Capítulo 16

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  Os dias se passaram e o baile estava cada vez mais próximo, por incrível que pareça eu ainda não tinha um par. Acredita que eu não recebi nenhum convite?, ninguém me convidou, não que eu me importe com isso, mas será que eu sou tão ruim assim pra ninguém querer me levar ao baile?.
    Eu ainda não tinha voltado a falar com Peter, e pra falar a verdade conversar com ele está me fazendo falta. Elliot está a todo custo querendo arrancar de mim alguma informação sobre o homem aranha, e mesmo que seja difícil eu consigo me segurar e não falar nada pra ele.

     Minha primeira aula é de filosofia, e eu havia me esquecido que hoje tem atividade em dupla e pra piorar todos na classe já tem com quem fazer, pra variar eu terei que fazer sozinha. O professor entrega as folhas e nos pede para explicar com nossas palavras o que é a filosofia.
     A aula então é interrompida por batidas leves na porta e quando o professor abre, Peter entra se desculpando pelo atraso. Não tinha percebido que ele se atrasou hoje, na verdade nem notei sua ausência. Volto meu foco para o meu trabalho até que percebo que Peter está vindo em minha direção.

    - O professor disse pra fazermos juntos. Ele diz.
    - Ah que ótimo, era só o que me faltava. Reviro os olhos.
    - Você podia parar de agir como criança?, é ridículo você ficar com uma impressão errada de mim sem saber da verdade.
     - Ah eu mereço mesmo isso né?, se toca garoto.
  
    Ficamos em silêncio fazendo nossa atividade, de vez em quando trocávamos algumas dúvidas sobre o que escrever para complementar o texto e nada mais que isso.

    Quando finalmente eu estava indo para minha casa, tenho a leve impressão de que alguém está me seguindo, olho para os lados e apenas vejo carros em movimentos e pessoas caminhando normalmente. O que chamou minha atenção foi um carro muito suspeito do outro lado da esquina, senti uma sensação estranha dentro de mim como se algo ruim fosse acontecer.
   Chego em casa e vou tomar um banho, quem sabe assim eu consiga relaxar e paro de pensar naquele carro e na impressão de que eu estava sendo seguida. Pensei na hipótese de que poderia ser Eva ou até mesmo o Elliot, eu estou muito ferrada se eles estiverem mesmo atrás de mim.
  
    Eu não tinha outra opção a não ser contar para Peter o que estava acontecendo, então resolvo ir na casa dele para conversarmos. Chegando lá sou recebida por ele, o que me faz entender que a tia May não está em casa, já que ela mesma sempre atende a porta.
    - Olha se não é a esquentadinha. Diz ele debochando.
    - Eu preciso te contar uma coisa.
    - Ok, entre.
    - Primeiro quero deixar bem claro que eu ainda te odeio e que ainda planejo te matar. Digo.
    - Você não tem coragem de me matar, se tivesse já teria me matado.
    - Haha, você está muito enganado Peter Parker, quando você menos esperar eu vou destruir você.

     Percebo que ele ficou bravo.

