Mais um dia chato e entediante na minha vida, não tenho absolutamente nada pra fazer que possa me animar. Estou em meu quarto olhando as horas se passarem no relógio enquanto eu poderia está fazendo algo super empolgante, mas não, eu estou aqui morrendo de tédio nesse dia ensolarado e bonito.Estive pensando sobre o baile da escola, nunca fui convidada para ir em um baile antes, pensei em Peter como meu par mas não sei se ele gostaria de ir comigo, acho que ele quer chamar a Liz para ser seu par. Ah, por mim tudo bem, ele pode sair com quem ele quiser nós somos apenas bons amigos e não existe nenhuma possibilidade de existir algo entre nós. Confesso que sinto uma coisa diferente quando estou com ele, meu coração dispara, as palavras somem e me sinto como se só existisse nós dois. Mas como eu disse não existe nenhuma possibilidade de Peter e eu namorar ou coisa do tipo, até porque se ele descobrisse que sou praticamente uma criminosa ele jamais ia querer que existisse algo entre nós.
Peter on:
Ainda não tirei da cabeça a ideia de que Tori me lembra alguém muito familiar, os olhos dela, a boca, a sua voz, eu fico perdido por não conseguir me lembrar quem é a pessoa que tem as mesmas características da Tori.
Tenho pensado em chamar a Liz pro baile da escola, ela é bem legal e muito bonita, mas não tenho certeza se ela aceitaria. Ned me falou pra eu chamar a Tori, ela é incrível e eu sinto coisas diferentes quando estou ao lado dela, mas eu não sei o que ela acha de mim. No dia que quase nos beijamos eu fiquei inseguro, tive medo dela não querer um beijo meu e dei graças aos céus pela tia May ter nos chamado para jantar exatamente na hora que quase nos beijamos.
Eu estou exausto hoje, de madrugada tive que lutar com uns caras que roubavam e matavam mulheres que saíam de casa pela noite ou pela manhã, entreguei eles para a polícia e tudo deu certo. O problema é que um deles me acertou bem nas costas e agora eu estou morrendo de dor, tive que inventar uma desculpa bem esfarrapada pra tia May acreditar que a dor nas costas foi porcausa de um treino em educação física.Tori on:
Estava pensando em fazer alguma coisa para me animar, eu estou totalmente sem grana e eu queria muito comprar uma arma nova com uns caras que ficam no beco. Como praticamente eu sou uma criminosa acho que é obrigatório que eu roube dinheiro, e eu não vou assaltar um banco ou coisa parecida, só preciso de uma quantia para comprar uma arma melhor.
Visto minha roupa e ponho a máscara, coloco na cintura a arma antiga que eu tenho eu peguei ela no dia que estava arrumando as coisas do meu pai. Já são quase meia noite e meia e a essa hora quase ninguém está na rua, ando por vários lugares tentando encontrar alguém mas nem uma alma está passando por ali.Eu já estava bem longe de casa e por sorte eu peguei o carro da tia Lexi emprestado. Estou dirigindo até que decido parar em uma praça para olhar um laguinho que tinha ali, lembro que quando eu era criança meus pais me trouxeram aqui algumas vezes para olhar alguns patinhos que nadavam naquele lago e as vezes fazíamos picnic também.
Estou sentada na grama até que ouço alguém dizer:
- Olha só quem eu encontrei.
Olho para trás e vejo que o dono daquela voz é o homem aranha.
- O que faz aqui?, por acaso está me seguindo?. Pergunto.
- Por mais que eu tenha que ficar de olho em você, não estou te seguindo. Apenas estava passando por aqui pra pegar uns ladrões que estavam aqui perto.
- Hm...
Ele se senta ao meu lado e levanta sua máscara na altura de seu nariz revelando sua boca.
- Porque está sentado aqui comigo?, eu te odeio e você me odeia. Falo.
- Eu gosto de vim aqui quando tenho que pensar. Posso fazer uma pergunta?.
- Não acredito que estou conversando com o cara que eu odeio. Respondo.
- Você gosta de deixar bem claro que me odeia né?, e você ainda não disse se eu posso te fazer uma pergunta.
- Pergunta logo!. Digo impaciente.
- Porque você não tirou minha máscara toda?.
- Eu não sei, acho que não tive coragem.
- E porque me odeia?.
- Porque você atrapalha meus negócios e porque você é só um idiota que banca o herói, mas você não é nenhum herói, é um assassino. Digo e me levanto com raiva.
- Assasino?. Ele pergunta vindo atrás de mim.
- Sim, um assasino, você matou o meu pai.
- Eu nunca matei ninguém, pelo contrario eu salvo as pessoas.
Depois de alguns segundos apenas olhando um para o outro ele diz:
- Eu nem sei quem você é, não te conheço, assim como eu você também usa máscara, mas tudo que eu faço é para o bem das pessoas. Se descobrissem quem eu sou as pessoas que me odeiam vão ir atrás da minha família e eu não posso deixar isso acontecer.
- Você protege a sua família mas que se dane a família dos outros não é mesmo homem aranha?.
- Eu não sei quem é seu pai, e muito menos sei de onde você tirou essa paranóia.
Vou pra cima dele e puxo minha arma, ele segura meu pulso com força e me puxa para perto de si. Minha respiração acelera e percebo que a dele acompanha a mesma velocidade que a minha, ele morde o lábio e aquilo me causa arrepios pelo corpo.Ele põe uma mão em minha cintura apertando a mesma e a outra mão ele mantém em minha nuca.
- O que está fazendo?. Eu pergunto.
Ele não diz nada, apenas dá um sorrisinho e mais uma vez tenho a impressão de que ele é muito familiar, aquele sorriso me lembra muito alguém.
Sem nenhum espaço entre nós ele junta nossos lábios em um beijo calmo, eu não sei o que aconteceu comigo naquele momento, eu estou beijando a pessoa que eu mais odeio no mundo. Nos separamos pela necessidade de respirar e ele diz:
- Bom, hoje não estamos lutando e não preciso chamar a polícia.
- Mas bem que eu poderia te matar.
- Mas você não vai fazer isso.
- Deixa eu vê quem é você?.
- O que?. Ele pergunta surpreso.
- Eu quero saber quem se esconde por baixo dessa roupa.
- Pra me matar depois?. Ele questiona.
Apenas fico em silêncio.Depois de alguns minutos ele diz que tem que ir embora e com todo o deboche do mundo ele me agradece por eu não ter roubado ninguém e por não ter tentado matar ele. Olho para cima e vejo ele jogando suas teias de prédio em prédio até desaparecer na neblina que cobria o céu naquela noite. Bom, lá se vai o idiota que matou o meu pai, o idiota que eu tenho vontade de matar mas por algum motivo não tenho coragem, o idiota que eu preciso descobrir quem é, o idiota que me deixou perdidamente apaixonada por ele.
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I hate you, I love you. (CONCLUÍDA)
Teen FictionA vida de Tori vira de cabeça para baixo quando ela decide se vingar de quem matou seu pai. O que ela não sabia era que estava atrás da pessoa errada. Durante sua jornada ela se aproxima de Peter Parker, o nerdzinho da escola e o que parecia ser ape...