Capítulo 12

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   No dia seguinte eu estava atordoada com a possibilidade de Peter ser o homem aranha, se isso for verdade mesmo então foi o Peter que matou meu pai. Não consegui prestar atenção em nada que acontecia ao meu redor, pensei que se a Eva descobrir a identidade verdadeira do super herói que ela mais odeia, com toda a certeza do mundo ela o mataria.
   E Eliot?, será que ele me ajudaria a descobrir se Peter realmente é o herói que destruiu nossas vidas?. Pego meu celular e mando uma mensagem pra ele.
    " Você pode me encontrar hoje ?"
    " Não, tenho que fazer umas coisas que a Eva me pediu. "

    Ótimo, vou ter que me virar sozinha.
   
   Estou acordada e já são 00:30, minha mente está a mil com tantos pensamentos que envolviam Pete. Quando o homem aranha aparece, ele some e isso não pode ser uma simples coincidência, ele se atrasa pra tudo e sempre usa a mesma desculpa de que está ocupado.
  E agora tem o beijo que comprova minha tese, o pior é que eu gosto muito do Peter, ele se tornou uma pessoa muito especial para mim, mas eu ainda tenho que vingar a morte do meu pai.

   Tive a idéia de assaltar um banco, mas eu não ia assaltar de verdade, é só pra chamar a atenção do aranha já que ele sempre está perto dos problemas.
    Com o meu disfarce colocado saio pra rua á procura de um banco próximo. Durante o caminho vejo que dois caras estão armados assaltando uma senhora, me escondo em um beco e fico olhando a cena de longe. Poucos minutos depois aparece o aranha, ótimo, agora eu só preciso esperar ele resolver aquilo e depois vou atrás dele.

   Ele luta com os bandidos mas por fim eles acabam fugindo devolvendo apenas a bolsa daquela senhora. Quando percebo que ele se prepara para ir atrás dos bandidos, grito:
    - Ei você!.
    Ele se vira e me olha.
   - Olha só, é a garota mascarada.
   - Garota mascarada?. Perguntei.
   - É um jeito que arrumei de te chamar, ou era esse ou criminosa da máscara preta.
   - Precisamos resolver uns assuntos pendentes.
   - Quais assuntos?. Ele questiona.
   - Vem comigo.
   Ele me segue até o prédio abandonado que nos encontramos uma outra vez.
  
     -  Quero saber quais assuntos são esses. Ele diz.
     -  Primeiro eu quero um beijo seu. Falo.
     - Um beijo?.
     - Exatamente.
    Ele se aproxima de mim e levanta sua mascara na altura de seu nariz, ao olhar seus labios me vem na cabeça os lábios de Peter e mais uma vez comprovei que ambas as bocas são as mesmas.
     Ele me beija e enquanto me entrego ao beijo mantenho meu pensamento focado em um único objetivo, puxar a máscara dele. Nos afastamos por falta de ar e eu levo meus dedos aos lábios dele, deslizo meu polegar lentamente sobre seu lábio inferior, depois o puxo para mais um beijo.
   Enquanto o beijo acontece coloco minhas mãos em sua nuca e lentamente arrasto-a até o final da máscara, mais especificamente no local de tira-la. Sem fazer muita cerimônia, sem prolongar e sem mais esperas, puxo a máscara rapidamente revelando a figura pálida que me olhava com olhos assustados.
   Por mais que eu já esperasse aquilo, me encontrei perdida em minhas duvidas. O que iria acontecer agora?, eu o mato?, mato alguém que ele ama?, Será que ele sabe quem eu sou?.
  
    Eu estava certa, o cara metido a herói que matou o meu pai, que ferrou com a Eva, que quase fez Eliot ser preso e que ainda tenta me colocar atrás das grades, é o Peter Parker. 
    
   

I hate you, I love you. (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora