The transcendent Ray

Capítulo II

-O Comando? Eles nunca fizeram contato direto com a gente, e agora quando nem lutamos estamos, eles querem "conversar" conosco?- Farley olha com uma expressão mortal para Dane e os outros que estão no local.

-Sim Capitã, o Comando tem o momento certo para conversar com vocês não são ordens minhas. A descrição é muito importante e você sabe muito melhor do que eu sobre isto é fundamental  para nossa sobrevivência.

Neste momento Farley fica quieta, não me dou conta na hora o que ele quis dizer apenas quando olho para Diana percebo que ele se referia a mãe e irmã dela que morreram pela falta de descrição do pai dela.

Tomo a dianteira e digo:
-Já que alguém do Comando quer falar com a gente, vamos, mas não queremos relembrar tudo daquela maldita guerra e nem embarcar em outro problema que possa envolver conhecidos nossos.

-Engraçado falar isso Barrow, pois o Comando não enviou ninguém, ela veio pessoalmente.

-Ela? Uma mulher comanda a maior Revolução que já existiu?- Kilorn olha incrédulo para Dane.

-Sim Sr. Warren,  e você Srta. Barrow e sua família já a conhecem.

-Impossível nunca ninguém de nós conversou com alguém do Comando - digo, querendo entender o que acontecia.

-Talvez a conheçam como Katherine,não?-nos pergunta Davidson, provavelmente já sabendo a resposta.

Não digo nada, não poderia ser  Katherine , por mais que faria todo o sentido, ela nunca nos disse onde mora ou contava sobre seu passado, mas ainda assim não acredito, olho para Dane tentando ver se ele está me testando.

-Então a Srta. a conhece?-diz Dane, olhando fixamente para mim.

-Eu... - era burrice negar - Sim, eu a conheço ela era...É, ela é amiga da minha família sempre ajudou minha  mãe e cuidou de mim principalmente- Não  diria que foi ela que me ensinou a roubar, se ela realmente chefia o Comando explica como sabia tantas técnicas de fuga- Mas não há vemos desde que tudo isso começou.

- Pois então está na hora de revê - lá, por favor me sigam.-Dane diz já girando nos calcanhares e se encaminhando para a sala.

Fico em torpor até chegar a porta da sala de reuniões, onde Farley me chama e pergunta.

-Você tá brincando que a comandante da Revolta foi sua babá?-Ela olha para mim como se eu tivesse duas cabeças e não uma.

-Mare eu ainda não acredito que Katherine seja a organizadora de tudo isso, a revolução começou em Lakeland e Katherine era de Norta,  não é?-diz Kilorn sem entender nada.

-Eu não estou entendendo nada também Kilorn, mas ela vai nos explicar tudo - Pelo menos eu acho que vai.

Entramos na sala e tem mais algumas pessoas lá nos esperando. Um homem de cabelos cor de cobre e olhos pretos nos fita como se fossemos de grande ameaça. Uma mulher se levanta, Em Palafitas sempre achavam que minha mãe era ela e não Ruth, isso acontecia por que ela era um pouco mais alta do que eu, magra, seus cabelos eram da mesma cor dos meus também e os olhos de um castanho claro, a única coisa que nos diferenciava completamente era sua palidez em comparação ao meu rosto sempre corado de vermelho, a cor do meu sangue. Aquela mulher era Katherine, a minha melhor amiga que foi como uma mãe para mim, sempre a achei um pouco doente com os ombros caídos e um olhar triste e abatido como se não dormisse a séculos, mas aquela Katherine em pé a minha frente não lembrava nem um pouco a outra, esta era decidida com um olhar duro em nossa direção, mas quando seus olhos caíram sobre mim e Kilorn, logo suavizaram. Claro que ela se lembrava de mim, a última vez que a vi foi em meu aniversário de 17 anos a quase dois anos, pensei procura - lá quando fugi do castelo pela primeira vez porém achei mais seguro se ninguém soubesse de sua existência,  era ainda mais perigoso se estivesse comigo. Mas agora aquela mulher ali não parece ter problema nenhum em fugir ou ainda matar.