     - Que Droga, você só dificulta o seu lado, você ainda não entendeu que eu posso te entregar pra polícia?. Ele diz bravo.
    - E eu posso te entregar pra uns amigos meus, sabe? Eva summers a maior criminosa feminina aqui do Queens. Respondo.
    - Você conhece ela?.
    - Ela é tipo minha treinadora, ela me ensinou a lutar e a usar armas, mais expecificamente ela treinou eu e mais duas pessoas para roubar e matar, e o nosso foco é matar o homem aranha, conhece ele?. Pergunto em tom de deboche.
    - Quem são os outros?.
    - Na verdade só existe mais um, o nome dele é Elliot. Você se lembra do loirinho que estava comigo pegando umas armas?.
     - Você está envolvida com essas pessoas?, tudo isso porque quer me matar?. Ele me pergunta surpreso.
      - Nada mais justo que matar quem matou pessoas importantes para nós. E na verdade eu não estou mais com eles, é sobre isso que eu vim conversar.
      - Então fala logo o que você quer. Ele diz.
      - É o seguinte, há uns dias atrás eu tinha bebido muito e acabei soltando para eles que o homem aranha é você, mas calma, eu só disse que o nome da pessoa vestida de herói é Peter. E como eles não te conhecem, apenas sabem que um tal de Peter está por baixo da roupa de homem aranha.
    - E o que mais?.
    - Agora eles querem te matar, e eu acho que estão me seguindo para descobrir com quem eu ando. Inclusive ameaçaram pegar minha tia caso eu não revelasse quem é você.
     - Incrível!, você se mete em cada uma, você só complica as coisas. Ele diz aumentando a voz.
     - Ei, se você não tivesse matado o meu... antes de terminar ele me interrompe.
     - EU NÃO MATEI NINGUÉM!, ESTAVAMOS LUTANDO E ELE ESCORREGOU DAQUELE PENHASCO!.
     - ISSO É MENTIRA, PETER!, ELE NÃO FEZ NADA E VOCÊ APENAS O JOGOU DE LÁ!.
    - Ele tinha assaltado um banco junto com um comparsa, depois fugiu e eu fui atrás deles. Eles roubaram um carro e os dois foram até o final daquele penhasco, eu tentei pegar a bolsa com o dinheiro e aí lutamos, lutamos muito até ele ir em direção ao carro e pegar uma arma. Depois ele gritou " Deixa o meu dinheiro, seu herói de merda", o cara que acompanhava ele estava totalmente bêbado e ouviu ele gritar sobre o dinheiro, aí então eles começaram a discutir sobre de quem era aquela maldita grana. E então o comparsa atirou na perna dele, e fugiu dali. Seu pai ficou furioso e atirou contra mim, eu fui pra cima tentar pegar a arma e lutamos denovo, a perna dele sangrava cada vez mais e ele ficou tonto até ir cada vez mais para a ponta do penhasco. Eu tentei puxar ele com minha teia, eu juro que tentei mas foi tarde de mais.
   
    Fiquei em silêncio enquanto lágrimas rolaram no meu rosto.

    - Se você quer acreditar na mentira que te contaram, eu não posso fazer nada, mas eu sei que não matei o seu pai, eu tentei fazer ele se entregar pra polícia, tentei salva-ló e eu sei que não matei ele. Eu nao joguei ele de lá de cima.
    - Não vou mais ficar aqui ouvindo suas mentiras, eu odeio você Peter parker, odeio ter te conhecido, eu te odeio com todas as minhas forças.
    - Ótimo, então sai da minha casa e porfavor não volte mais. Ele diz e sinto muito ódio em seu tom de voz.
    - Eu ainda vou acabar com você.
Digo.
   - Vai acabar comigo?, como?, me avisando que tem pessoas atrás de mim?.Isso que vc está fazendo só mostra o quanto você se importa comigo.
    - Me importar com você?, haha, eu apenas não quero que ninguém sinta o prazer de te fazer sangrar até morrer. Eu mesma quero fazer as honras.
   - Em pensar que eu me apaixonei por você, eu sou muito idiota mesmo. Ele diz e eu fico completamente surpresa.
    - Você o que?.
    - Eu já disse pra sair daqui, vai embora Tori!.
   Ele me empurra até a porta e bate a mesma na minha cara.

   Peter On:

   Eu não acredito que falei para a Tori que estou apaixonado por ela, é muito azar pra uma pessoa só. Ela me odeia porque acha que matei o pai dela, ela quer me matar e eu já lido com tantas pessoas que odeiam o homem aranha, e ainda me aparece mais três que querem acabar comigo.  
   Eu preciso que a Tori acredite em mim, eu não estou mentindo, eu contei a verdade sobre a morte do pai dela e estou com muita raiva porque a amo e a única coisa que ela sente por mim é odio. Eu realmente sou muito idiota mesmo, talvez a Liz possa me valorizar de verdade, vamos juntos ao baile e eu vou me esforçar para esquecer a Tori e aproveitar com quem gosta de mim verdadeiramente.

I hate you, I love you. (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora