Capítulo XVIII

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NOTAS DO AUTOR

Agora não vou identificar o narrador pois pretendo fazer uns 3 a 4 capítulos só com a Mare, ok!


Falar com Gisa foi a certeza que precisava para não pensar que estou realmente morta.

Faz uma semana desde que li a a carta e aceitei participar deste plano, agora que penso no que fiz, não consigo entender o que passou pela minha cabeça pra entrar nessa roubada, não tinha sido um dia muito tranquilo e a noite também teve suas doses de tensão, mas fingir que estou morta? É demais até para mim, mas agora foi feito preciso seguir até o fim.

Passo os dias em uma casa na floresta, que fica a pelo menos uns cem quilômetros do Palácio, da minha família, amigos e inimigos. O que mais me perturba é não poder sair daqui, ficar enfurnada dentro dessa casa me lembra quando Maven me aprisionou no castelo, minha cela era um quarto luxuoso, onde a minha tortura eram as pulseiras silenciadoras. Nesta casa não tenho pulseiras, nem coleiras, e muito menos guardas, porém não posso usar meus poderes, pois a casa deve aparecer abandonada para os de fora. Enquanto o tempo passa sem que eu tenha noticias do que acontece lá fora, o fantasma da voz da minha irmã me acompanha dizendo da forma mais cuidadosa possível que eu, novamente, estraçalhei com minha família,como uma vez choramos a falsa morte de Shade agora choram a minha, será que a história do meu irmão vai se repetir? Uma falsa morte, um retorno e então a derradeira e sangrenta morte? Não sei se deixa-los de vez não seria melhor, já os envolvi muito em todos os meus problemas.

Enquanto minha dose diária de culpa vai passando ouço passos se aproximando da casa. Fico alerta e me escondo com uma arma dada por Coriane atras da porta, onde quem quer que fosse quando a abrisse não me veria e eu poderia me defender sem me revelar totalmente com os poderes. A pessoa da duas batidas na porta, fico quieta, se fosse alguém designado pelo meu avô teriam me dito pelo aparelho que Coriane chama de celular.

A pessoa bate novamente, agora com mais força e um pouco de urgência, isso me assusta, quem batia sabia que tinha gente na casa, tento olhar pelas frestas da porta e percebo que é um homem, pois consigo ver sua mão na porta. Algum tempo depois ele se afasta o suficiente para ver o rosto e a confusão e alivio logo dao espaço para a raiva, escancaro a porta e digo:

-Você por acaso é idiota? Quase que atiro em você! O que custava dizer quem era, seu, seu...AH!-Fico furiosa com Tyton, que estava com uma cara bem confusa a minha frente.

-Por que você não abriu a porta? Eu não iria ficar chamando seu nome para que alguém escutasse e soubesse que está aqui! Pelos meus raios, qual o seu problema garota?- Ele entra na casa pisando duro, se achando no direito de ficar irritado, mas não é hoje que ele vai tripudiar em cima de mim.

-Ah, claro agora faço assim, a primeira pessoa que bater a minha porta vou abrir, mesmo sem saber quem é, dai se for um de vocês eu ofereço chá e se for algum inimigo ou até mesmo um caçador despreocupado eu lhe sirvo uma dose de eletricidade nas veias acompanhada de um tiro na cabeça? Belo plano Tyton!- Ele tem o bom senso de continuar calado, por mais que seus olhos digam que ele quer continuar a briga. Quando me acalmo o suficiente volto a falar- Agora o que veio fazer aqui alem de brincar de "quem sou eu?". É alguma noticia do palácio ou do plano? Um novo passo a se dar?

-Sobre isso. Gisa pediu para dizer-lhe para se cuidar e que estão todos bem- É bom saber que as coisas estão bem lá, mesmo que no fundo pareça que eles não sentiram tanto minha falta, é melhor assim, eu acho- Estamos tendo problemas com o Calore, Coriane está o vigiando para saber se ele desconfia de algo, por mais que ache que se eles pensasse saber alguma coisa não iria ficar parado, ele agiria, porem todo cuidado é pouco.

The transcendent RayOnde histórias criam vida. Descubra agora