Aquele último tiro é uma Férias Permanente
E quão alto você pode voar com asas quebradas?A vida é uma viagem não um destino.
Amazing - Aerosmith
Um mês
Um mês havia se passado desde do dia em que eu sai do hospital, eu estava de mal a pior. E tentava não demostrar, mas eu falhava miseravelmente. Eu já falava com a galera, mas era bem pouco, evitava falar. Justin havia se mudado definitivamente para Toronto, ele havia conseguido transferir a sede para cá havia umas duas semanas. Ele tinha comprado uma casa, mas passava mas tempo aqui em casa do que lá.
Ele queria que eu morrase lá, mas não dei a resposta, e ele também não tocou mais no assunto. Mas estava pensando em aceitar, eu amava morar com meu irmão, mas aquela casa me trazia muitas lembranças dolorosas demais.
Levanto da cama para poder tomar café da manhã, arrumo meus cabelos em um coque e vou para o banheiro escovar os dentes. Quando volto para o quarto Justin está acordado.
_ Bom dia _ ele diz
_ Bom dia dorminhoco _ digo abrindo um meio sorriso
Ele levanta e me da um beijo na testa e caminha para o banheiro. Desço as escadas ignorando a porta do quarto que seria do Alec, eu nunca mais havia entrando lá desde aquele dia, mas Amelia sempre vinha arrumar tudo e deixar limpo as coisinhas dele. Quando chego na sala o cheiro de café invade minhas narinas e eu vou quase correndo para a cozinha.
_ Bom diaaa _ digo
_ Bom dia maninha _ Andrew diz me dando um beijo na testa
Me sento e começo a comer, eu comia bem pouco ainda, na maioria das vezes comia para não deixar eles chateados e nem preocupados comigo. Logo Justin se junta a nós na mesa, tivemos um café da manhã em que somente eles dois conversava.
Minha mente estava bem longe dali, mas especificadamente em meu aniversário que estava chegando, seria daqui a três dias e eu estava rezando pra a galera não querer fazer nada. Mas em especial eu estava pensando em contar para Justin que eu aceito morar com ele.
Eu estava com um pé atrás em relação a isso, me sentia insegura e com medo que agora que eu não tenho mais o Alec, a qualquer momento ele me largaria e iria embora. Mas eu precisava arriscar e começa a minha vida do zero novamente, precisava tentar me reerguer e não era ali que eu queria começar a fazer isso. Eu iria aceitar morar com o Justin, e estava pensando em voltar a estudar e começa a trabalhar.
Era tudo muito incerto, mas eu precisava dar um passo. Eu podia negar o quanto quisesse para os outros, mas eu sabia que não estava bem, eu queria estar, mas não estava. E sentia que se eu ficasse ali eu surtaria e pioraria mais ainda. Eu nunca superaria a morte do meu filho jamais, mas eu sinto que não era aquilo que ele quereria pra mim e isso era o combustível que estava me fazendo continuar, me fazendo levantar dia após dia e não desabar.
Pois minha única vontade e sumir, desaparecer e nunca mais voltar, mas tem pessoas que se importa comigo e eu não seria capaz de destruí-las por ser tão egoísta, jamais. Eu ainda preciso ir atrás de Pietro, mas eu não estou pronta ainda para encará-lo. Mas eu sei que preciso, eu preciso colocar os pratos na mesa.
Infelizmente eu não consigo isso agora, porque nem se eu quisesse eu teria forças para voltar a New York.
— Melry? — me chama Andrew.
— Desculpa, eu dei uma viajada aqui.
— É a gente percebeu. — ele ri.
— Eu estou indo pro trabalho amor, mas tarde eu passo aqui. — Diz Justin se levantando e ajeitando a sua calça jeans.
— Ok amor, bom serviço.
Ele me dá um selinho e sai.
— Eu também já vou, se cuida ta bom? E acho que o Vittor passara aqui mais tarde.
— Me cuido sim, ok.
— Tchau maninha.
— Tchau. — digo baixinho e continuo a comer meu café.
Termino de comer e vou lavar a louça, coloco uma música baixinha e fico ali arrumando tudo.
Quando subo as escadas eu olho aquela porta, penso em entrar mas a campainha toca e eu desço para atender a porta. Quando abro a porta vejo o Vittor com um sacola da loja de doces que tem perto da empresa do Andrew e meus olhos chega brilham.
— Melry eu to aqui em cima.
— A e mesmo — Dou um abraço nele.
— Porque demorou a atender? — pergunta colocando a Sacola na bancada.
— Eu estava lá em cima, e você sabe que eu não posso descer rápido.
— E mesmo — Diz pensativo — o que vamos fazer hoje? Tirei o dia para minha princesa.
— Assim eu fico mimada, que tal a gente comer esses doces que você trouxe?
— Vai com calma mocinha.
Ignoro ele e vou até aquele paraíso e pego uma caixa de butter tart, eu nunca tinha comido aquilo até vir morar aqui e aquilo era uma verdadeira delicia. Coloco um na boca e parece que vou para outro lugar, aquilo era divino.
— Para... de rir de mim — digo ainda me saboreando daquela divindade.
— Parece uma criança você quando se trata de doces.
— Me erra Vittor.
Ficamos ali conversando e contei para ele sobre meus planos, em partes ele concordou comigo e em outras ele não ficou nada contente.
Isso só me deixou mais confusa, eu precisava de uma luz e eu já sabia exatamente o que fazer.
Butter tart - são minis tortas doces recheadas de uma mistura de manteiga, açúcar e ovos.
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Oi galeraaa perdão pela demora, mas aqui está um capítulo novinho pra vcs.
Espero que gostem e não esqueçam de votar e comentar.
Beijin de coco pra vcs
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Meu Bebê - EM REVISÃO E FINALIZAÇÃO
Novela JuvenilMelry descobre estar grávida com apenas 16 anos. Com os pais rígidos, ela se vê sem saída e desesperada, pois é expulsa de casa. Sem saber o que fazer, já que o pai da criança se nega a aceitar criança, ela conta com sua única esperança : seu irmão...