Capítulo 11

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Rafael narrando:
— Mãe, a história da Rebeca não é um conto de fadas! — digo

— Não Rafael. Sua mãe está certa em saber quem sou eu. É um assunto normal e já superei a perda. — Rebeca diz

— Rebeca, me perdoe se toquei em alguma mágoa. Olha podemos mudar de assunto se preferir. — minha mãe fala envergonhada

— Não dona Júlia. Está tudo bem! Só seu filho que é um pouco dramático! Me perdoe o incoveniente! — Rebeca diz e sorri no final. Rio junto com minha mãe.

— Ok então Beca. Continue! — eu digo e lanço um sorriso que deixa Rebeca sem graça.

Ela está envergonhada com o meu sorriso! Isso é um grande passo!

— Bom, sou viúva e mãe. Nasci no Paraná e fiz faculdade de administração e contabilidade. Meus pais são Rosana e Ricardo Novaes. Me casei com o meu amado falecido marido Calebe. Ele foi um amor pra mim. Engravidei da Raquel e me sento a mulher mais feliz do mundo. Após quinze dias do aniversário de um ano da Raquel, — Rebeca diz e uma lágrima escorrer por sua face, mesmo assim ela continua: — Calebe morreu atropelado na avenida Paraná. Ele estava indo para casa quando um carro de um motorista que estava a 120 km/h e bêbado o atingiu. Ele morreu na hora e o motorista fugiu sem sequer prestar socorro ao meu marido. Depois fui registrar um boletim de ocorrência e uma processo contra ele. Não sei o nome dele, só sei que assim que abri o processo passei a receber ameaças constantes de morte em relação à mim e minha filha. Fiquei tão assustada e decidi arquivar tudo e fugir pra cá. Trabalhei durante 8 anos no Café Ipanema e agora trabalho nas Empresas Stork. Estou feliz e grata à Deus por tudo que ele fez na minha vida! Grata mais ainda por ter conhecido você Rafael, o Guilherme e a senhora Dona Júlia! Minha vida no Rio está melhor do que eu pensava! — Rebeca fala com um sorriso

— Que bom querida! Mas, me diga uma coisa. Você sabe daonde é esse homem que matou seu marido? — minha mãe pergunta

— Dona Júlia, a única coisa que consegui saber foi que ele era carioca. Não sei nem o nome! — Rebeca diz

— E ele te mandava ameaças? — minha mãe falou e eu não entendia o motivo das perguntas.

— Sim. Mas, ele parou depois que vim pra cá. — Rebeca fala

— Ai meu Deus! Rebeca se não for incomodar você pode responder mais uma pergunta por favor! — minha mãe fala totalmente pálida

— Sim, dona Júlia. Isso não é incômodo nenhum. — Rebeca fala gentilmente enquanto eu estou envergonhado com os questionamentos da minha mãe.

— Qual foi a data do atropelamento? Foi de noite? — minha mãe pergunta

— Sim. Foi no dia 13 de outubro a exatamente 8 anos atrás à noite na avenida Paraná. — Rebeca fala e minha mãe desmaia. Corremos para socorrê-la. Ela passa 10 minutos desacordada e fico desesperado tentando achar um motivo para o desmaio repentino de minha mãe. Então, de repente ela acorda, ainda meio que sem sentido. Ela só chora e acaricia o rosto de Rebeca. Fico totalmente confuso com aquela reação. Rebeca também acaricia o rosto de minha mãe e fala:
— A senhora precisa descansar. Se acalme. Estou tudo bem! Estamos aqui!

— Estou bem minha querida. Foi só uma tonteira repentina. Vamos almoçar? — minha mãe fala e se levanta

— Mãe. Tem certeza de que está bem? Hein? — digo preocupado

— Sim Rafael! Estou ótima! Não precisa se preocupar! — minha mãe fala e se levanta para arrumar a mesa do lado exterior da casa, onde fica o jardim. Fui com ela e Rebeca foi ao banheiro. Cheguei perto de minha mãe e falei:
— Mãe, por que a morte do marido da Rebeca fez aquilo com você?

— Nada Rafael. Depois com conversamos. Não há nada demais! Plena impressão sua! — minha mãe diz e volta a arrumar a mesa.
Rebeca chega e ajuda minha mãe. Logo depois, Raquel, Guilherme e Fernanda voltam com a Maria. Estão todos sorridentes e Raquel logo abraça Rebeca e depois a mim. Minha mãe nos chama para almoçar e almoçamos. Foi o melhor almoço da minha vida. Rimos muito e Guilherme fez várias palhaçadas, fazendo todos rirem. Mas, mesmo assim não conseguia tirar o desmaio da minha mãe da minha cabeça. Alguma coisa no acidente do marido da Raquel tinha a ver com a gente. Eu sentia que algo estava sendo escondido de mim. Uma sensação terrível.
Após o almoço, minha mãe foi se deitar. Guilherme perguntou:
— Júlia, está tudo bem?

— Sim Gui. Só estou cansada. Vou me deitar e daqui a pouco volto para um lanche. — minha mãe fala e sobe as escadas indo em direção do seu quarto.

Raquel logo fez amizade com a Maria, e uma hora depois de almoçarmos a neta da Maria, a Marina de 8 anos chegou e ficou brincando com a Raquel. Marina e Raquel ficaram no jardim com a supervisão de Maria e Moacir brincando.

Eu, Fernanda, Rebeca e Guilherme ficamos na sala. Guilherme logo perguntou curioso:
— O que aconteceu com a Júlia, Rafael?

— Ela passou mal Guilherme. Desmaiou e disse que teve um mal-estar! Não sabemos o que aconteceu! Foi muito estranho! — Rebeca fala

— É. Foi super estranho. — a Fernanda falou

— Vocês tavam falando sobre algum trauma do passado? Tavam falando de que? — Guilherme pergunta

— Estávamos falando sobre o acidente que matou o marido da Beca. A gente tava falando sobre a vida da Beca. Só isso! — digo calmo

— É. Não tem motivos para ela ter passado mal. Deve ter sido algo normal mesmo. — Guilherme diz

— Tem razão Gui. — Fernanda fala

— Gui? — digo rindo

— É. Esse é o apelido que eu dei pro meu amigo. Meu melhor amigo! O Guilherme! — Fernanda fala

— Que fofo! — Rebeca diz e forma um coração com a mão. Fico rindo junto com ela e Fernanda fala:
— E você Rafa? Tem alguma paixão?

— Sim. Mas, não é uma paixão. É um amor já. — eu digo

— Quem é ela? — Fernanda fala e vejo que Rebeca está corada de vergonha.

— Ainda não posso falar. Mas, no momento certo, essa pessoa vai ser minha namorada. — digo e dou um sorriso para Rebeca que fica com o rosto da cor do tomate.




Oiii! Segue o cap de hj. Saiu tarde, mas foi! Não esqueça do voto!
Bjs fofuchos 😘😘

A Procura da FelicidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora