Hold On

03. Frágil;

Justin Bieber

"Puta merda!" eram as únicas duas palavras que me vinham à cabeça e só de me lembrar dos seus rebolados e da sua bunda, meu membro começa a dar sinais de vida. Mordi meu lábio enquanto cruzava meus braços atrás do pescoço e logo fechei meus olhos pra tentar dormir novamente.

Fazia mais de uma hora que estava acordado. Já fui ao banheiro, fumei um cigarro na sacada e também já desci pra beber, mas nada adiantou quando me voltei a deitar pra tentar dormir. É uma missão impossível quando quem rouba seus pensamentos está deitada ao seu lado, enquanto chicoteia seu pescoço com uma respiração calma, tem uma mão repousando em seu peito e a perna está entrelaçada com a sua.

Voltei a abrir os olhos e encarei a mulher ao meu lado, que era atingida por uns poucos e fracos raios de sol. Seu rosto tinha uma expressão serena e com alguns fios de cabelo rebelde perdidos nele. Britney era realmente dona de uma beleza estonteante.

Sorri fraco aproximando minha mão dela e levei meus dedos até seu rosto, afastando os seus fios de cabelo. Acariciei de leve a sua bochecha, fui descendo pelo seu braço, coberto pela minha camisa social, até parar e segurar sua mão que estava sobre meu peito. Sua pele macia me faz querer explorar mais seu corpo e logo meus dedos voltam a deslizar, percorrendo agora sua coxa desnuda e encaixada em cima da minha. Eu me sinto perdido com tudo isto e meus pensamentos só me confundem ainda mais.

Fazia tempo em que não estava assim com uma mulher. Não em questões sexuais, até porque nós não fizemos nada e em relação a isso eu estou bem saciado pois tenho qualquer uma quando eu quiser, mas sim em ter estes tipos de comportamentos.

Faziam anos em que não me deitava deste modo com uma mulher, apreciava a sua beleza e a tratava com delicadeza.

Nada disto está fazendo sentido e se alguém entrasse no quarto neste exato momento e nos visse assim, não acreditaria e quereria, com certeza, me internar. Suspirei, passando os dedos por entre os meus fios de cabelo, quando dei conta que já a observava há bastante tempo.

Caralho, o que está acontecendo? Eu estou ficando louco, só pode.

Voltei minha atenção pra ela quando a senti se remexer. Britney suspirou fundo e me deu as costas, deixando a sua linda bunda, que estava apenas coberta por um pequeno pedaço de renda preta, empinada na minha direção, me fazendo engolir a seco.

Céus, preciso sair daqui antes que faça burrada.

Num pulo, saí da cama e me apressei a entrar no banheiro. Eu precisava, urgentemente, de um banho gelado. Bem gelado.

Britney Butler

Acordei, me revirando na cama, por causa de uma dor de cabeça terrível. Bufei e me dei por vencida me sentando na cama ainda meio sonolenta. Bocejei, antes de massajar minhas têmporas, e logo segui em direção ao banheiro mas quando ia abrir a porta, alguém a abriu por mim.

– Justin! – Dei um gritinho de susto misturado com reprovação enquanto levava minhas mãos até meu rosto para tapar meus olhos. – O que você está fazendo no meu banheiro e de toalha? – Logo me toquei e retirei minhas mãos do rosto para o encarar com os olhos levemente arregalados. – Oh merda, nós transamos? – Rapidamente meu olhar desceu para o meu corpo e eu estava usando apenas calcinha e uma camisa social. Senti meu rosto ruborizar. – Eu estava bêbeda, seu imbecil, e você se aproveitou de mim! – Comecei a socar seu peito mas ele logo me segurou, me fazendo parar.

– Dá pra parar e acalmar, porra? – Falou sério. – Não fala merda nem dá uma de louca, Britney. – Suspirou revirando os olhos antes de seguir pro meu closet.