãe, é verdade a história da morte do papai? E é verdade que a vovó não vem mais aqui?- Filha, sim tudo é verdade! Sua avó está passando por um momento difícil e temo que compreendê-la! Por favor continue tratando ela bem tá? Respeite-a acima de tudo! Raquel, vou precisar da sua ajuda daqui pra frente tá?! - eu falo e passo a mão na sua cabeça.
- Mãe, nós vamos viver como? Eu não quero perder mais ninguém! Já perdi meu pai e agora vou perder minha avó enquanto ela está viva! - ela fala e eu noto o desespero nos seus olhos
- Raquel, me responda uma coisa! Você sabe que Jesus sempre está conosco né? Então acredita que você jamais vai estar sozinha e que não vai perder sua avó? - eu falo
- Sim mamãe! Acredito!
- Então já tá tudo bem! Amanhã vamos para o Shopping passear e depois que tal ir a praia? Você escolhe! Vou ligar para sua avó e posso marcar um tempo para vocês passarem juntas! Que tal? - eu digo tentando animá-la.
- Tá bom! Agora posso ir ver um pouco de tv? - ela fala
- Claro pode! Vou conversar com a Nanda e depois vamos na rua, que tal irmos a praça perto da praia? Vai ser legal! Podemos ir lanchar? Se arrume! Daqui a pouco saímos! - falo
- Ok. Pode chamar a vovó e o vovô? Por favor! - ela implora
- Sim. Pegue o telefone e ligue pra eles, por favor! - eu digo
- Eba! Vou fazer isso agora! - ela sai correndo e liga pra eles, enquanto isso vou até a cozinha e converso com a Fernanda sobre o almoço e ela revela que sua mãe teve que ir para os Estados Unidos urgente e cancelou a estadia aqui no final de semana. Ficamos uma hora conversando e a Raquel veio correndo até a nós e avisou que os meus pais iriam conosco e iriam pagar um lanche para nos divertirmos. A Fernanda não quis ir e ficou em casa. Foi legal passar a noite assim. Minha mãe não falou comigo, mas agiu bem com a Raquel e isso já é o suficiente pra mim.
Oiiii gente, tudo bem? Bom espero que tenham gostado do cap, não esqueçam do voto hein?!
Bjs fofuchos 😘😘😘
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A Procura da Felicidade
EspiritualRebeca é uma mulher de 28 anos paranaense, mãe de uma garotinha linda de 9 anos chamada Raquel. Depois que seu esposo Calebe morreu atropelado, Rebeca decide deixar o Paraná para vir para a Cidade Maravilhosa, o Rio de Janeiro, em busca de uma vida...