Era como uma missão de guerra. Tudo estava armado e sob a coordenação do ‘comandante’ Taylor. Haviam homens espalhados pelas ruas do centro próximas ao restaurante. Todos tinham descrições minuciosas de Jack e sabiam que a qualquer aparição o suspeito deveria ser discretamente observado e seguido enquanto Taylor e Christian era alertados.
Grey acreditava que estavam numa luta contra o relógio. Nada garantia que Ana ainda estava viva ou que Jack não teria um surto a qualquer momento e colocaria fogo no cativeiro. Enquanto isso Grey ficava em casa para não alertar os policiais antes da hora e estar lá para o caso de Jack ligar. Estava nervoso, inquieto e sem paciência com ninguém. Menos Teddy. O menino tinha passagem livre com o pai para qualquer coisa, inclusive não fazer nada além ficar no colo, com preguiça de caminhar. Sem a mãe Teddy parecia muito mais carente de atenção.
- Quer tocar piano um pouquinho? – Perguntou baixinho. Era bom porque na sala do piano não havia mais ninguém. Poderiam ter um momento apenas de pai e filho.
- Quero. E quero mostrar pra mamãe uma música bem bonita quando ela voltar. – Respondeu o garotinho já menos sonolento e mais animado.
Ao piano, sentado sobre as pernas de Christian, Teddy foi aprendendo a música nova aos poucos. Era uma melodia simples e bem mais leve que a que aprendeu observando o pai escondido.
- Tá gostando? Quer tocar mais? – Não desejava que o menino tocasse para satisfazê-lo.
- Quero papai.
Levaria mais algumas aulas para tocá-la na íntegra e sozinho, mas era visível a facilidade do garoto em aprender a sequência de notas e a leveza do toque das teclas. Só pararam quando o telefone de Christian tocou e Taylor o alertou para a necessidade de ir até o centro. Jack tinha aparecido.
Era hora da caçada.
Haviam informações de que Jack saiu do restaurante levado a comida e, entrando num carro discreto e popular, seguiu para uma parte mais deserta da cidade. Dois homens o estavam acompanhando de longe enquanto Grey e Taylor estavam a caminho.
-Senhores, peço desculpas, mas fui chamado no escritório para resolver um problema urgente. Qualquer ligação desse maníaco, por favor, me alertem. – Disse tentando disfarçar.
- Você vai trabalhar mano? – Elliot achou isso muito estranho. Seu irmão não seria frio assim. Estava chorando há pouco tempo e agora ia trabalhar? Não. Aí tinha coisa errada.
- Os negócios não param por causa dos meus problemas pessoais.
Ele saiu rapidamente sob olhares curiosos dos familiares e foi até a garagem pegar seu carro. Quando colocava o cinto, no entanto, Elliot abriu a porta do carona sem ser convidado e entrou no veículo.
- Faz tempo que não vou no seu escritório. Vou te fazer companhia. – Disse tranquilamente.
- Sai. Não posso perder tempo.
- O ‘negócio’ é tão urgente assim?
- Sai Elliot!
- Não. E pode abrir o jogo porque ganhar dinheiro é a última coisa que você fará enquanto a Ana não estiver a salvo.
- Não é seguro Elliot. Você tem esposa e filha. Sai do carro.
- Você também. Pelo que sei, aliás, tem dois filhos agora. Então se vai se arriscar em algum lugar, não vai sozinho.
- Só que a Ana e o meu filho tão correndo risco de morte em lugar perto das divisas da cidade. E...eu não...eu não sei como eu vou poder olhar nos olhos do Teddy se eu não lhe trouxer a mãe de volta. Se a Ana não ficar bem, Elliot, minha vida desaba. – As mãos de Christian tremiam.
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Regras Quebradas, Limites Ultrapassados!
RomanceNão ANA! Não pode fazer isso. Sou seu marido! - Você ultrapassou TODOS os limites. Eu NUNCA te autorizei a me bater dessa forma. Eu conto que estou grávida e o que você faz? Me espanca! - Não fala assim Ana! Eu não te machuquei tanto... - Porque não...