ARIEL
– Boa tarde Ariel, eu sou a policial Maciel e esse é meu parceiro Santana. – A mulher sorriu levemente e o seu parceiro me cumprimentou com um leve aceno de cabeça com uma expressão séria – Viemos fazer algumas perguntas, mas queremos saber se você está se sentindo melhor antes de começarmos.
– Estou melhor.
– Que bom – Ela olhou com suas folhas que estava em mãos – Onde esteve noite passada?
– Fui fazer um trabalho escolar na casa de um amigo e iria dormir na casa dele. Acabei parando no hospital por conta de uma dor de cabeça extremamente forte.
– Hum – Começou a anotar – Vocês estavam sozinhos em casa?
– Quando cheguei a mãe dele ia sair para um encontro. Depois ficamos sozinhos.
– Tem costume de sempre dormir fora? – Dessa vez o policial Santana se pronunciou.
– Na verdade foi a primeira vez, foi uma ideia que tive porque esse meu amigo trabalha e só ia chegar a noite e queríamos nos livrar de qualquer obrigação durante o resto do final de semana. Meus pais deixaram, até insistiram que eu fosse por conta de uma visita e precisava deixar a casa livre para seja lá o que quer que seja. – Suspirei – Porque tantas perguntas só por conta de uma dor de cabeça?
Os policiais se entreolharam e sentir um aperto no meu coração por antecipação. O homem coçou a cabeça com um ar de dúvida e a mulher tomou a frente.
– Você chegou a ver o visitante ou sabia do assunto?
– Não. Minha mãe estava apreensiva junto ao meu pai e disse que me contaria hoje e que é muito importante. – Comecei a me irritar por não responderem minha pergunta – O que está acontecendo? Tudo isso por uma dor de cabeça?
– Querida... – A mulher começou a dizer com um ar de tristeza – Aconteceu uma coisa ontem.
– Aconteceu alguma coisa com meus pais? - Já estava trincando os dentes ficando alterada.
– Preciso que se acalme, senhorita Reed. – A mulher disse e fiquei quieta esperando ela dizer. – Os vizinhos ouviram um barulho estranho vindo da casa ontem à noite, mas quando a polícia chegou já era tarde demais... – Formou-se uma pausa, eu não conseguia acreditar naquelas palavras, é como um pesadelo – Eu sinto muito. Estamos investigando, você sabe se eles tinham algum inimigo?
– Não – Meus olhos já estavam lacrimejando e respirei fundo tentando manter a calma – Meus pais nunca mexeram com ninguém, só trabalhavam, ficavam em casa, uma família totalmente comum. O que aconteceu com eles? Foi um tiro?
– Como disse, estamos investigando. Não temos nada de concreto ainda e não podemos revelar nada para você no momento. – Eu não conseguia acreditar nas palavras daquela mulher, como podem esconder de mim o que aconteceu exatamente? Vou ter que saber pela boca de terceiros? Uma lágrima solitária começou a deslizar sobre meu rosto.
– Senhorita Reed – O homem começou a dizer – Eu sei que a situação é delicada, ainda está no hospital, porém ainda é menor de idade. A assistente social vai ficar de olho em você e precisamos informar algum parente sobre todos os procedimentos.
– Bem... – Engoli em seco – Meus pais nunca falaram nada sobre parentes, sei que meus avós de ambos já são falecidos, os demais eu não sei. – Nunca pensei muito sobre isso, meus pais fugiam sempre do assunto quando eu cheguei a perguntar, só que não me importei muito com o fato. Eles sempre foram fechados e misteriosos, mas não deixavam de ser normais e carinhos comigo era o que de fato importava.
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Vigésimo Quinto
Mystery / ThrillerAriel é uma menina nos seus dezessete anos que foi criada com uma vida normal. Quando seus pais foram assassinados brutalmente, descobre que veio de uma linhagem de feiticeiros muito poderosa que sua falecida mãe tentou esconder. Ela fica sob os cui...