Capítulo 21

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Sandra.

O final de semana foi estranho. Era muita informação pra assimilar. Lucas de repente dizendo que queria tentar, a loucura do Fred em ser meu namorado de mentira e por fim, Kevin me ignorando durante o Sábado e o Domingo. Tentei ficar no quarto e só saí de casa na Segunda-feira.

Assim que cheguei no escritório achei estranho a presença de Kevin por lá logo cedo. Ele nunca chegava antes de mim.

- bom dia. - falei

- bom dia.

- uau, vai chover canivete? - provoquei

- é, eu resolvi chegar cedo pra adiantar algumas coisas.

Comecei a trabalhar e eu tinha tanta coisa pra fazer que nem vi a hora do almoço chegar. Ao olhar as horas no notebook vi que já passavam do meio dia.

- Kev, vamos almoçar?

- ann, eu já combinei de ir com o pessoal do RH.

- hum, okay.

Levantei para pegar minha bolsa, mas Lucas me distraiu ao entrar na minha sala de repente. Kevin e ele trocaram olhares esquisitos, mas logo seu olhar invadiu minha alma. Eu gelei, claro, mas me mantive firme.

- oi, tudo bem? - perguntou

- tudo bem. Estou saindo pro almoço, precisa de algo?

- eu vim te convidar pra almoçar comigo, topa?

Não sei porque comecei a salivar muito e não era de fome.

- acho... acho melhor não, mas obrigada pelo convite.

- Sandra, por favor, é só um almoço.

Respirei fundo e logo pensei que ele não desistiria tão fácil.

- tá, mas você paga? - brinquei

Ele sorriu e nós saímos da sala.

Fomos a um restaurante perto do trabalho. Fizemos nossos pedidos e surpreendentemente Lucas falava mais do que eu.

- ... pois é, e então pensando em algumas estratégias diferentes, decidi dispensar a minha secretária.

Arregalei os olhos ao me deparar com a novidade.

- você despediu a pei.. digo, a sua secretária? Porque?

- preciso de alguém com mais experiência.

- hum, nossa.

- porque? Gostava dela? - provocou

Cretino.

- eu não, mas você tenho certeza que sim. - retruquei

Ele riu.

- ficou sabendo sobre a festa de final de ano? - perguntou

- não.

- eu aprovei o orçamento esta manhã. Parece que vai ser legal.

- essas festas são sempre um porre. - confessei

- não quando são à fantasia.

- jura? É... até que festas assim são legais. - admiti

Ele sorriu e deu um gole no refrigerante sem tirar os olhos de mim e eu, claro, resolvi provocar.

- já pensou na sua fantasia? - perguntei

- Ainda não. Tem alguma sugestão?

- palhaço, que tal? Ou bobo da corte. E eu ainda posso convidar meu pai para ir fantasiado de rei.

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