P.V. CAL
-Droga!
Fazia mais de três horas que estava debruçado sobre todas as informações que havia conseguido sobre a noite da morte da Mare. Sempre fui bom com investigações, porem nessa, A MAIS IMPORTANTE DA MINHA VIDA, eu não consigo ligar os pontos. Já achei milhares de suspeitos, o Imperador acusou a família Veros, por mais que minha mãe, Coriane, diga que eles são uma versão ainda mais orgulhosa, mesquinha e podre que a família Samos, tem alguma coisa que não se encaixa.
Quando anunciaram a suspeita eu achei que tinha fundamento, pois Sebastian Veros sempre teve ódio mortal da família imperial, e grande inveja da posição deles. Ele queria o trono. E também, ele ofendeu e ameaçou a Mare durante do jantar antecedente a morte dela.
Mas agora...
Não penso que ele foi o responsável, pois parece ser um homem inteligente e não cometeria tal ato sem arquitetar bem, ele teria achado alguém para tomar a culpa no lugar dele ou...
-Ou é isso que estão fazendo com ele- Meu tio aparece na entrada do meu quarto, com uma expressão tão cansada quanto a minha. Ele gostava da Mare como uma filha, e o que aconteceu com ela foi demais para Julian aguentar.
-Tio- Cumprimento- Não vi que estava ai.
-Tudo bem Cal, mas eu pensei o mesmo que você. Por mais desprezível que aquele homem pareça, não tenho certeza que tenha sido ele a fazer o que fez. Mas então a pergunta é: Quem fez, e por que estão incriminando-o?
-Alguém que o odeie, e queira vê-lo acabado, não?- Alguém como aquele homem deveria ter muitos inimigos. O que me deixava um circulo mais pequeno de suspeitos. As pessoas que não tinham aliança alguma com Veros e que também estavam no jantar.
-Alguma suspeita particular?-Meu tio pergunta, sentando-se a minha frente.
-Não- Digo derrotado, eu não tinha nem um suspeito em potencial-Mas não vou desistir. Eu vou descobrir quem fez isso com ela.
-Você ainda a ama, não é?- A pergunta dele me pega desprevenido, não sei o que responder. Não, eu sei o que responder, porem sei que não tenho o direito de falar o que sinto, pois o que fiz a ela, o que deixei de fazer a Mare. Simplesmente assinto- Eu sinto falta dela, era uma garota nobre, tive sorte de conhece-la.
-Tambem tio, também tive sorte- Eu amava Mare, mas parece que sou o maior idiota do mundo e a afastei de mim tantas vezes. A afastava quando me comportava como o herdeiro sem coração que me ensinaram. Afastava quando não confiava nela. Quando dizia que ela era uma distração. Ou a acusava de tudo que aconteceu comigo.
-Ela me lembrava sua mãe, agora entendo o porque disso- Meu tio diz sorrindo- Quem diria que nossa menina foi criada pela Cori. Sabe o que sua mãe me contou?- Apenas encaro meu tio e ele prossegue- Foi ela que ensinou Mare a roubar, ela quase sempre era presa, então Coriane ensinou ela a passar despercebida, roubar em silencio e se esconder rapidamente, e ensinou a escapar do policiais também.
A informação me surpreende. Ainda não caiu minha ficha que Coriane é a comandante geral, nem que Mare foi criada por ela e agora também ensinada a roubar pela mesma.
-O que mais que minha mãe esconde, será que é rainha em outro lugar, ou tem outro filho?- Minha amargura com ela ainda continua alta.
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The transcendent Ray
FanfictionEla o deixou, não queria uma coroa de sangue cravada em sua cabeça. Ela precisava da liberdade, foi por isso que lutou. Agora Mare Barrow e sua família estão em Montfort a guerra não precisa mais dela mas a paz ainda não reina em Norta e nem na vida...