Capítulo 7 - Justin

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~❤~

"Não chore
Não chore mais!
Não mais!"

(Kansas - Carry On Wayward Son)

~❤~

Fazia duas horas que Melry tinha dado entrada no hospital e até agora não tínhamos notícias, Vittor estava no décimo copo de café, Andrew estava quieto num canto olhando para o nada, fazia meia hora que ele tinha parado de chorar e tinha entrando num estado de reflexão. Olhei as horas e já eram quase 21:00, tinha que cancelar meu vôo. Olhei para os dois e aproveitei o momento para fazer isso.

- Vou no banheiro já volto -avisei.

Vittor assentiu e Andrew me olhou e voltou a ficar pensando, suspirei e sai em direção ao banheiro e disco no meu telefone para minha secretaria.

- Alô Doutor Timberlake?

- Sim, sou eu.

- O senhor não devia estar num vôo?

- E sobre isso mesmo para que eu liguei.

- Continue

- Preciso que cancele minha passagem e todos os meus compromissos da semana que eu tinha aí em Nova York.

- Sim senhor, mais alguma coisa senhor?

- Não só isso mesmo.

- Ok.

Desligo o telefone e vou para o restaurante do Hospital, peço um suco e me sento numa mesa no meio do restaurante. Dei alguns gole no suco e tentei por uma ordem em meus pensamentos. Então a menina do aeroporto era a irmã do Andrew, dono de uma empresa em que acabei de fazer investimento e ela estava vindo para morar com o irmã. E a leve ondulação na barriga era porque ela estava grávida e por pura sacanagem do destino acabamos pegamos o mesmo vôo e do mesmo lado. E como se não bastasse eu sou convidado para lanchar na casa do meu novo sócio e encontro a menina passando mal, e então ela desmaia e vinhemos parar no hospital ( no qual eu tô agora ), e descobrimos que o caso da coitada e grave ao ponto de levarem ela para uma mesa de cirurgia na ala da UTI, aí o Andrew surta e fala que se acontecer algo não sei quem ( Aliás mais de uma pessoa ) iria pagar. Meu Deus em que diabos eu me meti? Epor que caralhos eu cancelei meu vôo e meus compromissos para ficar aqui?

Claro que foi por educação, pensa se eu os deixassem eles aqui num momento delicado como esse, o que eles iriam pensar de mim? Que eu era um sem coração e desalmado, e iriam querer desfazer os negócios. E isso. Foi por isso que eu fiquei, não tem nada a ver com a menina. Não, talvez um pouquinho por ela, porque coitada ela tá na UTI correndo risco de vida, não sou tão desalmado assim.

Termino meu suco e volto para a sala de espera. Todos tava do mesmo jeito que eu deixei, até parecem que são estátuas, mais eu tinha certeza que quando eu sai o copinho de café estava quase vazio e não cheio.

- Tiveram notícias? - Pergunto me sentando.

Eles balançam a cabeça em negativa e eu suspiro. Será quanto tempo levará para termos a droga da informação para saber se a menina tá bem. Aliás qual é o nome dela mesmo?
Melisa?  Não... Michely?  Também não... Melry?  E isso, ela se chama Melry que nome bonito combina com ela. Será que o Bebê vai sobreviver?  Tomara, deve ser horrível perde um filho, e como será que o pai do bebê irá reagir ao saber que corre o risco de perder o filho. Pera ...

O pai da criança não deveria estar aqui? Não deveriam ligar para ele e informar o que está acontecendo? A não ser que....  e claro ela é mãe solteira deve ser por isso que veio morar com o irmão em outro país. Provavelmente ela deve ter se envolvido com algum moleque e ele não quis assumir a criança. E é isso que ele é, um moleque por não assumir as responsabilidades de pai, pensa como a Melry deve ter ficado sem a ajuda do pai.

Não sei porque mais um raiva me subia a garganta, queria saber que era o pai da criança só pra poder esmurrar ele, será que eu não tô me precipitando.

- Vocês não vão ligar para o pai do bebê? - me arrisco.

Vittor olha para Andrew e Andrew olha para Vittor, Vittor olha pra mim é volta a olhar para o Andrew que olha para mim,  ficamos nessa troca de olhares por segundos...talvez minutos não sei bem ao certo.

- Ele não tem pai - Diz trincando os dentes e fechando os punhos.

Acho que devia ter ficado de boca calada, murcho no banco e fecho os olhos.
Só volto a abrir os olhos quando escuto.

- Parentes de Melry Snodow.

Andrew e Vittor levantam num pulo, eu só me ajeito na cadeira e torço o pescoço que está doendo pra caralho devido a minha posição toda torta na cadeira.

- Sou o irmão dela.

- Sou o Dr. Mendes e estou responsável pelo caso de sua irmã.

- Ela tá bem dr.? - Pergunto receoso a cara do médico era horrível.

- Graças a Deus conseguimos salvar ela e o bebê.

- Ufa

- Mas como devem saber a gravidez dela e de risco pela...

- Como assim Doutor a gravidez dela e de risco. - pergunta Andrew.

- Sim, vocês não sabia?

- Não - dissemos em uníssono.

- Bem ela esteve mais cedo na minha clínica e eu lhe alertei de sua gravidez de risco.

- Merda - praguejou Andrew

- Bem continuando a paciente teve fortes emoções que causaram a mudança da placenta de lugar que ocasionou o sangramento, conseguimos conter o sangramento sem prejudicar o bebê que por esta no seus primeiros meses de formação podia facilmente morrer. Sugiro que não façam ela passar por fortes emoções pois não sei se o bebê resistiria a um novo sangramento, podemos dizer que tivemos sorte. A paciente está inconsciente até o momento.

- Doutor porque a gravidez dela e de risco? - perguntou Vittor.

- Bem a paciente e muito nova e seu útero ainda não estava apito a passar por uma mudança, aliás sugiro que fiquem de olho nela, o útero por não estar pronto para receber um feto. Pode tentar expulsar o feto para fora e aí não só o bebê morreria mas como a mãe também teria grave complicações,  a paciente ficará em observação até segunda ordens. - Disse e saiu.

Andrew pulou praticamente no pescoço de Vittor.

- O que você fez a ela? - rosnou.

- Na..da

- como nada você não ouviu o que o doutor disse?

Entrei no meio e afastei os dois do jeito que Andrew estava bravo era capaz de matar o coitado do Vittor.

- Já disse nada, depois que você saiu ficamos comendo e assistindo séries, até que pegamos no sono. Acordei com ela gritando e chorando e quando perguntei o que ela tinha você chegou.

Andrew não pareceu contente com a resposta mais mesmo assim não insistiu mais. Fiquei com dó de quem namorassem Melry e a machucasem, fiquei pensando no que ele fez com o pai do bebê, deve ter esmurrando o babaca até ele desmaiar.

Sentamos todos até os médicos voltarem para dizer que a gente pode ver A Melry.

Meu Bebê - EM REVISÃO E FINALIZAÇÃO Onde histórias criam vida. Descubra agora