***** ISADORA *****Henrique segura minha mão e começa a caminhar, levando-me junto.
_Aonde vamos? - Pergunto.
Um sorriso bobo ganha seu rosto.
_Para minha casa.
Agora ele é meu marido. O pensamento me faz sorrir. Eu o sigo sem protestar. Durante o caminho, permanecemos em silêncio, acredito que ambos tentamos entender o quanto nossas vidas acabaram de mudar. A casa dele é perto da propriedade; quando nos aproximamos da porta meu corpo começa a tremer de apreensão. Henrique percebe e tenta me acalmar com um abraço.
_Nervosa?
_Nem um pouco. - gracejo, ciente que o meu nervosismo é evidente - É o frio. Só isso.
_Eu irei te aquecer em instantes. - O aperto de seus braços ao redor de mim se intensifica.
As simples palavras já inflamam meu interior, queimando-me de expectativas e desejo. Para o meu alívio as irmãs de Henrique parecem estar todas dormindo. Tudo está silencioso. Rapidamente chegamos ao seu quarto. Antes de adentrarmos, ele me surpreende erguendo-me em seus braços e me carrega até a cama. Não há palavras ditas entre nós. Apenas gestos que expressam nosso amor. Primeiro Henrique beija a minha mão com ternura, como se me tocar fosse uma honra para ele. Sua boca suavemente vai subindo pelo meu braço até chegar ao meu ombro. Depois ele passa para o meu pescoço, ouço grunhidos baixos saindo dos seus lábios cada vez que ele me toca. Nos beijamos. Repetidas vezes, mas nunca nos cansamos. Antes que dê por mim, Henrique já me colocou de pé. Por breve tempo, ele para de me tocar, suas mãos estão agora no laço que sustenta fechado meu vestido. Seu olhar intenso me pede permissão para seguir adiante.
Respondo a única verdade que reconheço no momento.
_Eu sou sua.
Henrique geme e seus dedos se apressam em desfazer o laço. Em questão de segundos meu vestido cai no chão, em seguida meu espartilho. De repente, me encontro diante dele somente com uma fina camisola de linho - incapaz de esconder os contornos do meu corpo - e meias de seda. Estar tão exposta me deixa envergonhada. Eu tento usar minhas mãos para me cobrir, mas Henrique é mais rápido e me impede, segurando firme os meus braços.
_Não se esconda de mim. - Seu olhar varre o meu corpo. - Você é linda.
Eu afrouxo meus braços e os deixo cair ao lado do meu corpo, dando-lhe total acesso. Ele sorri em resposta e com um simples gesto desliza a camisola pelo meu corpo até ocupar o chão. Ao ver como minhas pernas estão trêmulas, Henrique me deita na cama. Ainda de pé, ele começa a tirar as próprias roupas.
Ó céus...
Ele tira sua camisa simples, revelando braços fortes e ombros largos, toda extensão do seu peito até a barriga é esculpida como aquelas esculturas gregas que vemos em museus. Henrique leva a mão ao fecho da calça e...
Fecho os olhos instintivamente, sentindo minhas bochechas queimarem de vergonha, tenho a sensação de pontadas próximas ao meu ventre e um calor por todo o corpo.
Ainda de olhos fechados escuto uma risada, o som é familiar. Abro meus olhos e vejo Henrique ainda com a calça, se esforçando para segurar o riso.
Tenho a intenção de repreendê-lo, mas acabo rindo junto. Não sei se por nervoso ou porque ele não parece irritado com a minha falta de jeito.
_Desculpa. - Digo quando ficamos novamente em silêncio. - Talvez eu esteja um pouco nervosa.
_Um pouco? - Ele arqueia a sobrancelha, divertindo-se.
_Minimamente nervosa.
Ele me encara em silêncio, me deixando inquieta.
_Henrique?
_Sim?
_Você está calado demais.
Ele sacode a cabeça, como se quisesse despertar.
_É que é difícil manter um diálogo com você nua na minha frente.
Mesmo inexperiente, eu consigo enxergar o desejo refletido em seus olhos. Eu faço um sinal com a mão, chamando-o. Ele se aproxima.
_Se você for se sentir melhor. - Henrique desfaz o coque e solta meu cabelo. - Eu posso me despir embaixo dos lençóis.
_Não! - Respondo, com mais veemência que eu gostaria de demonstrar. - Quer dizer... Não será necessário.
Ele assente e começa a tirar a calça. Rapidamente fica nu por completo. Eu devia desviar o olhar, mas sou atraída pela tentação do seu corpo, pelas promessas de prazer. Henrique deita-se ao meu lado e sua mão passeia pela extensão do meu corpo. Começa pelo pescoço, desce até os meus seios, mais abaixo, ele toca o meu ventre e o massageia.
_Você confia em mim? - Concordo com a cabeça. - Então deixe-me prová-la.
Antes de eu esboçar qualquer resposta, os lábios de Henrique estão em meu pescoço, me fazendo gemer, sem que eu tenha qualquer controle sobre os sons que produzo. Várias sensações me inundam quando Henrique abocanha meu mamilo, sugando-o, lambendo-o, me deixando trêmula, derretida, maleável às suas carícias. Ele faz a mesma coisa com o outro seio. Sua língua vai desvendando meu corpo conforme desce, umedecendo minha pele, me causando arrepios.
_Minha esposa... -Sua voz soa possessiva e contente.
Eu sequer me recuperei do seu toque em meus seios, quando Henrique começa a me beijar no lugar mais inesperado. É indecoroso, certamente. Mas, oooh... Sou incapaz de dissuadi-lo a parar.
Eu não quero que pare.
Estou extasiada demais mais para sentir vergonha. Quero que me beije para sempre...
Delicadamente suas mãos abrem minhas pernas, lhe dando mais acesso. A exploração se intensifica. Com movimentos ritmados Henrique deleita-se na fenda da minha feminilidade. Meu corpo chega ao ápice e sinto como se pequenas explosões rompessem em meu interior. Ainda emergida nas sensações que me deixam entorpecida, ouço a sua voz.
_Você nunca será capaz de entender a intensidade com que minha alma te deseja. - Ele soa como um poeta apaixonado. - É descomunal.
Na hora em que Henrique sente que estou preparada, ele se acomoda entre minhas pernas e começa com investidas lentas, que vão se intensificando lentamente. Ele é gentil, e ao mesmo tempo intenso. O ar deixa os meus pulmões assim que sinto ele por inteiro dentro de mim. Dói um pouco, mas eu logo o tranquilizo quando ele pergunta se estou bem.
_Minha vida, meu destino... - Ele sussurra, passando a língua na parte sensível da minha orelha.
Horas depois estamos ambos saciados, entrelaçados nos braços um do outro. Minha cabeça repousa sobre o peito de Henrique, de modo que é possível ouvir as batidas retumbantes do seu coração, perceber a sua respiração ofegante. Eu entreguei a ele o meu corpo, mas também senti a minha alma sendo tocada.
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[COMPLETO] A dama e o cavalariço
Historical FictionUma paixão proibida transformada em um amor que não pôde ser impedido. Quando Lady Isadora Pwenlly chegou a Londres para a temporada de 1826 estava resignada com o que o futuro lhe oferecia: um casamento por conveniência. O que a dama não previa é q...