Alguns detalhes

129 9 0
                                    

Meus olhos ao olhar para Morena, brilhavam. Me sentia como um beija-flor que acabara de encontrar a rosa mais linda do jardim.

Lembro que escrevi minha primeira música para Morena nos primeiros dias que a vi, mas com medo de mostrar, guardei a canção comigo. Era uma canção simples, tênue, porém única. Cada palavra representava um pouco de admiração que um poeta tinha à sua amada. Em cada estrofe um pouco de sentimento, em cada acorde uma poesia.

Eu, Pedro, sou tão poeta da vida que escrevia um texto, uma estrofe, uma poesia, uma frase a cada dia para expressar o que sentia por Morena.

Lembro que às vezes me sentia um pouco receoso de estar sendo chato ao escrever tudo aquilo para ela e disse:

- Me desculpa por te mandar tantos textos, frases e imagens, devo ser chato e te incomodar com tudo isso.

Morena simplesmente respondeu:

- Imagina, não é nenhum incômodo. Amo tudo isso, é tão bom chegar em casa e ter uma mensagem de quem ama, eu só não sei reagir muito bem a tudo isso, porque fico sem reação, sem saber o que responder, mas amo tudo isso.

Achei tão fofo quando a ouvi falando isso, me senti amado e essa era a melhor sensação que eu havia sentido há tempos.

                                                                     *    *    *

Morena odiava chamadas telefônicas.

Um dia eu estava em casa e com saudades de ouvir sua voz, porque ela não gostava de mandar nem áudio no whatsapp, então eu a perguntei:

- Posso te ligar?

Ela mais que depressa, disse:

-Espera, vou tomar banho.

Ok, esperei, e nada dela voltar, então depois de horas, ela volta e diz:

- Vou dormir, beijos.

Fiquei sem entender, logo depois descobri que ela odiava ligações.

                                                                            *    *     *

Morena era bailarina, fazia apresentação lindas, dançava como ninguém, parecia um pássaro em vôo livre à cada apresentação.

Era lindo ver seus olhos brilhando enquanto se apresentava. Ela fazia do palco um poema, destrinchando cada estrofe em um movimento autêntico e impecável.

Era lindo de ver, era lindo vê-la dançar, atuar.

No palco, ela se transformava em outra pessoa e ali a timidez ficava de lado, sem permissão alguma para se fazer presente.

Sua alegria em se apresentar em uma peça teatral se fazia presente quando no palco ela pisava e recitava cada estrofe daquele texto decorado. Sua personagem ganhava vida e levava um pouco de si com ela, um pouco de Morena, um pouco de cada personagem, assim se transformando em uma figura incrível aos olhos de quem a via naquela apresentação. Era lindo.

O infinito começa com N 🌹Onde histórias criam vida. Descubra agora