Capítulo 25

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        Cheguei em casa completamente exausta afinal tive a ultima aula de educação física e como de costume jogamos queimada. Fui tomar um banho pra me refrescar e depois adiantei uns deveres de casa, não gosto de acumular lições e também não tenho nada pra fazer mesmo.
      Hoje o dia está bonito de mais pra ficar trancada nesse quarto e como todo dia ensolarado pede um sorvete vou até a sorveteria me esbaldar de um belo milkshake. Ao chegar na sorveteria eu pedi um milkshake de céu azul, que é o meu preferido, e depois me sentei na mesinha do lado de fora. Fiquei lembrando das vezes em que meu pai me trazia aqui pra tomarmos sorvete, o sabor preferido dele era menta e ele sempre pedia pra atendente me deixar provar um pouquinho de cada pra saber qual eu ia escolher. Sou tirada dos meus pensamentos quando ouço alguém me perguntar:
       - Posso me sentar aqui com você?.
      Quando me viro para ver quem é, sou automaticamente hipnotizada pelo sorriso de Henry.
       - Oi Henry, é claro que você pode sentar aqui.
       - Sério que você também toma milkshake de céu azul?. Ele pergunta.
       - Céu azul é o meu sabor preferido. Respondo.
       - Fico feliz em encontrar uma amante de sorvete azul assim como eu. Ele diz e dá um sorrisinho.
       - Eu nunca te vi na escola, você se mudou hoje?. Perguntei.
       - É que eu estudava em outro horário, ai mudei pra de manhã.
       Depois apenas tomamos nossos sorvetes e falamos sobre coisas aleatórias, uma vez ou outra percebi que ele me olhava bastante e isso me deixou um pouco envergonhada. Henry é o tipo de cara que sabe como conversar com uma garota, ele é confiante, engraçado, educado e nunca deixa faltar assunto. Após um papo super gostoso na sorveteria, ele me acompanhou até a porta de casa e disse:
     - Então você mora aqui?.
     - Sim, exatamente aqui.
     - Mora com seus pais?.
     - Não, moro com minha tia.
     - Porque?, seus pais moram em outra cidade?.
     - Na verdade eles morreram já faz um tempo.
     - Sinto muito.
     - Imagina.
     - Bom, acho que vou indo, até mais.
     - Até mais Henry.
     Quando dou as costas para entrar em casa, ele fala:
      - Victori, será que você aceita sair comigo?. Podíamos jantar, pegar um cinema, ou até tomar sorvete juntos de novo, o que acha?.
     - Claro!, será um prazer. Mas me manda mensagem pra combinarmos tudo antes.
       Ele me entrega seu celular para que eu anote meu número.
     - Então nos vemos por aí. Ele diz.
     - Com certeza.
   
        Eu to surtando! Um gatinho desses me convidou pra sair, meu Jesus amado o Henry é tão incrível, e eu sei que talvez seja muito cedo pra ter impressões tão positivas assim, mas sei lá, ele é um cara bem bacana. Por mais que eu super esteja pensando no Henry, não deixo de imaginar como seria se o Peter que tivesse me convidado pra sair, eu  ainda penso nos beijos que demos e como era bom sentir seu toque, ouvir sua respiração acelerar cada vez que eu me aproximava dele, infelizmente tudo isso não passa de momentos que jamais irão voltar atrás.
      Falando no Peter, ou melhor, pensando no Peter, ele me mandou uma mensagem perguntando se a tia May estava em minha casa.
     " Oi, a May tá aí? ".
     " Não, ela só veio aqui antes de ontem."
     " Ela disse que ia sair e ainda não voltou, to preocupado ".
     " Fica tranquilo, jájá ela volta ".
  
       Não deu pra prolongar o assunto até porque eu não tinha assunto nenhum pra puxar, então apenas deixei meu celular de canto e desci pra jantar com minha tia. Durante nosso jantar trocamos alguns assuntos e depois ela foi se deitar, e eu fui logo em seguida.

Dia seguinte...

      Hoje é mais um dia difícil para acordar cedo, mas com toda a dificuldade do mundo eu me levanto, vou escovar os dentes, logo após tomo um banho e me arrumo para ir à escola. Chegando lá vejo o povo com cara de desanimo e me sinto mais tranquila por não ser a única ali com essa estampa de derrota na cara, aliás hoje é o dia record de pessoas estarem desanimadas porque a cada canto que eu olhava tinha alguém com sintomas de que não queria vir à escola. Fui guardar meus livros no armário e avisto Peter distraído mexendo no celular, decido ir falar com ele.
      - Oi Pete, sua tia chegou ontem?.
     - Sim, ela tinha ido visitar uma amiga no outro bairro.
     - Conseguiu fazer aquele exercício de matemática?. Perguntei.
     - Sim, estava fácil de mais. Tori eu te vi ontem com um garoto, não que seja da minha conta mas ele é algum parente seu?.
     - Estava me vigiando sr. Parker?.
     - Não, claro que não. Eu tinha ido atender um caso de assalto na rua 21 e fui pelos prédios sabe?, aí vi vocês.
     - Ele não é nada meu, nos conhecemos ontem na escola aí por coincidência nos encontramos de tarde.
     - Ah sim, não quero que pense que eu estava te vigiando porque eu não estava mesmo.
    - Eu sei, só estava brincando.
  
      Antes que ele pudesse abrir a boca para me responder, Liz aparece e o chama para ir até a biblioteca. Percebi que ela fez uma cara brava quando viu que eu e ele estavamos conversando, não era nenhum tipo de super papo pra ela sentir ciúme.
      Não vou negar que fiquei feliz quando Peter falou sobre ter me visto com um garoto, algo me fez achar que ele estava com ciúmes de mim, mas depois é claro que encarei os fatos e descartei essa possibilidade. Então o que me resta fazer é enfrentar as aulas de hoje e tentar me manter concentrada nas minhas obrigações.
    
    
    

I hate you, I love you. (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora