Assim que todos chegaram o jantar de recepção foi servido, nunca tinha visto uma sala de jantar tão grande, o Palácio inteiro de Ocean Hill em Norta caberia naquela sala, onde nos cantos havia pessoas tocando melodias suaves e alegres,havia grandes portas de vidro e madeira que saiam para as sacadas, junto disso estavam criados, estes eram os mais interessantes pois eu podia ver que alguns eram prateados, prateados servindo vermelhos. Só em Montfort mesmo! Nas paredes tinham retratos de varias pessoas e também esculturas, uma por onde passei tinha o nome abaixo e vi que o rosto gravado era de minha avó, Beatrice Hunters Collins Barrow, imperatriz, prateada, minha avó, sei pouco sobre ela apenas que herdou o trono, se casou e se sacrificou por toda a família. Uma mulher forte e corajosa e agora eu terei que levar seu legado, Julian ia gostar de saber que minha vó era prateada, talvez ele entendesse um pouco mais sobre nós rubros.
O salão estava mais cheio e as luzes tinham sido todas acessas o que deixava tudo claro quase parecia ser dia ainda, continuo passeando pelo recinto, sempre pelos antos, ms mesmo assim as pessoas me observavam , ou até apontando pra mim, todos ali deveriam saber sobre a revolução de Norta e o meu papel lá, de repente um homem mais velho se aproxima de mim e diz:
- Este império já teve melhores sucessores porem agora vejo que só decai, logo não sobrará nada-Olho para o homem surpresa, ele era alto magro, mas seus olhos mostravam um ódio incalculável, ele fixa o olhar em mim como se estivesse me avaliando e volta a falar-Como alguém tao pobre de conhecimentos pode assumir tudo isso! Irá acabar com o que levou seculos para se erguer, mas o que eu poderia esperar de uma família como esta, que acha que a união faz a força...
-Como é seu nome- Se este homem acha que iria insultar minha família e eu ia escutar tudo estava muito enganado.
-Sebastian Veros, Conde de Kant- Ele diz seu nome como se fosse um deus, porem pra mim ele não passa de um patife metido abesta. E ele ia ficar sabendo disso rapidamente.
-E eu sou Mare Barrow, mas disso você já deve saber pois senão não diria tantos "elogios" como fez. Mas para seu governo conde, não costumo felicitar pessoas que digam qualquer palavra contra minha família como fez, e eu também costumo resolver isso de uma forma nada cordial pois... como disse mesmo?... Ah sim, eu sou um pobre de conhecimentos, a unica coisa que realmente sei é como causar muita dor por muito tempo, mas acho que ninguém gostaria de ficar limpando a bagunça, não é mesmo? Então com a maior educação que alguém tao pobre como eu posso ter digo para nunca mais ousar falar nada sobre alguém de minha família. E sobre o senhor não estar contente sobre eu estar na sucessão o problema é seu! Pois enquanto confiarem a mim este cargo eu vou ficar nele e não seria o senhor e sua língua venenosa que irão me tirar, com licença- Saio me segurando para não mostrar a força de meus raios para aquele homem.
-Mare está tudo bem?- Coriane aparece a minha frente com a testa franzida e olhando para o conde que eu tinha certeza continuava a me fitar- O que aquele homem queria com você?
- Ele veio falar o quão prejudicial será se eu assumir o trono, mas que não imaginava coisa diferente de uma família como a minha, precisei ter muita paciência pra não eletrocutar ele. Quando meu avô disse que muitos não queriam que eu assumisse não achei que eles se mostrariam tão rápido assim.- Paro e olho para Coriane ela não estava nada feliz, podia perceber isso pelo jeito que a boca estava apertada numa linha fina.
-Não escute uma palavra que ele disser,ele odeia a família imperial desde que sua vó Beatrice escolheu se casar com Marcus do que com ele, ela prezava o amor, fidelidade, coragem e força, já Veros colocava em primeiro lugar o poder a qualquer custo, mesmo que estivesse trapaceando e ferindo gente inocente- Seu rosto volta ao normal, ela até sorri- Dores de cotovelo doem muito mais do que qualquer outra coisa, veja o caso de Evangeline.
VOCÊ ESTÁ LENDO
The transcendent Ray
FanfictionEla o deixou, não queria uma coroa de sangue cravada em sua cabeça. Ela precisava da liberdade, foi por isso que lutou. Agora Mare Barrow e sua família estão em Montfort a guerra não precisa mais dela mas a paz ainda não reina em Norta e nem na vida...