-Barrow, Warren, Cole e Capitã Farley,espero não te - los incomodado chamando os aqui?-diz Katherine nos fitando.

-Não senhora, estamos a vossa disposição, a muito tempo eu e minha equipe esperamos conhecer alguém do Comando e...-começa Diana já estendendo a mão para Katherine, nunca a vi tão empolgada.

-Eu que estou a muito tempo querendo conhece - lá Capitã, ouvi muito sobre sua eficiência em nossas missões em Norta- disse apertando a mão de Farley definitivamente aquela não era a Katherine que conhecia.

-Obrigada senhora - diz Farley com seu orgulho explodindo para fora.

-Bem para começarmos gostaria de agradece - los por tudo que nos fizeram irei eu mesma agradecer a toda a população de Norta,  Piedmont e Lakeland pela ajuda incansável para alcançar nossos ideais. Mas farei isso após a chegada dos reis dos reinos pós - revolução e do Imperador dos Reinos do Sul.

-Os reis dos reinos de Piedmont, Lakeland e Norta estarão aqui em Montfort?-pergunta Farley ainda incrédula. Logo ela olha para mim e eu desvio o olhar, vendo acima do ombro de um dos soldados perto da porta.

-Sim Capitã, eles são nossos aliados, por enquanto-diz Dane.

Por enquanto... Quanto tempo vão manter a fachada de bons vizinhos solidários para com os prateados? Quanto tempo Cal irá pensar ser rei de Norta junto a Evangeline,  talvez não o suficiente para se casarem.
Mas isso não importa ele fez sua escolha e eu a minha.

-O agora deposto rei de Norta Maven Calore e sua esposa foram encontrados ainda na semana passada - diz Katherine olhando - nos como se quisesse saber como iriamos reagir com essa informação- Íris Cygnet foi gravemente ferida durante a perseguição à eles, e acabou falecendo ha  alguns dia, ainda na fronteira de Norta e Lakeland. Já Maven Calore apesar dos ferimentos passa bem e está sob observação militar numa prisão de Montfort- diz a mulher calmamente.

Não sei se fico feliz ou triste sobre Cygnet, aquela princesa nunca tinha levantado nem a voz para mim, mas duvido que se estivesse viva teria um final melhor do que a morte ou deixaria eu ter um final feliz.
O que me deixa horrorizada é saber que Maven está vivo ainda, por que não o mataram? Será que vão usá-lo para desintegrar o resto de Norta e torna - lá parte de Montfort...Ou do Império.

-Espero ver todos vocês, na comemoração que haverá na semana seguinte por termos ganhado a guerra!-diz Katherine olhando para nós como se quisesse nos  dizer algo a mais.

- Lembrem-se "Nós iremos nos levantar,  vermelhos como a aurora"- termina Dane com a nossa famosa frase de Revolução.

-A reunião é breve, tratava-se apenas sobre isso, peço que não comentem com muitos sobre o encontro de vocês comigo hoje, como disse, semana que vem todos irão saber sobre o Comando inclusive os reis  que estarão presentes.

Aquilo me pegou desprevenida soltei um suspiro alto fazendo Kilorn, Cameron e Farley olharem pra mim.
Os reis estariam no anuncio que seria junto a comemoração de vitória, ou seja, eu estaria frente a frente para Cal e Evangeline em alguns dias.

Notas do autor

Deus pobre Mare, mal convive com as lembranças de Cal e agora teria que vê-lo com Evangeline!!

Como disse haveria surpresas.
A segunda mãe de Mare é quem comanda toda uma revolução!!! caramba né!!

Mas será que Katherine esconde mas alguma coisa sobre ela? O nome dela é Katherine mesmo?, ela realmente é uma vermelha?  Será que ela está do lado da Mare de verdade?
Afinal todo mundo pode trair todo mundo.

Bem gente por hoje é isso até o próximo.

Tchau!!