Capítulo 8: Hormônios em ebulição

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A 15 dias da festa de aniversário de Theodore, Anastásia e Christian tinham uma relação amistosa. A mais próxima que tiveram nos últimos cinco anos. Era nisso que Christian pensava ao olhar para a foto de mãe e filho que tinha na gaveta de sua mesa, trancada a chave.

Grace tinha ‘esquecido’ a foto na sua casa e ele jamais devolveu. Ela ficava ali na gaveta destinada a transformar os piores momentos em suportáveis. Como teria sido? Como os últimos cinco anos teriam sido se ele e Anastásia ainda fossem um casal e Theodore morasse ali, naquela casa? A casa construída para ela, para satisfazer todos os desejos de Ana...menos o que ela desejava: que ele fosse o pai de família modelo.

Agora ela quer fotos dele com Teddy no aniversário e brincadeiras, muitas brincadeiras entre pai e filho. Ele faria isso...Ana merecia isso, era uma mãe exemplar, além de ser a única mulher na face da terra que não se aproveitaria de ter um ex bilionário. Mas por ele também.

– Garotinho fantástico você é Theodore. – Falou ainda olhando para a foto. Até que ergueu os olhos e encontrou Taylor encostado à porta. Tratou de guardar a fotografia. – Fale Taylor.

– A empregada do Escala telefonou. A senhorita Jéssica chegou há 30 minutos e o aguarda. O senhor marcou algo? Digo que não poderá estar com ela?

Jéssica era sua submissa há menos de 3 meses e já estava se transformando em algo insuportavelmente chato. Como pode uma tarde com criança lhe parecer mais agradável que uma mulher disposta a ser disciplinada? Talvez fosse o excesso de disposição o estivesse desagradando. Era muito ‘sim senhor’, ‘sim mestre’, ‘eu mereço a surra senhor’ e ‘obrigada por me castigar’. Jéssica não lhe negava nada. Aceitava cada uma das sessões, cada um dos castigos sem reclamar. Apanhava suportando a dor até o limite apenas com gemidos suaves. Sequer estipulou limites. Podia fazer tudo o que desejasse. E fez muita coisa. Só evitou o que não gostava de praticar como brincadeiras com facas e queimaduras graves. Jéssica era a submissa perfeita.

Tão perfeita que o estava irritando...como todas as últimas nesses cinco anos. Todas seguiam o mesmo padrão. Belas, morenas curvas suaves, olhar adocicado, mas nenhuma era Anastásia. Nos últimos cinco anos os pesadelos retornaram e ele voltou a dormir sozinho todas as noites. Nos finais de semana ia para o Escala com sua submissa, as castigava, fazia seu papel de dominador, a comia com força e sem nenhum sentimento e, mandando-a para o quarto branco, ia dormir sozinho. E sofrer com as lembranças da infância na solidão de seu quarto.

Agora ao menos, não tinha só sonhos ruins. Também sonhava com Ana. Lembranças de bons momentos juntos e, principalmente, do sorriso de menina que ela lhe dava, encabulada, a cada manhã. Como pode ela não perceber o quão linda é, o quão perfeita, o quão amada.

– Eu quero você de volta Ana! – Christian disse em voz baixa.

– Senhor? Eu não ouvi. Que digo quanto a senhora Jéssica? – Taylor insistiu.

– Nada. Eu vou mandar um SMS pra ela.

– Ok. Boa noite senhor.

– aaaa Taylor? Você sabe se Teddy vai ficar em casa com a Ana hoje ou vai sair com mamãe ou Kate?

– Na verdade sei sim Senhor. Falei com a Senhora Grey hoje. – Christian fazia questão que seus empregados ainda a chamassem assim, mesmo já não sendo esse o estado civil de Ana. – Ele passará a noite na casa da Senhora Kate. Ele e Ava irão se divertir bastante e...bomm... a Senhora Anastásia irá sair.

– Sair? Com quem?

– Com o namorado, Sr.

O mundo rodou. Então Ana havia encontrado alguém. É claro, é uma mulher maravilhosa. Chama a atenção de qualquer homem. Finalmente um ganhou sua confiança.

Regras Quebradas, Limites Ultrapassados!Onde histórias criam vida. Descubra agora