Capítulo 8

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Eu estava em meu quarto olhando uma foto dos meus pais, eu sentia muito a falta deles e de como éramos felizes juntos. A mamãe era veterinária e morreu em um acidente de carro, já o papai era chef de cozinha, ele se envolveu com uns bandidos e depois que perdeu o emprego nós dois fomos morar com a tia Lexi. Eu não sei exatamente como aconteceu a morte dele, ele tinha saido para se encontrar com uns amigos e eu já sabia que esses amigos que ele tinha eram ladrões. Depois eu não fazia idéia do que ia acontecer dali pra frente. Eu não sei como tudo ocorreu apenas sei o que me contaram, que o homem aranha o matou.

É tarde da noite e eu não encontro o sono, eu não parava de pensar em um jeito de me vingar do sujeito que se acha o super herói e o pior é que o beijo dele me deixou diferente, senti uma imensa vontade de beija-lo mais. Como não consigo dormir pego um casaco e desço pra rua, vou andar um pouco para esfriar a cabeça e deixar um pouco de lado essa idéia de vingança. Eu estava andando pelas casas vizinhas olhando algum anúncio pendurado no poste, quando derrepente alguém esbarra em mim.
- Ei, olha por onde an...
Reparo bem e vejo que Peter que esbarrou em mim.
- D-desculpa Tori, não tinha te visto.
- Tudo bem Pete, o que faz aqui uma hora dessas?.
- Só vim andar um pouco, pra esfriar a cabeça sabe?, e o que você faz aqui?.
- Estou aqui pelo mesmo motivo que você Peter, está tudo bem?.
- Sim, são só alguns problemas.

Depois disso um silêncio perturbador surgiu entre nós, estavamos andando juntos até chegarmos em uma pracinha que tinha ali perto, nos sentamos em um banquinho e o silêncio permaneceu entre nós. Peter se concentrou em seu celular e enquanto isso eu o analisava, ele realmente é muito bonito e cada traço do seu rosto era perfeito. Mas o que mais me chamou a atenção foi sua boca, era fina e tinha um leve tom de cor de rosa. Por um instante aquela boca me pareceu muito familiar, tentei o maximo possivel tentar lembrar a semelhança que a boca dele tinha com a de alguém, mas foi em vão, não lembrei de nada nem de ninguém. Eu estava hipnotizada olhando pra ele quando ouço ele dizer:
- Tori?, Tori?.
- An?, o que?, Oi?
- Ouviu o que eu perguntei?.
- Não Pete, desculpa.
- Você vai pro baile da escola?
- Não sei, ainda tá longe e quem está organizando mesmo?.
- A Liz.
- Claro, a Senhora perfeitinha.
Reviro os olhos.
- Você não gosta dela né?.
- Não é isso, ela só é muito chata e só sabe ficar falando no babaca do homem aranha.
- Você não gosta do homem aranha?.
- Não, eu não gosto dele Peter, você gosta?.
- Bom, eu acho ele maneiro.
- Ele é só um otário com uma fantasia ridícula.
- Um otário que ajuda as pessoas.
- Não, só um otário mesmo.

Novamente ficamos em silêncio até o celular de Peter tocar, era a tia dele pedindo para ele voltar para casa. Ele me acompanha até a porta da minha casa, se despede de mim com um simples " Até mais" e depois vai embora.

I hate you, I love you. (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora