Capítulo 5: Nove meses de pura emoção

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– Como assim mantenha a calma mãe? Você pensa que é fácil?! Eu estou na Inglaterra e sou avisado que minha mulher está em trabalho de parto há 10hs e, teimosamente, prefere ariscar a vida para insistir num parto normal e você quer que eu esteja calmo?!

Do outro lado da linha Grace respirou profundamente antes de dar uma resposta dura ao filho.

– Bom Chris, levando em consideração que você não acompanhou a gravidez de sua ex-mulher e até hoje não assumiu seu filho como devia, eu sequer deveria ter atendido a sua ligação. Você não tem poder de decisão aqui Christian.

– Mãe! Eu estou preocupado com a Ana! E é claro que vou registrar a criança. – Mesmo que não desejasse nenhum contato mais próximo.

– Aaaa isso você vai mesmo! Nem pense em deixar meu neto sem o sobrenome do pai! E agora tenho de desligar e ficar com a Anastásia. Não ligue mais porque eu não lhe direi nada. E não adianta ligar para o seu pai! Agora só terá notícias se vier aqui.

Ouvir o piiiipiiiipiiii do telefone só serviu para deixar Grey ainda mais nervoso. Sem pensar duas vezes chamou Taylor.

– Mande preparar o avião e tome todas as providências. Preciso do jato pronto para decolarmos o quanto antes.

– Para onde, Sr.?

– Para casa. Tenho de colocar algum juízo na cabeça da minha esposa. – Ele não percebeu, mas Taylor tinha um grande sorriso nos lábios. Sempre achou seu patrão menos rabugento tendo Ana por perto.

Os últimos meses foram como um turbilhão de emoções. Ninguém entendia verdadeiramente as razões para se afastar da sua fonte de felicidade. Alguns achavam que ele era um monstro. Talvez essa seja a verdade. E ninguém o estava poupando de ouvir a verdade.

O primeiro a lhe fazer uma visita nada amigável foi Ray. Fazia apenas dois dias que ele e Anastásia haviam conversado na sala dela, na editora, e falava com meu advogado quanto ao que faria para atrasar o processo de divórcio quando meu sogro invadiu o escritório.

– Seu desgraçado! – Foi só o que ouvi antes de sentir o punho de Ray atingir meu queixo. Ele bate bem e eu merecia, por isso não revidei. – Como pode abandonar Anastásia?

– O Senhor está mal informado. Foi sua filha que me deixou. – Disse mesmo sabendo que ele já tinha essa informação.

Meu advogado resolveu interferir.

– Srs., vamos manter a ordem? O senhor Grey poderia lhe processar por isso. – Disse o emproado homem.

– A ele poderia sim, mas eu acho que não fará! E sabe por quê? Porque ele sabe que merece bem mais que apenas um murro! Tem de ser muito desclassificado pra fazer um filho e não assumir! E se quer saber Grey? Ainda bem que a Ana abriu os olhos e te deixou. Ela vai criar muito melhor esse filho sem você.

Depois ele saiu batendo a porta e eu nunca mais vi meu sogro. O senhor Jenks, meu advogado para assuntos pessoais, ainda perguntou se eu gostaria de deixar a conversa para depois, mas eu quis seguir logo após colocar gelo no queixo. Droga! O pai da Ana é forte!

– Grey, eu preciso lhe perguntar se...se você e a senhora Anastásia tinham um casamento normal ou...bom ou...- Jenks trabalhava comigo há muitos anos e era de total confiança. Foi a ele, anos antes, que confiei a redação dos dois documentos que exigia que minhas submissas assinassem. Ou seja, Jenks é uma das poucas pessoas que conhecem o meu segredo.

– Ana é minha esposa, Jenks, mas se o que quer saber é se eu a levei até meu quarto de jogos, sim, ela esteve lá. Apesar de jamais ter sido minha submissa, ela experimentou algumas práticas sádicas. E isso foi, em parte, o que causou meu divórcio.

Regras Quebradas, Limites Ultrapassados!Onde histórias criam vida. Descubra agora