Britney Butler
Após conseguir controlar a minha crise de choro por motivo nenhum aparente, passei o resto da tarde assistindo minhas séries favoritas no sofá. Ainda bem que a loja só abre ao sábado caso tenhamos alguma marcação senão seria bombardeada com perguntas vindas de Sam e no momento não era isso que eu queria.
A notícia do assalto ao banco central que houve ontem ainda era referida em todos os canais de informação, até porque tinha sido um dos maiores (referente ao valor monetário) e mais eficazes da história dos Estados Unidos. Nenhum dos assaltantes fora apanhado e nenhum deixará qualquer rasto. Segundo os jornalistas, a única pista era um pequeno vídeo de 8 segundos, de muito má qualidade, capturado pela câmara de rua. No vídeo, que está a ser divulgado por todos os canais do mundo, era possível ver três pessoas de costas vestidas totalmente de cores escuras conversando, possivelmente homens devido ao seu porte atlético, enquanto arrumavam suas máscaras e armas. Mas antes de entrarem no banco, um deles se aproximou da câmara de trânsito e fez um gesto obsceno antes de a partir, acabando assim a gravação. Consegui observar que tinha alguma tatuagem vertical no seu pescoço. Me pareceu um "C" e um "E". "ENCE" talvez mas não tenho certeza. Este caso estava longe de terminar por aqui.
Assim que vi que eram 18h26, me apressei em ir pro banho senão, o mais provável, seria me atrasar. Após passar meu creme hidratante da Vitória's Secrets com cheiro de baunilha com rosas brancas, vesti uma calcinha rendada tom nude e procurei no closet um vestido que me agradasse. Acabei por pegar num branco justo e com decote em U nas costas. Depois de uma maquilhagem simples terminada, enrolei as pontas do meu cabelo, calcei meu scarpin de tom nude, arrumei minha bolsa. Passei batom vermelho matte e espirrei no meu pescoço um pouco do meu perfume favorito. Terminando, vi no meu celular que já eram 20h13, o que me fez pegar minha bolsa, desligar as luzes e apressar o passo até o elevador após ter fechado o apartamento. Mandei mensagem pra Ryan avisando que estava saindo de casa e recebi sua resposta confirmando o endereço do local onde iria ser o nosso jantar. Chamei um táxi e assim que ouvi o barulhinho do elevador indicando a paragem no andar pretendido, dei um passo em frente e ergui meu olhar. Uma cara conhecida apareceu em campo de visão me dando um maravilhoso sorriso.
– Britney, quanto tempo! – O filho mais velho do casal Bell se aproximou de mim com o seu sorriso de orelha a orelha.
– Oi, Bryson. – Repousei minha mão no seu ombro e beijei o seu rosto.
– Então como você está? Já não nos vemos há bastante tempo. – Falou colocando suas mãos nos bolsos das calças assim que me afastei um pouco para o olhar. O seu cabelo preto e encaracolado havia crescido e quase lhe tapava os olhos fazendo com que de vez em quando Bry sacudisse a cabeça, me fazendo sorrir fraco.
– Verdade! Desde que eu e Sam abrimos a loja não paramos. Conseguimos vários clientes e várias marcas já entraram em contacto para tentar fazer algum acordo, quer para venda quer pra rascunhos de novos vestidos para essas mesmas marcas. Está tudo correndo bem, graças a Deus, muito melhor do que o esperado.
– Fico feliz por você! Sei o quanto você queria isto e com todo o seu esforço e dedicação está conseguindo realizar o seu sonho. Parabéns, Brit! – Ia abrir a boca para agradecer mas quando dei conta já estava envolvida em seus braços, o que me fez soltar uma pequena gargalhada.
– Obrigada Bry! – Falei quando nos separamos. – Então, mais um dos jantares em família da sua mãe?
– Sim. – Assentiu. – É o aniversário da dona Penélope. – Sorriu.
– Oh, sério? – Assentiu novamente. – Que pena que não vi sua mãe hoje. – Entortei a boca.
– Você pode subir comigo. Sei que ela irá gostar de te ver e não se importaria que jantasse connosco.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Hold On
Fanfiction[hiatus] Observei cada estação mudar. Olhei ao redor, encontrei novos rostos, sorrisos e ouvi outras vozes. Conheci pessoas, participei de conversas, tive encontros. Senti outra mão segurar a minha, outros lábios tocar os meus. Mas, não era ele. Nin...