Destilando seu andar

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BOA NOITE!!!

Como prometido, o capítulo extra! Espero que gostem, qualquer coisa me chamem no twitter ou por aqui mesmo @_Astronautaa .

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Eu tinha passado a semana esperando alguma mensagem da Waverly, mesmo sabendo que ela não ia mandar. Afinal, ela tinha namorado, o que eu tinha na cabeça? Culpa da Clarissa, claro. Eu não estava apaixonada, não havia a menor possibilidade disso, eu mal tinha conversado com a menina. Não, eu não estava apaixonada. Estava ansiosa. Era fácil de gostar dela, ela era simpática com todo mundo e eu apreciava pessoas simpáticas. Por causa dessa espera sem fundamento meu humor já não estava dos melhores,

No caminho de volta para a casa meu celular começou a vibrar, mas eu não podia atender enquanto dirigia, quando abri a porta de casa, Clarissa estava lá dançando "Raise your glass" com a Sybil. Comecei a rir. Ela ainda não tinha me visto.

- Sério que é isso que você faz quando ninguém está vendo? - Falei um pouco mais alto, para que ela pudesse me ouvir.

- Finalmente você chegou! Sybil já dançou muito. - A deixou no sofá, abaixou o som e veio me comprimentar.

- O que você veio fazer aqui? O oeste virou interessante para você de repente? - Perguntei pegando água e colocando no pote da Sybil.

- Na verdade a cidade grande perde um pouco da graça quando você não está lá. - Disse como se estivesse me escondendo algo. - E outra, desde quando eu preciso de motivos pra vir? Eu tenho a chave. - Virou as costas e foi até a cozinha.

- Certo, me diz o que aconteceu e isso não é uma pergunta. - Peguei um pedaço da torta que estava em cima da mesa, provavelmente minha avó tinha feito e Clarissa trazido.

- Sabe o menino que eu estava ficando? Ele apareceu bêbado em casa, começou a falar umas besteiras, o Charlie bateu nele, os vizinhos ouviram a briga, chamaram a polícia, eu não sabia o que fazer, peguei o carro e quando vi estava aqui. - Mostrou a camiseta que estava usando - Inclusive essa roupa é sua. - Sorriu.

- Você tem roupa sua no armário do quarto de hóspedes. - Comentei, estendendo a mão para baixo para pegar a gata que estava tentando subir em minha perna.

- Mas as suas são mais legais. - Franziu a testa como se meu comentário tivesse dito um absurdo e foi olhar o forno.

- O que você colocou no forno? - Tentei olhar de onde eu estava sentada, mas foi inútil. - E quem fez essa torta? Achei que fosse da minha avó.

- E é, ela fez para mim. - Riu sabendo que eu ia ficar com ciumes.- E no forno é a sua janta. Eu abri os armários e só achei coisa enlatada. Qualquer dia você vai cair dura no chão. - Cruzou os braços.

- Desde que horas você está aqui? - Me levantei e abri os armários que estavam cheios de comida que eu não havia comprado.

- Posso dizer que eu vi todos os programas de culinária da manhã. Inclusive se isso - Apontou para o forno - ficar ruim, não me culpe.

- Tudo bem. - Fui até o banheiro para me trocar e falei de lá - Você já ligou para seu irmão para saber o que aconteceu?

- Charles sabe se virar. - Fingiu que estava tossindo.

- Liga para ele agora.

- Ok, mãe. - Ironizou o "mãe".

- Ei, era você que estava me ligando? - Terminei de me trocar e voltar para a cozinha, ela estava com o telefone na mão, esperando alguém atender.

Crônicas de Ghost RiverOnde histórias criam vida. Descubra agora