The transcendent Ray

Capítulo XXIV

Saio do meu quarto, não para ver Maven, mas para falar com os pais de Mare. Desde que levei minhas suspeitas à eles, os pais e irmãos estão me ajudando com pistas e algumas desconfianças. Há pouco tempo Cameron, Kilorn e Farley começaram a colaborar comigo, eles eram muito próximos da Mare - Por mais que ainda estranhe Cam chorar pela morte dela, já que as duas nunca se deram muito bem, mas como ela mesma jogou na minha cara "As pessoas mudam Calore, olhe para você que a abandonou quando viu sua coroa"- Mas apesar de estarem me ajudando eles me odeiam, posso ver isso quando olham com ranço para mim ou bufam com alguma pergunta minha, isso por que escolhi a coroa, não ouvi a Mare dizendo que estavam me manipulando e agora cada vez mais percebo que ela provavelmente estava certa. O único motivo para falarem comigo é sempre será a morte da Mare. E odeio isso, pois eles, Cameron, Kilorn e Farley viraram verdadeiros amigos para mim, eles não se aproximaram de mim por que eu tinha algo a dar, pelo contrário eu era a pessoa mais perdida e decadente dentre eles, mesmo assim me ajudaram a fugir e ir atrás da lista de sangue novos, me ajudaram quando as pessoas que conheci minha vida toda me abandonaram e confiaram em mim e nos meus planos quando muitas vezes nem eu confiava. E agora eu consegui perde-los como também perdi quem me aproximou deles, a única pessoa que não me fazia perguntas ou tinha como única preocupação ter uma vida luxuosa, e que acreditava e me amava.

Entro numa sala, onde marquei de me encontrar com o grupo. Quando chego lá vejo que temos mais uma pessoa nova inserida. Andrew Hunters Barrow. Só o vi duas vezes desde que cheguei em Montfort. Uma ele estava sozinho com Mare no meio de uma festa, e os dois pareciam íntimos, só de me lembrar sobe uma queimação em meu estomago, ciúmes, sei disso pois quando se tratava dela isso era constante. E a outra no velório, ele parecia arrasado, tinha outro rapaz com ele, que ficou colado nele o tempo todo, tão abatido quanto Andrew. Há algumas semanas contaram me que ele e o tal rapaz haviam assumido ser um casal, e que a Mare os convenceu de assumirem-se e enfrentar a família que provavelmente não seria a favor, mas pelo que vejo todos estão aceitando bem, ou pelo menos assim parece. Minha avó torce o nariz para eles, mas o caso dela é pessoal, já que meu avô que não cheguei a conhecer, tinha um príncipe consorte da casa Iral.

Cumprimento Andrew e os demais com um aceno porem não começo a falar, pois eu confio na família que viveu com a Mare, mas não nesta de Montfort, e da forma e o imperador vem tratado do assassinato, com uma convicção que tenho quase certeza que é equivocada, escolho manter os olhos abertos e não passar informações para eles.

-Tibérias- Daniel Barrow me cumprimenta com um aceno de cabeça. Desde que Sarah devolveu-lhe as pernas, o homem parece muito mais disposto, e mostra o rei que teria sido se não tivesse ido para Norta. Ele foi exilado como eu, porem enquanto eu pude voltar ele passou trinta anos de sua vida na miséria. Saio dos meus devaneios e me volto para o primo de Mare esperando que alguém me diga o por que dele estar ali. De novo o pai de Mare fala:

-Andrew tem algumas informações para nós- Ele declara.

-Tenho desconfianças o suficiente para pensar que estas informações não são verdadeiras- Rebato.

-Mare me ajudou muito no pouco tempo em que me conheceu, somos da mesma família, é meu dever ajudar em tudo que for possível. Não mentirei informação alguma e nem as omitirei- Ele diz, em pé, fixando os olhos em mim, como se estivesse me desafiando a duvidar dele.

-Ser da mesma família não é sinônimo de lealdade- Sei muito bem disso. E todos percebem do que estou falando e depende o chão parece muito interessante, pois é para onde todos olham- Mas se vai nos ajudar a descobrir a verdade, por gentileza, comece a falar- Apesar da educação recebida, não consigo esconder a irritação da minha voz. Porem Andrew finge não perceber e prossegue: