Prólogo

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Um pote de sorvete e um romance clichê são o suficiente para te fazer acreditar que sua vida é uma verdadeira merda.

O roteiro de uma vidinha hollywoodiana é mais ou menos assim; lindas loiras bem sucedidas e bad boys tatuados se apaixonam, ele fala que é todo errado e pede para que ela se afaste mas ela já está perdidamente apaixonada (e também porque o sexo entre os dois parece surreal), contudo ela insiste em ficar com ele e quando os dois parecem estar vivendo uma vida feliz e regada a orgasmos eis o que o destino coloca uma ex parceira dele no jogo/ uma cena que pode ser mal interpretada/ um envolvimento com uma gangue/ ciúmes possessivo. Ah! Os leitores parecem querer saltar dentro das páginas e os telespetadores seguram a respiração sem acreditar que aquele casal pode deixar de existir.

Mas paremos por aqui, todos sabemos como esta história acaba, com os os pombinhos felizes e na maioria das vezes esperando um filho.

Cá entre nós, o destino parece ser tão maravilhoso nos livros, o amor verdadeiro sempre aparece e tudo parece fazer você esquecer os seus péssimos relacionamentos anteriores.

Meu Deus! Você é tão amargurada, precisa acreditar no amor, sua hora vai chegar!

Eu acredito no amor, de verdade.

Mas me recuso a acreditar que serei sortuda o suficiente para encontra-lo numa cafeteria qualquer que vamos nos apaixonar e ter filhos lindos.

O amor existe, é uma verdade reconhecida. Contudo, não sou sortuda o suficiente para acha-lo e o tal destino já deixou isso muito claro.

Mas isso não é o fim do mundo, existem problemas maiores do que a ausência de um par ideal. E por falar em par idel, quem disse só podemos ter um amor?

Ora, se a alma é minha, porque eu não posso ter uma alma tripla, quadrupla ou quintupla? Afinal, o amor começa dentro da gente, com uma boa dose de confiança e amor próprio.

Sem mais delongas, seja bem vindo(a) a minha história sobre a teoria da felicidade e sobre como é possível ser feliz sem seguir o roteiro de um clichê hollywoodiano.

Com carinho e um tanto atordoada depois de duas garrafas de vinho,
Blair.

Os três pilares da felicidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora