11 | georgia roe

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Sorry — Reli mais uma vez a palavra escrita em um cartolina enorme.

Um sorriso bobo ainda brincava em meus lábios... Luke é um idiota, pensei. Um idiota fofo? Talvez, mas ainda assim ele era um idiota. E não podia apenas escrever palavras em um papel bonitinho, com sua intenção bonitinha para que eu o perdoasse.

Céus, Georgia. Você é uma tonta do coração mole. Pensei mais uma vez.

— Vai ficar encarando esse garrancho com sorriso bobo? — Hera chamou minha atenção.

Não era garrancho, era lindo.

— Não fala assim, olha que coisa mais fofa — Estendi as três cartolinas tentando formar a palavra de forma desajeitada.

Hera tomou a cabeça para o lado franzindo o cenho.

I am sorry... Olha, eu nem sabia que o Rudenko era alfabetizado.

— Dá pra parar de falar assim dele?

— 'Tá apaixonada? — Me encarou de forma divertida com sua sobrancelha arqueada.

— Não — Respondi obvia — Ele é meu amigo e quer se desculpar pelo que fez, pelas coisas que disse.

— Você é uma viadona.

E com essas palavras finais ela saiu de cena.

— Mereço o seu perdão? — Rudenko sussurrou no meu ouvido me fazendo dar um pulo.

Me virei de frente para estuda-lo descaradamente... Mais uma vez. Rudenko era tão bonito com seu sorriso presunçoso e filho-da-p*ta. Eu adorava esse sorriso. E adorava a forma que ele me encarava com ternura.

— Eu estou pensando ainda...

— Poxa, princesa. Eu me esforcei pra caralho, e seu irmão não queria colaborar porque ele disse que nunca iria colaborar com alguém que machucou sua irmã — O loiro imitou meu irmão com perfeição enfiando suas mãos no bolso da calça jeans.

Eu apostava que Calleb realmente tinha dito isso. Meu irmão era muito protetor e amoroso comigo, e conseguia detestar qualquer um que me magoasse.

— O que aconteceu com seu rosto? — O encarei com mais atenção sentindo meu coração apertado — Luke... O que aconteceu?

Toquei seu rosto com todo cuidado virando o mesmo para me encarar. Rudenko, mais uma vez tinha sua bochecha com um roxo enorme. O encarei mais uma vez franzindo o cenho e logo seus olhos ficaram marejados num tom azul intenso. Em um movimento rápido o abracei pela cintura usando toda minha força.

Não queria que ele chorasse, e mesmo sem saber o motivo eu já odiava quem tinha feito isso.

Logo seus braços fortes me rodearam, me aquecendo em um abraço com necessidade. Luke depositou um beijo no topo da minha cabeça e ficou ali, abraçado comigo e pude ouvir algumas fungadas baixinhas que deduzi ser por motivo de vergonha.

Abri a boca algumas vezes para pergunta-lo o que houve, o que fez um homem tão forte chorar, mas me calei. Luke não precisava de perguntas, estava nítido isso a medida que seu abraço me apertava.

— Me desculpa... De verdade. Eu sei que te magoei com as coisas que disse, e sei também que fui um filho da puta vacilão, mas eu não vou repetir isso. Eu prometo, princesa. Não vou fazer isso de novo. — Fungou mais uma vez — A nossa amizade vem sendo importante pra mim, você 'tá me ouvindo?

THE REFUGE ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora