Capítulo 1 - Melry

1.1K 73 8
                                    

Não, eles não ensinam isso na escola
Agora meu coração está quebrando e eu não sei o que fazer.
History- 1D

Ligo para meu irmão e ele não antende. Mais que droga! Calma Melry, respira. Ligo de novo e ele atende.

-Andrew?

-Melry?

- Sim, sim ainda bem que atendeu.

-O que aconteceu?

-Mamãe e papai me expulsaram de casa.

-QUE, porque??

-bem. ..... eu estougravida.

-Fala devagar

- Eu es-tou- gra-vi-da

- O meu deus

-Andrew eu preciso de você eu não tenho mais ninguem, não tenho para aonde ir e nem dinheiro.

- Eu não acredito que nossos pais fizeram isso.

-pois fizeram e eu estou desesperada.

- Calma, eu vou cuida de você.

- O que seria de mim sem você.

- Eu vou comprar uma passagem para você.

- Como assim?

- Você irar morar comigo pequena.

- Meu Deus

- Agora vá para o aeroporto e venham.

- Eu nem sei o que falar Andrew.

- So venha

Falou e desligou. Andrew tem 23 anos e é o orgulho da família, quando tinha 17 anos passou para a Universidade em Toronto e se mudou para lá. Desde então ele só vinha para as festas de fim de ano.

Pego um ônibus que passa perto do aeroporto, o ônibus está vazio, sento numa cadeira perto do motorista, apoio a cabeça na janela e deixo as lágrimas rolarem silenciosamente. As lágrimas pensam e doem, mas elas não podem ser suportada dentro de mim, elas saem numa naturidade surpreendente.

Meia hora depois o ônibus chega ao meu ponto, desço com uma certa dificuldade por conta das malas. O aeroporto ficava a uns 10 minutos a pé do ponto, e não tenho escolha a não ser caminhar. O barulho das rodinhas era irritante e me incomodava. Após a caminhada eu entro no aeroporto, movimentando como sempre, vou para fila do check-in e tem umas dez pessoas na minha frente.

- Como posso ajudar?

- A passagem está no meu nome, Melry Snodow.

- Só um momento - começa a digitar rapidamente no computador. - Pronto aqui está sua passagem, Boa viagem!.

- Obrigada.

Despacho a mala e vou para o processo de revista para entrar na sala de embarque. Tudo limpo e me sento no banco ao lado de um homem sério, ele usava terno e mexia o tempo todo no celular. A minha vontande era de pegar e jogar fora o celular, tudo me irritava, e o fato de tudo me irritar me irritava mais ainda.

Olho ao redor e vejo pessoas se despedindo, se reencontrando, Pessoas para lá e para cá, até que uma cena me toca.

Era uma mulher grávida de uns 8 meses suponho ao lado de uma menininha loira super fofa, devia ter uns 6 anos. Ela olhava e perguntava toda hora, que horas que seu pai ia chegar, a mãe ria do desespero da menina e mandava ela ficar calma. Até que o pai da menininha apareceu e ela saiu correndo para abraça-ló, ele agachou e a abraçou fortemente pegando ela no colo, e foi em direção da esposa, dando um beijo nela e um beijo na barriga da mesma, eles deram as mão e foram embora.

Aquilo me tocou profundamente, saber que meu filho ou filha não teria um pai para cuidar dele me deixava triste e com vontade de chorar, pois não era assim que eu imaginavam que teria uma familia, não nessas condições. Eu esperava estar formada em arquitetura e com o meu marido do meu lado, e ai sim pensariamos em ter filhos, mas aconteceu totalmente ao contrário.
Eu estou com 16 anos, no último ano do ensino médio, desempregada, sem dinheiro, sem família e sem o pai da criança ao meu lado.

O meu vôo e anunciado:

Passageiros do vôo 9876 AD da compainha Air com destino a Toronto-Canada, Embarca no Portal Sul C.

Algumas pessoas levanta, inclusive o homem que estava ao meu lado que não parava de mecher no celular.
Eu queria levantar mais algo me impedia levantar, saber que daqui para frente seria tudo diferente, que eu não estaria mais só. Deixar toda a minha vida para trás e não ter a certeza de um futuro, me assustava e me deixava com medo.

Passageiros do vôo 9876 AD da compainha Air com destino a Toronto- Canadá , embarque no Portal Sul C.

Essa era a última chamada, criei coragem e me levantei, caminhei para o Portal Sul C e entrei no avião. Entreguei minha passagem para a aeromoça e ela me indicou a minha poltrona na primeira classe. E por ironia do destino, ela era ao lado do cara de terno. Me sentei e ajustei o cinto, inclinei a poltrona para dormi e esperei o vôo decolar, deixando os Eua para trás e indo para a nova vida que me espera.

_♥_

Meu Bebê - EM REVISÃO E FINALIZAÇÃO Onde histórias criam vida. Descubra agora