Foi realmente um dia de agenda cheia. A sessão de fisioterapia foi...dolorosa, mas necessária. Tinha que se esforçar para recuperar totalmente os movimentos do pé e das mãos. Logo teria um bebê em seus braços e queria poder cuidar dele como fez com Teddy. Não, não exatamente da mesma forma. Agora não seria somente ela e o bebê. Christian estaria ali em todos os momentos. Para lhe amparar, para auxiliar, para dar amor a esse menino ou menina que logo chegaria.
– Posso te perguntar uma coisa? – Falou ao acordar nos braços dele.
– Sempre.
– O que você sente pelo nosso bebê?
– Ana...eu achei que você não estava mais insegura quanto a isso. – Havia preocupação em seus olhos. – O que eu tenho que fazer para você acreditar que eu sou sincero? Eu quero esse bebê. Só de pensar que você chegou muito perto de perder ele eu...sofri como se estivesse no inferno.
Ela não estava convencida.
– É que num momento de dor a gente pode pensar e fazer coisas e depois se arrepender delas. Tenho medo de você mudar de ideia...e aí já seria tarde demais porque nós já estaríamos muito apegados em você. Eu não sei se eu tenho forças para colocar uma mochila nas costas e recomeçar novamente Grey.
– Eu espero que você não faça isso nunca mais, Ana. E, se fizer, dessa vez não será tão simples. Saiba que eu iria lutar para manter uma relação com meus filhos. Eu amo vocês.
Com isso eles colocaram ponto final naquele assunto. A consulta com a ginecologista foi tranquila. Ela apenas reafirmou que precisaria manter mais repouso que as grávidas em uma gestação comum. Quando recuperasse a mobilidade normal, poderia caminhar pela casa ou fazer alguns exercícios leves. Mas sem excessos.
– Hidroginástica é uma ótima opção. Vi que vocês têm piscina aberta e aquecida. Deve aproveitar para ficar em forma e saudável até a hora do bebê nascer.
Evitar excessos também era a regra no campo sexual. Ela pediu mais algumas semanas de abstinência e avisou que depois poderiam voltar a manter relações.
– De forma leve. Sem estripulias. – Orientou a doutora.
Christian assistiu Ana ficar corada ao ouvir a médica. A orientação não o surpreendeu. Apesar de ser muito desagradável ter de ficar longe do corpo de Ana, mesmo se ela estivesse fisicamente liberada, não poderia forçar nada agora. Ela tinha de se recuperar psicologicamente primeiro. Flynn iria ajudar. Ao chegarem ao consultório, pediu, delicada, porém de forma firme, para Grey esperar na recepção durante a consulta.
– Bom, Ana, nós podemos começar com você me contando como está se sentindo nesse momento. Eu não estou falando do que se passou durante seu sequestro, mas de todas as mudanças recentes na sua vida. – Iniciou o médico.
– Não é pouca coisa.
– É a história da sua vida, Ana. Não poderia ser ‘pouca coisa’. Eu lembro de quando você veio aqui, há alguns anos, querendo entender o homem que estava namorando. Naquele tempo você não acreditava que era capaz de satisfazer as necessidades de Christian.
Parecia que ele lhe contava um filme. Mas esse era um filme da sua vida.
– De lá para cá muita água rolou sob a ponte. – Seguiu Flynn. – Vocês casaram, separaram, tiveram um filho, voltaram, passaram por momentos traumáticos e agora parecem decididos a investir na relação. Como você se sente a respeito de tudo isso?
– Bemmm...nós crescemos de lá para cá. O Christian não é mais aquele homem dependente dos próprios desejos sádicos. Ele teve submissas, mas não é mais tão obsessivo por comandar a minha vida.
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Regras Quebradas, Limites Ultrapassados!
RomanceNão ANA! Não pode fazer isso. Sou seu marido! - Você ultrapassou TODOS os limites. Eu NUNCA te autorizei a me bater dessa forma. Eu conto que estou grávida e o que você faz? Me espanca! - Não fala assim Ana! Eu não te machuquei tanto... - Porque não...