Capítulo 6: Um garoto especial parte

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Espero q gostem.

Anastásia sabia que ser mãe solteira seria difícil e especial, mas não imaginava que seria tanto. Difícil porque ela era responsável por tudo e especial exatamente pelo mesmo motivo. Ela viu Theodore rolar pela primeira vez no berço, ouviu suas primeiras palavrinhas, o colocou para dormir em cada uma das noites e se preocupou quando ele deu os primeiros passos. A participação de Christian se restringia a aporte financeiro.

A primeira vez que Ana viu pai e filho juntos foi quando Teddy, como ficou conhecido na família, tinha quase um ano. A grave alergia ao leite fazia com que quinzenalmente Taylor trouxesse latas de um pó lácteo que Teddy podia beber. Era caro e ela aceitava por insistência de Grace.

– Dê tempo ao meu filho. Chegará o dia em que ele verá o erro que está cometendo. Enquanto isso, não lhe negue o alento de participar ao menos colaborando com o sustento do menino. – Disse Grace.

Mas numa tarde, na antevéspera de natal, provavelmente pelas férias de Taylor, Ana foi avisada de que vieram fazer a entrega das latas de leite. Ela estava na sala, com Teddy engatinhando pelo tapete e apenas disse ao porteiro para liberar a entrada e dizer que a porta estava destrancada.

Qual não foi sua surpresa ao encontrar o ex, encostado na porta observando a ela e ao filho. Ele tinha um olhar estranho. Por um momento pensou que ele iria sentir algo. Mas quem disse que Christian Grey tem sentimentos? Na verdade ele até tem, mas estão soterrados abaixo de tantas dores que nunca sobra nada agradável para ninguém, muito menos para o filho dele.

– Continua sem se preocupar com a própria segurança? A porta destrancada e você apenas com uma criança na casa. E se eu fosse um assaltante?

– Menos Grey! Resolveu bancar o entregador hoje?

– O Taylor tirou folga nos feriados de fim de ano.

– Oooo meu amor, você ouviu? O tio Tay não vem te ver esse mês. – Disse pegando Teddy no colo. – Obrigada. Deixa sobre a mesa.

– Tio Tay? – Grey estranhou a intimidade.

– Sim, Teddy é um bebê muito ativo e simpático. Conquista a todos...menos ao pai, é claro. Taylor o adora. Mas foi bom você vir. Assim não preciso mandar recados. Theodore já está comendo outros alimentos. Vou reduzir o leite. Não precisa mais comprar.

– Ok. Eu vou pedir para Taylor trazer o dinheiro e você compra o que o garoto estiver precisando.

– Não! Eu...eu aceitava o leite porque era muito caro, mas pro resto não precisa. Eu consigo pagar. Não se preocupe.

– Mas alguma coisa o menino vai comer e eu quero pagar droga!

– Pra que Grey hemmm? Pra amenizar a sua consciência? Pra poder dormir tranquilo achando que fez a sua parte na criação dele?! Não! Não fez! Theodore precisa de muito mais que comida. Ele precisa de um pai!

Droga! Já estava se descontrolando.

– Mas dinheiro é o que eu posso oferecer. E a lei me garante isso. Portanto você vai aceitar. Outra coisa: você vem passar o natal com a gente?

– Eu? O convite é só pra mim?

– Eu não espero que você largue um menino de menos de um ano em casa e sozinho, Ana. Pode não parecer, mas eu não quero o mal do Teddy. O convite é para ambos.

– Euuu agradeço o convite, mas acho que não.

Aquele foi um natal muito triste. Ele deu uma grande festa, chamou amigos, alguns funcionários mais próximos e a família. Mas nada apagou a solidão de Grey. Era ainda pior ter de acompanhar a felicidade de Elliot e Kate. Logo depois do casamento Kate anunciou que estava grávida. Agora eram só mimos, carinhos e beijos na barriga. A felicidade deles chegava a incomodar, a mostrar o que a vida dele e Ana poderia ter sido. Mas era diferente.

Regras Quebradas, Limites Ultrapassados!Onde histórias criam vida. Descubra agora